PPG - Ecologia e Evolução
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Navegando PPG - Ecologia e Evolução por Orientador(es) "Bruniera, Carla Poleselli [UNIFESP]"
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- ItemEmbargoDiversidade de Rudgea Salisb. no Nordeste brasileiro e modelagem de distribuição das espécies da Mata Atlântica sob mudanças climáticas(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-27) Rossatto, Isabella Capitanio [UNIFESP]; Bruniera, Carla Poleselli [UNIFESP]; Sturaro, Marcelo José [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2776090230754156; http://lattes.cnpq.br/1299788687832600; http://lattes.cnpq.br/6861401856549067Rubiaceae é reconhecida como a quarta maior família de angiospermas no mundo, e dentro dela, Rudgea destaca-se como um dos maiores gêneros lenhosos. Limitado ao Neotrópico, este gênero possui um centro de diversidade na Mata Atlântica, porém, encontra-se atualmente vulnerável devido às perturbações ambientais exacerbadas promovidas pelos humanos. Apesar de ser uma das regiões mais ricas em espécies de angiospermas no Brasil, o Nordeste enfrenta lacunas consideráveis no conhecimento de sua diversidade. Este trabalho visa ajudar a preencher essa lacuna, apresentando no primeiro capítulo um tratamento taxonômico das espécies de Rudgea encontradas no estado da Bahia, Brasil; no segundo capítulo, um levantamento das espécies deste gênero na região Nordeste do Brasil, acompanhado de comentários sobre sua distribuição; e no terceiro capítulo, um estudo da distribuição de oito espécies endêmicas da Mata Atlântica e como essa distribuição pode ser afetada pelas mudanças climáticas. Nossa pesquisa revelou a presença de 31 espécies de Rudgea na Bahia, incluindo cinco novas para a ciência. A maioria dessas espécies foi observada nas regiões de Mata Atlântica e de Cerrado, sendo as novas restritas a Mata Atlântica do sul da Bahia. Para a região Nordeste, encontramos 33 espécies, sendo uma espécie nova descrita para o estado do Sergipe. Através da modelagem de distribuição, vimos que as espécies irão sofrer com as consequências das mudanças climáticas futuras, diminuindo suas áreas de ocorrência principalmente no cenário mais pessimista com a maior taxa de emissão de carbono. Em conclusão, este trabalho proporciona um avanço no conhecimento da diversidade e distribuição das espécies de Rudgea do Nordeste do Brasil. Estes resultados ressaltam a necessidade de estratégias urgentes de conservação para proteger a diversidade de Rudgea, que é maior do que se tinha registrado anteriormente. Além disso, reforçam a necessidade de monitoramento das mudanças climáticas a fim de amenizar seus impactos sobre a flora.
- ItemEmbargoDomácias em Rudgea Salisb. (Rubiaceae): um estudo morfológico e anatômico(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-27) Marcon, Samantha Favero [UNIFESP]; Bruniera, Carla Poleselli [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1299788687832600; http://lattes.cnpq.br/5260624764534820A taxonomia é a ciência que se dedica à classificação de organismos e nos últimos anos a taxonomia integrativa tem se tornado mais relevante. Esta abordagem combina diversos tipos de informações para uma classificação mais precisa, além de ajudar na compreensão das espécies além das suas características externas. Um exemplo de aplicação da taxonomia integrativa é o estudo das domácias. As domácias são estruturas foliares que fornecem abrigo a pequenos animais, em uma relação mutualística. Estas estruturas estão localizadas nas axilas das nervuras principal e secundárias da face abaxial das folhas, com sua maior ocorrência sendo na família Rubiaceae. Além de seu papel ecológico, as domácias podem ser usadas para delimitar espécies, como observado em Rudgea, um gênero de Rubiaceae. Assim como na família, as domácias de Rudgea são altamente variáveis em sua morfologia. Porém essa estrutura ainda é pouco investigada em seus aspectos morfo-anatômicos. Trabalhos anteriores mostraram a presença de tecidos anatomicamente diferenciados na região domacial. Um destes tecidos é o chamado tecido domacial, composto por parênquima compactado, o outro é tecido de borda, composto por colênquima concentrado nas bordas da abertura da domácia. Portanto, o objetivo desta dissertação é fazer um estudo mais aprofundado da morfologia [Capítulo1] e anatomia [Capítulo 2] das domácias em Rudgea. Além disso, também estão sendo descritas duas espécies novas para esse gênero [Anexo 1]. Quanto a morfologia, foi proposto um modelo de descrição para as domácias que melhor evidencia a variabilidade morfológica da estrutura. O modelo é mais flexível que classificações anteriores, sendo possível usá-lo para descrever domácias de outros gêneros e famílias. Devido à alta variabilidade intraespecífica observada neste trabalho, as características das domácias em Rudgea não se mostraram tão informativas para a diferenciação das espécies. Quanto a anatomia, os diferentes tecidos domaciais foram encontrados na maioria das espécies analisadas, mas em diferentes organizações e quantidades. Também foram encontrados idioblastos preenchidos com substâncias ainda não identificadas, descoberta que pode ter ramificações interessantes para o mutualismo destas plantas. Comparando os resultados dos dois capítulos, não foi encontrada a conexão esperada entre a morfologia e anatomia das domácias. Os resultados deste trabalham mostram, na verdade, que a anatomia da estrutura é tão variável quanto sua morfologia, evidenciando o potencial desta estrutura para estudos das mais diversas áreas das ciências biológicas.
- ItemAcesso aberto (Open Access)A flora arbórea de rubiaceae em um fragmento de floresta atlântica na Região Metropolitana de São Paulo, SP(Universidade Federal de São Paulo, 2019-06-27) Giaquinto, Cláudia Barcelos [UNIFESP]; Bruniera, Carla Poleselli [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1299788687832600; http://lattes.cnpq.br/8114770289947164O presente estudo consiste em um tratamento taxonômico das espécies arbóreas de Rubiaceae no Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba (PNMNP), uma Unidade de Conservação Municipal criada em 2003, localizada no Município de Santo André, São Paulo, com área total de 426 hectares. O PNMNP localiza-se em uma área de proteção de mananciais, onde encontram-se as nascentes do rio Grande, o maior rio formador da represa Billings, responsável pelo abastecimento de 1,5 milhão de pessoas nos municípios da Grande São Paulo. A vegetação do PNMNP faz parte do domínio da Floresta Atlântica, é caracterizada como Floresta Ombrófila Densa, em grande parte secundária em estado médio ou avançado de regeneração, sendo que um estudo fitossociológico realizado no PNMNP em 2011 evidenciou a importância das espécies de Rubiaceae para a vegetação do Parque, visto que esta foi a segunda família mais diversa, além de possuir as duas espécies mais abundantes. Dessa forma, este estudo teve como objetivos: conhecer a diversidade de espécies arbóreas de Rubiaceae do PNMNP; levantar caracteres informativos para a identificação das espécies de Rubiaceae encontradas; apresentar um tratamento taxonômico com descrições dos gêneros, das espécies, chaves de identificação, comentários sobre sua taxonomia, distribuição e fenologia; e produzir um guia de identificação. O trabalho foi executado com a utilização de métodos usuais em taxonomia vegetal: consulta a literatura especializada, visitas a herbários, pedidos de empréstimo de materiais e trabalho de campo. Foram identificados 12 gêneros com 20 espécies, sendo Psychotria L. o gênero mais diverso com seis espécies, amplamente distribuídas pelo Parque, principalmente em áreas de médio e avançado estado de regeneração. Somente a espécie Psychotria hastisepala Müll. Arg. foi localizada apenas em área de borda florestal. As espécies Coussarea contracta (Walp.) Müll. Arg. var. contracta, Chomelia brasiliana A. Rich. e Chomelia pedunculosa Benth. não haviam sido relatadas para o local anteriormente. A espécie Psychotria mima Standl. foi localizada em área de Floresta Ombrófila Densa Altomontana, sendo que em estudos anteriores foi relatada como espécie com provável ocorrência no PNMNP. Os resultados deste trabalho taxonômico irão contribuir para o conhecimento sobre as espécies arbóreas de Rubiaceae, principalmente da Floresta Atlântica, auxiliando também no Projeto Flora do Brasil 2020, e ainda, poderá fornecer subsídios para o manejo e conservação dos escassos fragmentos florestais remanescentes na Região Metropolitana de São Paulo.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Sistemática e biogeografia de Planaltina R.M. Salas & E.L. Cabral (Rubiaceae): um gênero endêmico do Cerrado brasileiro(Universidade Federal de São Paulo, 2021-09-20) Dutra, Letícia Lopes [UNIFESP]; Bruniera, Carla Poleselli [UNIFESP]; Salas, Roberto Manuel; http://lattes.cnpq.br/1299788687832600; http://lattes.cnpq.br/1120714407316021O Cerrado é um domínio fitogeográfico brasileiro considerado um dos hotspots mundiais de biodiversidade. Nos últimos anos, estudos de táxons altamente diversos ou endêmicos do Cerrado têm se intensificado, visto que a perda da área nativa do domínio está acelerada, e consequentemente, de sua biodiversidade. Um gênero endêmico do Cerrado e que foi recentemente descrito é Planaltina, com quatro espécies: P. angustata, P. capitata, P. lanigera e P. myndeliana. Planaltina pertence à família Rubiaceae, e está inserido na tribo Spermacoceae, a qual possui distribuição pantropical, com aproximadamente 1250 espécies. As espécies de Planaltina foram transferidas recentemente de outros gêneros da tribo com base em caracteres morfológicos. Embora tenha sido feita uma revisão para o gênero, não foi comprovado seu monofiletismo e suas relações com outros gêneros da tribo não foram esclarecidas. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo principal a reconstrução da filogenia de Planaltina a fim de investigar as relações entre as espécies do gênero e grupos próximos, além de verificar possíveis sinapomorfias morfológicas para o gênero e sua história biogeográfica. Para inferir as relações filogenéticas foram utilizadas sequências do íntron rps16 do cloroplasto, e das regiões nucleares ITS e ETS de Planaltina e de outros gêneros do clado Spermacoce empregando a inferência Bayesiana. Foi gerada uma filogenia datada utilizando a calibração secundária, e com base nela foram realizadas reconstruções biogeográficas e dos estados ancestrais de caracteres. Em todas as análises filogenéticas, Planaltina emergiu como um grupo monofilético, sendo o clado formado por P. angustata e P. myndeliana grupo-irmão do clado formado por P. capitata e P. lanigera. Algumas espécies de Hexasepalum e Ernodea emergiram como prováveis grupos-irmãos de Planaltina. A reconstrução dos estados ancestrais de caracteres inferiu que o fruto tipo cápsula, a deiscência septífraga longitudinal e o grão de pólen com perfurações espessadas na exina podem ser consideradas sinapomorfias de Planaltina. A origem do gênero data de 3.03 Ma (HPD 95% = 4.38 – 1.68), entre o Plioceno e o Pleistoceno inferior. As espécies de Planaltina emergiram em simpatria na super-bioregião do Cerrado, tendo P. capitata e P. lanigera se dispersado para a super-bioregião do Espinhaço/Mantiqueira enquanto P. angustata e P. myndeliana permaneceram com distribuição restrita a super-bioregião do Cerrado.