Navegando por Palavras-chave "Assistência à saúde mental"
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- ItemEmbargoDesafios da integração das práticas de cuidado em saúde mental em rede(Universidade Federal de São Paulo, 2024-07-01) Marques, Carla Thamires de Sousa [UNIFESP]; Zihlmann, Karina Franco [UNIFESP]; Mazzaia, Maria Cristina [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6423662828098950; http://lattes.cnpq.br/8737042226108033; https://lattes.cnpq.br/6215655506763755; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: a partir da Reforma Psiquiátrica se faz necessário que o cuidado ofertado ao sujeito em sofrimento psíquico leve em consideração a necessidade de compreensão de sua saúde integral e os diferentes modos de vida dessas pessoas. Nesse sentido, os dispositivos destinados a acolher os usuários com transtornos mentais e/ou em uso abusivo de substâncias psicoativas, devem ser articulados de modo a oferecer um cuidado integral ao usuário. Objetivo: Analisar o contexto das articulações do cuidado em Saúde Mental de um caso complexo compartilhado entre o CAPS e a Unidade Básica de Saúde. Método: trata-se de uma pesquisa qualitativa e descritiva, com uma combinação de estratégias como observação participante e grupo focal com profissionais de saúde. O grupo focal foi utilizado para discussão de um caso complexo em Saúde Mental que envolve diferentes equipamentos de saúde do território de Santos, São Paulo, Brasil. Os dados foram categorizados pela técnica de Análise de Conteúdo temática. Resultados: A escolha de um caso complexo para discussão em grupo focal com profissionais envolvidos no cuidado desse usuário se mostrou uma estratégia potente para explicitar a importância do uso dos dispositivos de articulação para realizar o cuidado integral. Observou-se desafios de agendas, compartilhamento de ideias e compreensão do processo de trabalho interprofissional nessa articulação. Considerações finais: Foi possível identificar várias fragilidades no processo de integração do cuidado em rede, dentre elas, dificuldade em reunir pessoas envolvidas no atendimento dos casos, demandas de recursos e suporte institucional e pouco reconhecimento, na prática, da importância desses dispositivos de articulação de cuidado. Por outro lado, os participantes da pesquisa foram unânimes em expressar sua valorização desses recursos e seus desejos de que suas práticas cotidianas pudessem ocorrer com o suporte apropriado. Produto técnico em Educação: foi elaborado um vídeo ilustrativo e educativo sobre o processo de articulação do cuidado em Saúde Mental entre o CAPS e a Atenção Primária voltada para os usuários, familiares e profissionais de saúde. Nesse vídeo destaca-se a função de cada serviço e como ocorrem as articulações entre atenção primária e atenção secundária em Saúde Mental, além de apresentar os processos de articulação e cuidado em rede como valiosos e potentes para promover ações efetivas em Saúde Mental.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Indivíduos com transtorno de personalidade Borderline e o uso das redes sociais(Universidade Federal de São Paulo, 2022-10-12) Conforte, Marina dos Santos [UNIFESP]; Honorato, Tabata Galindo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1331252434870580; http://lattes.cnpq.br/1000535202757348Introdução: o transtorno mental (TM) é definido por um conjunto de alterações psicopatológicas e comportamentais que podem afetar o humor, o raciocínio, a forma de aprendizado e a maneira de um indivíduo de se comunicar e se relacionar com outros. Diferentes estudos brasileiros dedicam-se a evidenciar a incidência de Transtornos Mentais na sociedade, sendo que este índice varia entre 17% e 35% e está associado com os fatores sociodemográficos e as condições de saúde. Dentro dos TM destacam-se os transtornos de personalidade (TP), definidos por um padrão de pensamentos e comportamentos que não são considerados ‘comuns’ ou ‘aceitáveis’ na cultura de uma sociedade. Neste segmento, encontra-se o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) caracterizado, essencialmente, por um padrão difuso de instabilidade de afetos, de relacionamentos interpessoais, da percepção da autoimagem, da impulsividade acentuada e medo da rejeição ou do abandono. Os esforços para evitar o abandono podem incluir ações impulsivas em áreas potencialmente destrutivas, como uso abusivo de substâncias psicoativas. As pessoas com TPB apresentam um padrão de relacionamentos instável e intenso, flutuando rapidamente entre idealização de relacionamentos e a desvalorização deles. Na atualidade, o uso exacerbado das redes sociais se tornou tema de estudo em diferentes áreas, a fim de compreender qual a sua influência nos grupos da sociedade e quais são os efeitos decorrentes dessa exposição. No entanto, mesmo que as mídias sociais estejam se tornando cada vez mais o centro da interação social, ainda existe um déficit de pesquisas analisando como indivíduos com transtornos mentais comportam-se nos domínios das redes sociais, e, mais especificamente, indivíduos com TPB. é necessário identificar como se dá o padrão de uso dessas pessoas nas redes sociais, isso porque, devido ao quadro de variações de humor e intensidade nos relacionamentos, as rápidas conexões e interações podem causar um impacto negativo em pessoas com TPB. Objetivo: Portanto, o objetivo deste trabalho é analisar o uso das redes sociais por indivíduos com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), assim como verificar qual a possível influência que as mídias digitais têm sobre o ‘se sentir e se comportar’ destes indivíduos, de forma a identificar como elas interferem em suas interações sociais e, ainda, procurar investigar possíveis potenciais de fortalecimento e desgaste, oportunizando possíveis estratégias futuras de prevenção de agravos e promoção da saúde mental dessa população. Método: A coleta de dados foi efetuada por meio de uma pesquisa online, com indivíduos brasileiros diagnosticados com TPB. O questionário foi criado pelas próprias pesquisadoras, ao constatarem que não havia modelo anterior validado que investigasse o objeto de estudo. Resultados: Dentre os resultados encontrados destaca-se que a maioria dos indivíduos com TPB passam em média de 5-8 horas por dias conectados nas redes, sendo que o facebook é a mais utilizada por eles. Estes usuários relataram se sentir mais ansiosos, cansados e tristes após o uso das redes e afirmam que estas são capazes de gerar mudanças no seu comportamento. Conclusão: Tem-se a expectativa de que o presente estudo contribua para uma maior base de dados para os pesquisadores e seus artigos/projetos futuros sobre TPB, além de ter potencial para utilização como referência e justificativa, futuramente, para a criação de redes de apoio online para estes indivíduos.