PPG - Filosofia
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando PPG - Filosofia por Data de Publicação
Agora exibindo 1 - 20 de 275
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemSomente MetadadadosParadoxos da corrupção: O Segundo Discurso de Rousseau(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2012) Oliveira, Higor Fabrício de [UNIFESP]; Rosa Filho, Silvio [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0864306683130851; http://lattes.cnpq.br/8759271158686018; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Cette recherche a pour but d'analyser le Discours sur l'origine et les fondements de l'inégalité parmi les hommes, de Jean-Jacques Rousseau. Il s'agit tout d'abord de le situer dans le contexte des oeuvres de cet auteur, afin d'examiner la dimension critique de l'homme et de la société présente en elle, en particulier en ce qui concerne la notion de corruption. Il s'agit ensuite de s'interroger sur certains paradoxes présents surtout dans la notion même de perfectibilité et dans la formulation de l'idée de nature comme une matrice régulatrice. La lecture structurale de cette ouvrage accompagnée de la lecture de certains de ses commentateurs majeurs, ainsi que l’attention faite aux champs sémantiques et à la formulation rousseaunienne des problématiques permettront, semble-t-il, de mieux cerner l’apport critique du discours de Rousseau.
- ItemAcesso aberto (Open Access)A questão de Deus na ontologia de Paul Tillich(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2012-04-23) Emilio, Guilherme Estevam [UNIFESP]; Savian Filho, Juvenal [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Este trabalho pretende investigar como a questão de Deus é posta pela ontologia construída por Paul Tillich. Por “questão de Deus” entendemos a investigação em torno de um fundamento absoluto para a existência; investigação essa em continuidade com o que a tradição filosófico-teológica ocidental designou também como “questão da existência de Deus” (quaestio Dei). Assim, este trabalho pretende tratar do modo como, na ontologia construída por Paul Tillich, aparece a questão de Deus. Por “ontologia” entendemos um tipo de saber que apreende o ser enquanto tal ou a forma em que a raiz significativa de todos os princípios pode ser encontrada. É evidente que será tarefa deste trabalho elucidar detalhadamente como Tillich concebe a ontologia e como situa nela a realidade de Deus. Nesse sentido, procuraremos reconstruir sua ontologia acentuando os aspectos que conduzem à questão de Deus e procurando fazer sobressair dos pró- prios textos de Tillich maneiras de interpretar sua concepção de Deus que pareçam mais fiéis ao seu pensamento.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Fenomenologia crítica, filosofia e literatura: uma incursão nos primeiros textos de Sartre(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2012-06-25) Rodrigues, Thiago [UNIFESP]; Paiva, Rita [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O escopo desta dissertação consiste em apresentar e analisar a maneira pela qual se estabelece a relação entre literatura e filosofia na obra de Jean-Paul Sartre. Para tanto, tomar-se-á como principal referência alguns textos do jovem Sartre, em especial, o ensaio a Transcendência do Ego e o romance A Náusea. O método heterodoxo de buscar apoio tanto na obra teórica como na obra ficcional do autor justifica-se diante da necessária relação de interdependência que estes dois registros adquirem na obra do autor. Em decorrência, é imperativo analisar também algo do necessário desdobramento ético que esta concepção acarreta. Posto isto, cabe frisar que o percurso a ser percorrido vai da análise do texto filosófico acima mencionado, passando pela relação entre criação ficcional e reflexão filosófica e culminando com a retomada de toda a problemática desenvolvida durante o trabalho, porém, sob perspectiva literária e ética.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Linguagem como expressão do corpo(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2012-07) Severo, Daniel Cardozo [UNIFESP]; Carvalho, Marcelo Silva de [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Este trabalho teve como objetivo central compreender o lugar da linguagem como uma das formas de expressão do corpo. Merleau-Ponty trata desse tema, pela primeira vez e de forma explícita, no último capítulo da primeira parte da obra, Fenomenologia da Percepção, intitulado de O corpo como expressão e a fala. Para esclarecer a relação entre esses três elementos - fala, expressão e corpo - fez-se necessário combater alguns problemas filosóficos que o autor encontra ao colocar a linguagem nesse outro lugar, diferente da concepção defendida pela tradição anterior a ele. O principal deles estaria na base do pensamento ocidental, pois ele pautou-se em premissas equivocadas para compreender a realidade, as quais o autor denominou de pensamento de sobrevoo. A escolha do adjetivo sobrevoo se deu pelo tipo de resposta, científica e filosófica, ao problema da sensação e da percepção encontrado no “realismo ingênuo”, ou seja, a solução dada por eles separaria e reduziria à realidade a dicotomia sujeito/objeto. Desse modo, houve uma deturpação da percepção tanto do corpo quanto da linguagem, porque, com a cisão da realidade, estabeleceu-se a separação corpo e alma, a qual submeteu o primeiro ao último, consagrando a supremacia do pensamento. Nessa soberania, a sujeição da linguagem se deu com o nascimento do conceito de representação, matéria-prima do pensamento. Portanto, para Merleau-Ponty, o primeiro passo a ser dado para a real compreensão do mundo seria retornarmos aos fenômenos originários, tentarmos religar essa relação perdida pelas representações da consciência, por fora dela. Desse modo, com o abandono do pensamento de sobrevoo e com a luta contra o império da representação, o autor revela que a fonte da linguagem seria a fala, modulação existencial do corpo próprio. A fala se apoiaria na intenção do sujeito falante, o qual infla a palavra de significação própria, pois seu sentido adviria do gesto e não do pensamento. Seria pelo interior do gesto que perceberíamos que a palavra é fonte de sentido e não uma representação de algo. A fala nasceria para ampliar a capacidade de movimento do corpo e não para representar os objetos ou suas relações. Ao retomar o sentido instaurado pela percepção, a fala o prolongaria à comunicação. Falar significaria, assim, uma forma de projeção ao mundo e uma forma de evocação das experiências. Retomar-se-ia o passado, seja para dar-lhe um novo sentido (gesto) ou para recordá-lo (hábito). Seria esse o meio que Merleau-Ponty, com a fala, conseguira revelar a última faceta do corpo próprio, reformulando o problema do mundo.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Paradoxos da corrupção: o segundo discurso de Rousseau(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2012-07-05) Oliveira, Higor Fabrício de [UNIFESP]; Rosa Filho, Silvio [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Esta pesquisa pretende analisar a obra Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, de Jean-Jacques Rousseau. Tratase, antes de tudo, de situá-la no interior do conjunto das obras deste autor, com vistas a interrogar a dimensão crítica do homem e da sociedade nela presente, em especial, no que concerne à noção de corrupção. Trata-se, em seguida, de interrogar-se acerca de alguns paradoxos presentes no interior da obra, sobretudo na própria noção perfectibilidade e na formulação da ideia de natureza como matriz reguladora. A leitura estrutural da obra acompanhada da leitura de alguns de seus principais comentadores, assim como a atenção dedicada aos campos semânticos e à formulação rousseauniana das problemáticas permitirão, espera-se, melhor discernir o aporte crítico do discurso de Rousseau.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Biopolítica: a relação entre saber-poder e governo no pensamento de Michel Foucault(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2012-08) Silva, Tania Côrrea da [UNIFESP]; Silva Junior, Ivo [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Esta pesquisa pretende demonstrar que ao abrir uma nova perspectiva para o entendimento sobre as relações de saber e de poder, Foucault também apresenta uma nova possibilidade de interpretação para as relações de governo. Ela percorre a linha traçada pelo filósofo sobre as relações saber-poder e processos de sujeição, por meio do qual se torna possível desenhar um panorama crítico sobre a constituição das sociedades modernas. Nela corroboramos que as análises de Foucault, especialmente as de cunho genealógico, visam demonstrar a formação de um processo biopolítico, descrito como a captura das características biológicas do homem pelas estratégias de saber-poder, o que se efetiva pela soma de dois momentos correlatos. Um primeiro momento em que se efetivam as relações de poder e que, por isso, tem um caráter microfísico e interpessoal. E, um segundo momento no qual essas relações microfísicas adquirem um caráter macrossocial, através da interação com uma racionalidade a qual o filósofo chamou de governamentalidade. Essa pesquisa tem ainda por objetivo mostrar que, a análise empreendida por Foucault tece uma crítica bastante contundente sobre como os dispositivos de poder se correlacionam aos processos de constituição de saber e que essa correlação é o que torna possível a ação de um governo. Por fim, investiga, na trilha do pensamento de Foucault, como os homens do Ocidente teriam se sujeitado ao governo de outros iguais e ainda como seria possível romper com esse tipo de relação.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Paradoxos da corrupção: o segundo discurso de Rousseau(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2012-08-30) Oliveira, Higor Fabrício de [UNIFESP]; Rosa Filho, Silvio [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Esta pesquisa pretende analisar a obra Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, de Jean-Jacques Rousseau. Trata-se, antes de tudo, de situá-la no interior do conjunto das obras deste autor, com vistas a interrogar a dimensão crítica do homem e da sociedade nela presente, em especial, no que concerne à noção de corrupção. Trata-se, em seguida, de interrogar-se acerca de alguns paradoxos presentes no interior da obra, sobretudo na própria noção perfectibilidade e na formulação da ideia de natureza como matriz reguladora. A leitura estrutural da obra acompanhada da leitura de alguns de seus principais comentadores, assim como a atenção dedicada aos campos semânticos e à formulação rousseauniana das problemáticas permitirão, espera-se, melhor discernir o aporte crítico do discurso de Rousseau.
- ItemAcesso aberto (Open Access)A construção do conceito de popular em Theodor Adorno(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2012-09-30) Rodrigues, Luciane Candido [UNIFESP]; Burnett Junior, Henry Martin [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A presente pesquisa, de caráter teórico-bibliográfico tem por objetivo apresentar, em linhas gerais, o funcionamento da cultura de massas nos Estados Unidos durante os anos de 1938 a 1941 à luz dos escritos deixados, ainda que de forma fragmentária, pelo filósofo alemão Theodor Adorno. A partir de uma leitura da compilação crítica de tais escritos, denominada Current of Music foi possível constatar a metodologia de investigação de Adorno ao tomar a música transmitida via radiodifusão como seu objeto de pesquisa. Apesar da comum equiparação entre cultura de massas e cultura do povo, esta última por vezes tida como uma espécie de arte inferior, nos textos de Adorno é possível encontrar uma clara distinção entre estes dois conceitos: cultura do povo em nada se parece com a cultura de massas, esta última seria inclusive sinônimo de Indústria Cultural. Neste sentido, questiona-se então qual seria de fato a concepção de popular em Theodor Adorno. Para buscar uma possível resposta, utilizou-se como fundamentação a leitura primária dos textos publicados em Current of Music para compreender como o filósofo alemão chegou a conclusão da progressiva transformação da música em mercadoria, fenômeno inerente à cultura de massas. Por ter criticado em maior impacto a música popular, optou-se na presente pesquisa em seguir o mesmo caminho, propondo uma análise crítica do texto On popular Music. Relembrando que Current of Music traz os textos deixados por Adorno em sua versão original – estes trabalhos foram todos escritos pelo filósofo em língua inglesa. A conclusão que se chegou é que para Adorno popular significa indústria cultura e não cultura nascida no seio do povo.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Viagem Inacabada : Goethe e Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2012-11) Machado, Vinicius Gomes [UNIFESP]; Matos, Olgária Chain Féres [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma leitura crítico-filosófica da obra Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister de Goethe. Apresenta o debate estético-teatral em torno da criação de uma identidade nacional contra a influência da cultura francesa e a recepção da obra de Shakespeare como modelo a ser seguido pelos artistas alemães. Na obra de Goethe está a questão central da formação e da vocação do ator-protagonista Wilhelm Meister que abandona o lar burguês para realizar uma viagem iniciática em busca de autoconhecimento e auto-aperfeiçoamento. Neste contexto, são abordados conceitos como Bildung, Aufklärung, autonomia, heteronomia e educação enquanto conceitos interpretativos.
- ItemAcesso aberto (Open Access)A imagem no cinema como choque segundo Walter Benjamin(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2012-11) Quintino, Oberdan [UNIFESP]; Machado, Francisco De Ambrosis Pinheiro [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O célebre ensaio “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica” de Walter Benjamin salienta a transformação do conceito de obra de arte sob um viés histórico e de produção. Neste sentido, a reprodutibilidade técnica representa uma ruptura com o conceito tradicional de obra de arte quanto aos elementos espaço-temporais que lhe conferem o caráter de obra original e aurática. Nesse contexto, se inserem a fotografia e o cinema que, devido a suas particularidades técnicas, exigem uma nova forma de percepção e recepção da obra de arte, que Benjamin busca caracterizar por meio do conceito de choque. Movimentos de vanguarda do início do século XX, como dadaísmo e surrealismo, exploraram e anteciparam o efeito de choque em suas opções estéticas. Tais fenômenos artísticos se originaram num momento histórico das sociedades modernas industrializadas e de massas, marcado, entre outros, pelo desenvolvimento acelerado da técnica a partir do século XIX e pela crescente penetração desta na vida cotidiana, o que trouxe alterações comportamentais sob vários aspectos, dentre eles a relação entre a experiência individual e coletiva.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Referência, necessidade e ciência: um estudo do essencialismo científico de Saul Kripke(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2012-11-09) Silva, Daniel Soares da [UNIFESP]; Smith, Plínio Junqueira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7631072455158066; http://lattes.cnpq.br/1374914875253654; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Em janeiro de 1970, Saul Kripke proferiu três conferências na Universidade Princeton. A transcrição dessas conferências foi publicada em 1980 como Naming and Necessity. Nessa obra, Kripke critica o descritivismo, explicação então mais aceita para a função referencial dos nomes próprios, e apresenta a sua própria visão sobre o assunto. Em Naming and Necessity, Kripke também sustenta uma concepção que ficou conhecida como “essencialismo científico”, a qual afirma a existência de verdades necessárias a posteriori. Esta dissertação procura investigar de que maneira se relacionam as idéias sobre a referência e sobre o essencialismo científico no interior do pensamento kripkeano. Assim, no primeiro capítulo, procura-se apresentar as principais características do descritivismo. Em linhas gerais, a concepção descritivista, cujas origens remontam a certas idéias de Frege e Russell, estabelece que a explicação para a referência de um nome próprio passa pelas descrições associadas ao termo, as quais seriam satisfeitas univocamente pelo objeto designado. O segundo capítulo se ocupa dos argumentos kripkeanos contrários ao descritivismo. Esses argumentos são de três tipos: modal, epistêmico e semântico. A adequada compreensão desses argumentos, bem como do modelo explicativo alternativo proposto por Kripke, exige certos conceitos fundamentais, como o de mundos possíveis, a distinção entre modalidades epistêmicas e modalidades metafísicas, e o de designação rígida. Por isso, esse capítulo também busca expor tais noções. Finalmente, o terceiro capítulo é dedicado ao essencialismo científico desenvolvido por Kripke. Grosso modo, uma posição essencialista sustenta que os objetos possuem propriedades essenciais; isto é, propriedades que são exemplificadas em todos os mundos possíveis nos quais os objetos existem. O essencialismo científico afirma que cabe à ciência revelar essas propriedades essenciais, as quais seriam verdades necessárias a posteriori. O capítulo 3 examina o essencialismo quanto à origem biológica e aquele sobre a origem e composição material dos artefatos, além de outros aspectos relacionados ao tema discutidos por Kripke.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Um estudo sobre a ética em Sexto Empírico(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2012-11-29) Leite, Jefferson dos Santos Marcondes [UNIFESP]; Smith, Plínio Junqueira [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O presente trabalho pretende explorar o universo ético do ceticismo pirrônico antigo de Sexto Empírico. Para tanto, investigamos o tema nos livros em que Sexto trabalha a questão da ética, a saber, Hipotiposes Pirrônicas, livros I e III, e Contra os Éticos. Sexto apresenta, no livro I das Hipotiposes, a concepção geral do ceticismo. Essa apresentação permite entender como o cético se relaciona com a ética, tanto do ponto de vista da sua reflexão sobre a ética dogmática, como da sua ação ética. Sobre este último ponto, Sexto rejeita as críticas feitas pelos filósofos dogmáticos com relação a impossibilidade da vida prática do cético, indicando qual seria o critério cético de ação. As outras duas obras desenvolvem a reflexão cética sobre a ética. Examinaremos se as duas obras estão de acordo com a apresentação feita no livro I das Hipotiposes, ressaltando a unidade e a autenticidade que o pensamento pirrônico de fato tem. Inicialmente, nos livros sobre ética, Sexto investiga, a respeito das filosofias dogmáticas de sua época, principalmente a dos estoicos, a natureza do bem, do mal e do indiferente, visto que os modelos éticos de sua época consistem numa reflexão sobre esses conceitos. Ao aplicar o seu método filosófico, a argumentação dos dois lados de uma questão, gerando a equipolência, Sexto conclui que a única solução possível para os temas éticos, tal como os dogmáticos a entendem, é suspender o juízo sobre se existe algo que seja o bem, o mal ou o indiferente por natureza. Em segundo lugar, Sexto mostra que toda arte de viver está fadada ao fracasso, visto que estão também vinculadas aos conceitos morais por natureza. Finalmente, voltaremos à questão prática, quando Sexto apresenta o modelo cético de guiar uma vida eticamente, tendo os fenômenos como o critério cético de ação. Desta forma, apresentaremos o pensamento ético pirrônico de Sexto Empírico, com seu estilo próprio e suas características inovadoras e sofisticadas.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Duns Scotus e o princípio “tudo que se move é movido por outro”(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2013-02-14) Antonio, Felipe de Souza [UNIFESP]; Cezar, Cesar Ribas [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7271203922331848; http://lattes.cnpq.br/2769635464216416; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Tendo como referência os escritos da Física de Aristóteles, o movimento, para os pensadores do século XIII, não somente diz respeito ao movimento local, mas também às mudanças quantitativa e qualitativa dos entes. A fim de justificar o movimento das coisas, isto é, a passagem da potência ao ato, grande parte dos escolásticos recorreu ao princípio aristotélico que diz: “tudo que se move é movido por outro”. Ademais, para alguns desses pensadores, até mesmo as alterações cognitivas e apetitivas que ocorrem nas potências da alma submetem-se a esse princípio. Às vésperas do século XIV, Duns Scotus rejeita a universalização do princípio aristotélico do movimento e sistematiza uma filosofia em favor do automovimento. Por conseguinte, o propósito desta dissertação é apresentar por que Scotus sustenta que não se pode afirmar a priori, isto é, por meio de princípios de validade universal e independentes da experiência, que toda e qualquer mudança é causada por outro. Tomando por referência as Questões sobre os livros da Metafísica de Aristóteles IX, q. 14, exponho o pensamento de Scotus, o qual diz que o automovimento não só é possível, mas também é a melhor explicação para muitos fatos empíricos: os acidentes simultâneos e não simultâneos; o movimento dos leves e graves; o movimento dos animais; bem como as alterações qualitativa, quantitativa, cognitiva e apetitiva que outrora eram exclusivamente explicadas pelo princípio aristotélico do movimento. Por fim, na conclusão, teço algumas considerações sobre a questão do automovimento e também apresento sucintamente o pensamento de Scotus sobre o automovimento da vontade.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Bergson ou dualismo e unidade na experiência interna da subjetividade(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2013-02-28) Santos, Edvan Aragão [UNIFESP]; Paiva, Rita [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Este trabalho tem como objetivo percorrer a primeira obra de Bergson: Ensaio sobre os dados imediatos da Consciência. Seu intuito consiste em debater o problema do dualismo e da unidade no âmbito da subjetividade. Procura-se ressaltar que, ao instituir a fundamental distinção entre espaço e tempo, Bergson não apenas nos conduz a um novo olhar sobre a interioridade da consciência, mas aponta um dualismo distinto daquele instaurado pela tradição platônica e ratificado por seus sucessores. Nesse percurso, o autor revela-nos, por um lado, as duas formas de multiplicidade, apontando assim para uma nova forma de pensar o real, o ser. Por outro lado, para além dos dualismos, permite-nos vislumbrar que, já na primeira obra, a unidade viceja no horizonte teórico do bergsonismo.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Música como missão: experiência e expressão em Itamar Assumpção(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2013-03) Ferraz, Ivan de Bruyn [UNIFESP]; Burnett Junior, Henry Martin [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Poucos fracassos, na história da música popular brasileira, parecem ter sido tão bem sucedidos quanto o de Itamar Assumpção. É à exploração desse paradoxo, vivido e encarnado pelo artista, em seus mais variados matizes, que esse trabalho se dedica. Sua recusa, ou mesmo impossibilidade em separar sua produção musical de sua experiência pessoal o levou a tomar atitudes que apontam na direção de um autoboicote. Mas essas mesmas atitudes, em suas declarações, eram justificadas como necessárias para o tipo de reconhecimento que tanto desejava. Como se, para manter o desejo do que entendia ser o sucesso vivo, fosse necessário afastar o sucesso nas condições em que ele era possível; como se essas condições do presente representassem a própria frustração do que julgava ser a “missão” de sua vida: o sucesso buscado por Itamar Assumpção teria que se dar dentro de uma “autenticidade” que simplesmente não mais existia. Em sua obra, uma demonstração explícita desse paradoxo que parece ter guiado sua vida: sua música parecia demonstrar que a “autenticidade” ou “pureza” que lhe serviam de ideal não eram mais possíveis, ao mesmo tempo em que as encarnava, justamente ao expor essa impossibilidade em toda sua ambiguidade. É essa espécie de coincidência entre experiência e modo de expressão, inserida e em confronto com o cenário cultural que lhe serviu de palco, barreira e matéria-prima, que constitui o objeto de nosso estudo.
- ItemAcesso aberto (Open Access)O Beethoven de Wagner em O Nascimento da Tragédia de Nietzsche(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2013-03-25) Oliveira, Sidnei de [UNIFESP]; Burnett Junior, Henry Martin [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Esta Dissertação tem como objetivo mostrar a recepção do Beethoven de Wagner na obra de Nietzsche, mais precisamente em seu livro O Nascimento da Tragédia. Wagner tenta explicar aos alemães as razões de Beethoven figurar no mesmo patamar de Goethe e Schiller, Wagner utiliza-se de uma exposição do homem e do gênio Beethoven para chegar a esta conclusão. A partir de uma breve análise da Nona Sinfonia podemos perceber porque esta obra foi tão importante para Wagner dar sequência em seu drama musical, e justamente nesta junção que houve da palavra com a música na composição de Beethoven é que Nietzsche vê a importância destes dois compositores alemães, utilizando-os para sua primeira obra. Em resumo, mostraremos a apropriação que Nietzsche realiza não apenas do texto Beethoven, mas de Wagner e de Schopenhauer para explicar a questão musical no Nascimento da Tragédia.
- ItemAcesso aberto (Open Access)A antropologia filosófica no pensamento de Adam Smith(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2013-05) Aguiar, Alexandra Paulino de [UNIFESP]; Nascimento, Rodnei [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O presente trabalho tem como proposta explicitar a concepção da natureza humana no pensamento de Adam Smith, isto é, buscar um entendimento da antropologia filosófica no pensamento do filósofo e economista moderno. Desse modo, será incorporado à discussão as principais obras do autor: The Theory of Moral Sentiments, Essays on Philosophical Subjects, An Inquiry into the Nature and Causes of the Wealth of Nations, Lectures on Jurisprudence e Lectures on Rethoric and Belles Lettres, para aprofundar a tentativa de resposta do sistema moral de Smith. Entretanto, destacamos a primeira obra, The Theory of Moral Sentiments, por entendermos que esta obra estabelece os principais pressupostos da Filosofia Moderna que se aproximam do entendimento da antropologia filosófica, e também, por situar a discussão no cenário da "crise moral" dos séculos XVI e XVII. Outra ressalva a fazer sobre a discussão compreende a leitura que entendemos do método adotado por Smith, que se vale pela visão de sistema filosófico do homem e sociedade de mercado. Por isso, momentaneamente será abordado o tema com elementos que dialogam com outras obras do pensador. Em outras palavras, entendemos que as relações que imantam a escola filosófica escocesa do "senso moral", isto é, as condições que são sinalizadas para a natureza humana sobre os sentimentos morais, são proposições de um sistema filosófico moderno que se apresentam, mais adiante, como ciência social e econômica. Para tanto, o alcance que se busca neste trabalho compreende responder a seguinte questão: qual é o lugar no pensamento de Smith para a Antropologia Filosófica? Neste sentido, o método a ser adotado no estudo compreende analisar os pressupostos do sistema moral do pensador, à luz do tempo lógico e temporal do que pode-se nomear de "crise moderna moral". O estudo ainda sinaliza que a relação de intersubjetividade existente na ordem social e econômica estão expressos pelos sentimentos simpáticos - sentir com - que são sugeridos como resposta pelo autor para a nova ordem social e econômica moderna, e, ao meu entender, está situada no solo das regras gerais da moral. Diante deste contexto, nos faz considerar que a simpatia é explicitada como causa (conveniência social e econômica) e como efeito (aprovação e desaprovação moral).
- ItemAcesso aberto (Open Access)Linguagem e ideologia em marxismo e filosofia da linguagem(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2013-06) Rodrigues, Marco Aurélio de Passos [UNIFESP]; Carvalho, Marcelo Silva de [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Esta dissertação tem como objetivo estudar a obra Marxismo e filosofia da linguagem e entender como se constitui a relação entre linguagem e ideologia. Para estabelecer como se organiza esta relação, dividiremos este trabalho em três partes. A primeira expõe o debate que a obra faz com três importantes adversários: i) a ortodoxia marxista; ii) o neokantismo, em específico, um dos membros desta escola filosófica, Ernst Cassirer e, por fim, iii) Ferdinand de Saussure. O segundo capítulo expõe de que maneira é construído no interior de Marxismo o conceito de linguagem e como esta surge como um projeto de uma filosofia marxista da linguagem. Para isso, são analisados temas como: a consciência, significação e analise da ideologia. No terceiro capítulo, será explicado de que forma é colocado em prática a tentativa de aplicação do método sociológico por meio da análise do discurso direto e indireto. Após as explicações desses capítulos serão realizadas as considerações finais.
- ItemAcesso aberto (Open Access)A medida do êxtase: entre a aniquilação e a patologia onírica da vida em O Nascimento da Tragédia(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2013-06-26) Sabatini Ribeiro, Marco Antonio [UNIFESP]; Burnett Junior, Henry Martin [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Para Nietzsche, os gregos pré-homéricos estariam próximo da aniquilação de suas vidas devido à efetivação desmesurada de seus impulsos e os gregos apolíneos recairiam em um excesso de medida contraditória aos próprios preceitos délficos. Enquanto os impulsos dionisíacos permitiriam a afirmação plena dos desejos de cada pessoa impossibilitando assim a convivência em sociedade, os impulsos apolíneos criariam as representações sociais e estatais mas inibiriam a consumação imediata de prazer e sofrimento do grego antigo. A problemática se evidencia em como seria possível afirmar plenamente a vida sem que ela se inibisse ou se aniquilasse. A partir das análises de Nietzsche sobre a Antiguidade Grega, a hipótese que permeia este trabalho é a de que a tragédia resulta dessa problemática como uma sutil medida de êxtase advinda do período pré-homérico e do período homérico que, em O Nascimento da Tragédia, são elucidados a partir das interpretações nietzschianas da tradição mítica de Apolo e Dioniso.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Conceitos e semelhanças de família em Wittgenstein(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2013-07) Aquino, Fernando Lopes de [UNIFESP]; Carvalho, Marcelo Silva de [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Esta pesquisa procura apresentar uma leitura das Investigações Filosóficas de Wittgenstein, especificando a sua contraposição a um modelo de linguagem especialmente vinculado ao essencialismo platônico. O tema é delimitado por intermédio dos parágrafos 65 a 88 da obra, onde os argumentos do autor se desdobram a partir de concepções como “jogos de linguagem’ e “semelhanças de famílias”. O principal intuito é verificar como esses dois elementos estão estruturados nas Investigações e quais as suas implicações para a filosofia da linguagem de Wittgenstein.