Navegando por Palavras-chave "Biossimilares"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemEmbargoO brasil e o panorama regulatório de medicamentos biossimilares - comparação com europa, estados unidos, austrália e canadá(Universidade Federal de São Paulo, 2022-12-19) Porcino, Gustavo da Silva [UNIFESP]; Melo, Daniela Oliveira de [UNIFESP]; Silva, Rafael Augusto Mantovani; http://lattes.cnpq.br/5052823551616937Introdução: A autorização e uso de medicamentos biossimilares é um tema de alta relevância nos últimos anos, desde a aprovação do primeiro biossimilar em 2006 na Europa. Desde então, as agências sanitárias mundiais vêm construindo diretrizes que estabelecem as necessidades para o registro destes, considerando seu contexto mercadológico e a necessidade da redução de custos em saúde. O presente estudo comparou o panorama das agências sanitárias da Europa, Austrália, Canadá, Estados Unidos e Brasil, com o objetivo de avaliar qualitativa e quantitativamente como a agência brasileira se posiciona quanto à aprovação destes produtos, levando em consideração os marcos regulatórios e a ampliação das parcerias para o desenvolvimento produtivo (PDPs). Materiais e métodos: Foi realizada uma busca, através das bases de dados específicas para cada órgão regulador de cada país/região elencada, sobre informações de registro de medicamentos biossimilares até 23 de abril de 2022. Posteriormente, foram adicionadas informações específicas sobre os medicamentos biossimilares registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), como a data de registro, o tempo de análise e a origem do registro. Resultados: Foram identificados 117 registros válidos de medicamentos biossimilares nas cinco agências regulatórias avaliadas, sendo 68 especificamente na agência europeia. Do número total, 29 produtos biossimilares foram registrados somente na ANVISA, enquanto 22 possuíam aprovação apenas na European Medicines Agency (EMA). Do total de produtos com registros de biossimilares, o princípio ativo Adalimumabe aparece com o maior número (35, totalizando 29% das autorizações). Quanto à ANVISA, dos 59 biossimilares registrados, 9 foram autorizados antes da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 55/2010, que determina e estabelece os critérios para medicamentos biossimilares. Considerando registros relacionados à uma PDP, existem 7 produtos atualmente aprovados, e o tempo de análise médio destes se mostra 83% menor do que em petições comuns. Discussão e conclusão: Foi possível identificar que as agências avaliadas possuem algumas similaridades quanto à regulamentação para o registro de biossimilares, tanto no que tange suas diretrizes como no padrão de produtos autorizados até 23 de abril de 2022. Apesar disso, a agência sanitária brasileira demonstra importantes diferenças, principalmente no que diz respeito à produtos aprovados antes e depois da RDC nº 55/2010. Também, foi possível notar que a ampliação das PDPs foi importante fator para a ampliação do número de biossimilares registrados no país.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Revisão de escopo sobre biossimilares: o que dizem as revisões sistemáticas?(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-23) Silva, Júlia Pereira da [UNIFESP]; Melo, Daniela Oliveira de [UNIFESP]; Lira, Andreia Ramos; http://lattes.cnpq.br/5052823551616937; http://lattes.cnpq.br/6274493510346556Introdução: Nos últimos anos observou-se um aumento no número de medicamentos biológicos. Com a quebra das patentes, o desenvolvimento dos biossimilares tem ganhado cada vez mais espaço no mercado, surgindo a necessidade de novas regulamentações, reformulação de conceitos, como imunogenicidade e intercambialidade e a condução de estudos que avaliem a eficácia, segurança e os impactos da implementação destes produtos. Objetivo: Mapear as evidências de estudos de revisão sistemática que tenham avaliado diferentes aspectos sobre medicamentos biossimilares, identificando lacunas existentes na produção científica sobre o tema. Materiais e métodos: Realizou-se uma revisão de escopo incluindo-se apenas revisões sistemáticas, empregando busca abrangente nas bases de dados MEDLINE (via Pubmed), EMBASE, Cochrane Library, LILACS e EPISTEMONIKOS incluindo revisões publicadas até 30/04/2022. Não foi adicionada nenhuma restrição de período. Os artigos que consistiam em revisões sistemáticas e que avaliavam aspectos relacionados a medicamentos biossimilares, como eficácia, segurança etc., publicados em português, inglês ou espanhol foram considerados elegíveis. Toda a elegibilidade foi realizada por dois pesquisadores de forma independente e as discrepâncias resolvidas por um terceiro. Resultados: Através das buscas nas bases de dados, foram encontradas 988 publicações, sendo que, após elegibilidade, 51 foram incluídas. Destas 34 (64,2%) consideraram o risco de viés ou a qualidade metodológica dos estudos ao discutir os resultados e 19 (37,3%) realizaram meta-análise. Em relação aos produtos estudados, 32 (62,7%) revisões sistemáticas focaram em anticorpos monoclonais. Entre as 51 publicações incluídas, 40 (78,4%) avaliaram uma ou mais populações específicas, sendo mais frequente aquelas que avaliaram pacientes com doenças inflamatórias (31; 60,8%). Além disso, os desfechos mais avaliados foram de eficácia (37; 72,5%), segurança (33; 64,7%) e imunogenicidade (10; 19,6%), enquanto a retransição para o biológico comparador (2; 3,9%), os impactos econômicos (4; 7,8%) e percepção e aceitação de pacientes e profissionais de saúde (4; 7,8%) foram os tópicos menos abordados. Discussão e Conclusão: Os artigos, no geral, apontam que os biossimilares possuem eficácia e segurança similares aos produtos comparadores. Entretanto, há um acúmulo de estudos em anticorpos monoclonais e pacientes com doenças inflamatórias, sendo necessárias mais pesquisas para outros produtos e outras patologias. Ainda há muitas lacunas referente ao impacto econômico que os biossimilares produzem, sendo necessários mais estudos sobre o tema, assim como para a percepção sobre a intercambialidade.