Navegando por Palavras-chave "Capacidades físicas"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Antropometria, desempenho físico e esportivo de atletas jovens com deficiência física(Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-25) Lima-Trigo, Elke [UNIFESP]; Winckler, Ciro [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2067947156482139; http://lattes.cnpq.br/3158433869719924; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A caracterização do perfil antropométrico e desempenho físico de atletas jovens com deficiência física é crucial para o acompanhamento do crescimento e para o desenvolvimento esportivo adequado. No entanto, há uma lacuna significativa de informações nesse campo, incluindo o estudo do desempenho esportivo e classificação de atletas jovens nas modalidades paralímpicas. Assim esta tese foi organizada em três artigos com os seguintes objetivos: identificar valores antropométricos de jovens com deficiência física; elaborar equações preditoras do desempenho físico com base no perfil antropométrico de atletas jovens com deficiência física; analisar o desempenho esportivo na Paranatação entre classes, e elaborar equações preditoras de desempenho a partir de medidas antropométricas e desempenho físico. A amostra foi composta por participantes das Paralimpíadas Escolares dos anos de 2018, 2019 e 2021, foram 674 atletas com idade de 12 a 18 anos. As medidas antropométricas realizadas foram: massa corporal; estatura; índice de massa corporal (IMC); envergadura, estatura tronco-cefálica (ETC); e tamanho da mão (TM). O desempenho físico foi avaliado nos testes de força de preensão manual (FPM), arremesso de medicinebol (AM), salto squat (SJ) e salto com contra movimento (CMJ), e velocidade de deslocamento com a corrida de 30 m ambulante (30m) e usuário de cadeira de rodas (30mCR). E a avaliação de desempenho esportivo na Paranatação foi feita a partir do tempo na prova de 50m nado livre, foram 250 tempos. Os dados antropométricos de massa, estatura e IMC foram apresentados no artigo 1 em gráficos percentílicos (3, 15, 50, 85, 97). A massa corporal e estatura apresentaram aumento do P50 da variável com o avanço da idade, a variabilidade foi maior nos percentis extremos, reflexo das diferentes etiologias da deficiência física. O IMC e envergadura não obtiveram alteração significativa com a idade. Após a análise de regressão múltipla, no artigo 2, a equação com melhor valor preditivo do desempenho físico com base na idade, sexo e antropometria, foi para FPM (r2=0,539, p<0,001). Descritivamente, as variáveis de força e potência muscular foram maiores para o sexo masculino, e aumentam com a faixa etária. Tais variáveis podem ser estimadas a partir das medidas antropométricas, o mesmo não ocorre para velocidade de deslocamento, sua avaliação deve considerar outras variáveis. Para o estudo 3 da Paranatação o sexo masculino obteve melhor tempo de prova que o feminino, 53,9s (+27,0s) e 60,6s (+29,6s) respectivamente, mas não houve diferença conforme a faixa etária. A análise de covariância não indicou diferença de desempenho da classe S6 até a S10, quando considerado os 3 melhores tempos de cada classe. Este grupo foi o que apresentou melhores equações para predição do desempenho, com base no sexo, classe, massa corporal, estatura e AM (r2=0,97), e a outra com sexo, classe, estatura e SJ (r2=0,981). Valores de referência para o crescimento físico são necessários para o adequado acompanhamento de jovens com deficiência física. Sendo possível utilizar dados antropométricos para predizer e avaliar o desempenho físico de força e potência muscular. Na Paranatação as medidas antropométricas e físicas podem auxiliar na avaliação do desempenho, mas deve-se observar as características do atleta decorrente da deficiência para escolha dos testes e equações preditoras. Assim como reavaliar o processo de classificação esportiva para garantir a diferença entre classes, e equidade intraclasse para atletas jovens. Espera-se com os dados apresentados contribuir para a avaliação do crescimento, desempenho físico e esportivo de atletas jovens com deficiência física, além de incentivar à iniciação esportiva e desenvolvimento do talento esportivo.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Um estudo de caso sobre os efeitos de um programa de exercício físico de 4 meses para anemia falciforme(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2013-02-18) Botelho, Renata [UNIFESP]; Medeiros, Alessandra [UNIFESP]; D'Almeida, Vania [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7220411418339421; http://lattes.cnpq.br/0071198026371230; http://lattes.cnpq.br/2014744899353133; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O exercício físico tem sido elencado como estratégia na manutenção e promoção da saúde com impacto evidente na saúde mental e qualidade de vida. Porém, pouco se conhece sobre os possíveis efeitos do exercício físico na população anêmica. Considerando o crescente número de indivíduos com anemia falciforme no Brasil e as restrições as práticas de esforços físicos, que são orientados na maioria das vezes, investigações sobre o tema se tornam relevantes. Assim, o objetivo desse estudo foi: identificar os efeitos fisiológicos de um período de quatro meses de exercício físico sobre a saúde e qualidade de vida de uma voluntária, portadora de anemia falciforme com hemoglobina inicial de 9,7 g/dl e capacidade cardiorrespiratória comprometida. A voluntária foi submetida ao teste de ergoespirometria, em um protocolo de carga progressiva até atingir a Exaustão Voluntária Máxima (TEmax), conduzido em uma esteira ergométrica, para a avaliação da capacidade cardiorrespiratória. Além disso, também foram realizados testes de capacidades funcionais, bioquímicos e antropométricos. A voluntária respondeu a instrumentos que avaliam o nível de atividade física, aspectos de dor e qualidade de vida. Essa avaliação foi realizada antes e após o término dos 4 meses do programa de exercício físico. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de São Paulo (238/11). Os resultados apontaram para uma relação positiva entre as capacidades físicas, manutenção da capacidade respiratória e valores bioquímicos, sendo essas percebidas de forma mais marcante em relação ao aumento nos valores absolutos de triacilgliceróis, coordenação, agilidade, flexibilidade e força. O nível de hemoglobina obteve um decréscimo de 0,3 g/dL, sem encontrarmos explicação para o mesmo e considerado insignificante biologicamente. A voluntária apresentou satisfação pelo programa e relatou aumento da qualidade de vida nos questionários. Desta forma, nossos dados sugerem que o exercício físico moderado para portadora de anemia falciforme produziu alterações importantes na saúde geral da voluntária. Mais estudos e investigações sobre o assunto são desejáveis a fim de se estabelecer quais os reais benefícios do exercício físico nas alterações causadas pela anemia falciforme e sobre parâmetros relacionados à saúde nessa população.