Navegando por Palavras-chave "História da Educação Matemática"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Geometria ensinada em cadernos escolares do ensino primário nas décadas de 1950 e 1960(Universidade Federal de São Paulo, 2023-08-28) Vieira, José Erisvaldo Lessa; Bertini, Luciane de Fatima; http://lattes.cnpq.br/7883451343333340Para esta investigação, debruçamo-nos sobre a produção dos estudos relacionados aos saberes profissionais do professor que ensina matemática em perspectiva histórica, com o objetivo de compreender que geometria se constituiu nos cadernos escolares do ensino primário nas décadas de 1950 e 1960. Partimos da hipótese da existência de uma geometria ensinada, uma geometria sistematizada nos cadernos escolares que foi objetivada por meio do registro de tarefas escolares e que passou por dinâmicas e transformações ao se constituir em objeto de ensino na escola primária, ensinada de maneiras diferentes, de acordo com cada época e finalidades do ensino. Com isso, buscamos entender como ela se constitui nos cadernos escolares do ensino primário em tempos de Escola Nova e do Movimento da Matemática Moderna, considerados como marcos para a História da Educação Matemática. Os movimentos tinham como foco modernizar o ensino sob influências internacionais. Dessa forma, defende-se que há uma geometria ensinada, contudo, com maior ou menor intensidade e que apresenta diferentes maneiras de abordagem em conformidade com cada época; que ao se discutir modernização do ensino, também se intensificam as finalidades da educação. Tomamos como base as sistematizações dos estudos realizados por Hofstetter e Schneuwly (2017) para tratar sobre saber profissional; Julia (2001) e Vidal (2009) acerca da cultura escolar; Mignot (2008), Viñao (1995), Gvirtz e Larrondo (2008) para problematizar os cadernos escolares como produto da cultura escolar. Além disso, para atingir o objetivo proposto, apropriamo-nos dos estudos de Novaes, Bertini e Siqueira Filho (2017) para compreender a matemática ensinada e, por conseguinte, problematizar a existência de uma geometria ensinada encerrada nos cadernos escolares à luz da perspectiva de Charlot (2000) que discute o conceito de saber objeto. Logo, a presente investigação aponta uma geometria ensinada partindo das linhas, ângulos, figuras planas e tridimensionais, sem utilização de instrumentos auxiliares como réguas e compassos. Notamos que os problemas acerca de áreas e perímetros de figuras planas traziam menções ao cotidiano dos estudantes, por exemplo, cálculos de áreas de terrenos. Pudemos perceber que a geometria ensinada se constituiu por meio de um processo denominado sintético que parte das linhas e depois passa para as superfícies. Acrescentamos, ainda, que essa geometria se objetiva por meio de registros pictóricos, seguidos de suas nomenclaturas, traçados sem o auxílio de régua e compasso.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Indícios do processo de constituição do educador matemático Ubiratan D’Ambrosio(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-08) Mendonça, Guilherme Costa de [UNIFESP]; Morais, Rosilda dos Santos [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8411023309452408; http://lattes.cnpq.br/4830837449127477Pesquisas que se encarregaram de falar sobre Ubiratan D’Ambrosio apresentam diferentes papéis desempenhados por ele ao longo de sua extensa carreira profissional, a saber, pesquisador, matemático, professor, orientador, organizador de eventos, fomentador de aproximações de pessoas que vieram a formar sociedades científicas no Brasil, entre outras... Observa-se nessas pesquisas que a formação de Ubiratan se deu, em especial, no que se denomina por Matemática pura e daí vieram seus primeiros interesses de pesquisa. Contudo, neste trabalho buscou-se por indícios do processo de constituição do educador matemático Ubiratan D’Ambrosio, que vai para os Estados Unidos cursar pós-doutoramento em Matemática pura e retorna, nove anos, depois reconhecido internacionalmente como educador matemático. Para escrever esta história recorreu-se, inicialmente, a cartas que compõem o Acervo Pessoal Ubiratan D’Ambrosio (APUA) que está sob custódia do GHEMAT-Brasil. Referenciais teóricos que discorrem sobre arquivos pessoais, pesquisas epistolares e análise de cartas, como Foucault (1992), Gomes (1998), Bacellar (2008), Malatian (2009), Farge (2022) entre outros, fundamentaram a pesquisa. Esses referenciais consideram cartas como escritas da subjetividade dos sujeitos e a aproximação com os acontecimentos históricos que ocorrem à época de troca de correspondências entre o pesquisado e sua rede de relacionamentos. O movimento metodológico realizado nesta pesquisa se deu inicialmente por meio da análise de excertos de 55 cartas catalogadas durante a pesquisa que formam a coleção “Educador Matemático”. Como resultados observou-se a aproximação de Ubiratan com o campo da Educação Matemática a partir do conhecimento de “novas culturas”, o que lhe possibilitou fugir de suas gaiolas epistemológicas.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Os Parâmetros Curriculares Nacionais e os Debates sobre o Ensino de Frações(Universidade Federal de São Paulo, 2022-12-19) Silva, Diego Rodrigues da [UNIFESP]; Valente, Wagner Rodrigues [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0648590779429965; http://lattes.cnpq.br/0092717872583968Esta Dissertação analisa os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), referências oficiais para o ensino, elaborados na década de 1990. Trata especificamente do Ensino Fundamental, mirando a Matemática do 2 o Ciclo de ensino desse nível escolar. Mais particularmente, considera as propostas para o ensino de frações. Tendo em vista que a literatura sobre o tema aponta um não consenso sobre a ordem em que se deva ensinar frações ordinárias e números decimais, o estudo analisa as respostas dadas por pareceristas à proposta de versão preliminar dos PCN sobre o tema. Tais pareceres compõem o Arquivo Pessoal Maria Amábile Mansutti, um dos acervos do Centro de Documentação do GHEMAT. A análise dessa documentação mostra que os pareceristas, de um modo geral, corroboram a proposta elaborada pelo núcleo de experts convocados para sistematizar esta referência curricular: o ensino dos números decimais deverá preceder àquele das frações ordinárias.