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Estabelecimento e caracterização de um modelo celular de transformação maligna de células epiteliais de próstata humana
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-11) Mendonça, Maria Clara de Lobo e [UNIFESP]; Jasiulionis, Miriam Galvonas [UNIFESP]; Fernandes, Débora Kristina Alves [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2606758005305102; http://lattes.cnpq.br/3057188718614807; http://lattes.cnpq.br/4151760975059052
O câncer de próstata é o tipo de câncer mais comum e a segunda maior causa de mortes oncológicas entre homens, principalmente devido ao diagnóstico tardio, à heterogeneidade clínica, à agressividade da doença e às limitações das estratégias terapêuticas atuais. Durante a transformação maligna, células adquirem características como proliferação descontrolada, resistência à apoptose e, eventualmente, capacidade de invasão e formação de metástases. Esses processos estão frequentemente relacionados a mecanismos genéticos e epigenéticos. Embora modelos celulares sejam aplicados para estudar esses mecanismos, os modelos disponíveis para o câncer de próstata são limitados, permitindo apenas a comparação entre células normais e transformadas, sem acesso ao processo de transformação maligna. Desta forma, este trabalho propõe o desenvolvimento de um modelo celular inovador de tumorigênese de células epiteliais de próstata humana baseado no estresse sustentado, que favorece o surgimento de alterações epigenéticas progressivas. Essa abordagem foi previamente estabelecida por nosso grupo em modelos de desenvolvimento e progressão de melanoma murino e na imortalização de astrócitos primários humanos. Para este estudo, a linhagem de células epiteliais não tumorais de próstata PNT1A foi submetida a dez ciclos de bloqueio de adesão celular seguido de diluição limitante, resultando na seleção de dois clones, PMC13 e PMC15, para serem melhor caracterizados. Esses clones apresentaram alterações em características como clonogenicidade, migração, invasão, resistência ao anoikis, capacidade de formação de tumores in vivo e alterações na regulação proteica, gênica e epigenética. Além disso, os dados do modelo sugerem que as modificações epigenéticas, a plasticidade celular e o eixo MYCMADMAX atuam como elementos muito importantes na progressão tumoral prostática decorrente do estresse sustentado. Assim, o modelo desenvolvido, apesar dos desafios e riscos envolvidos, representa um avanço significativo, abrindo novas perspectivas para investigar a transformação e progressão maligna no câncer de próstata humano.
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Embargo
Direitos sexuais e reprodutivos: vivências de mulheres em situação de rua
(Universidade Federal de São Paulo, 2025-01-10) Rehder, Júlia Pella [UNIFESP]; Surjus, Luciana Togni de Lima e Silva [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8786999221233177; http://lattes.cnpq.br/8498028941136524; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Introdução: O preconceito e opressão com a sexualidade feminina na sociedade machista e patriarcal em que vivemos, reflete na forma como a atividade sexual aparece para as mulheres em situação de rua, seja pela ausência de discussão sobre a temática, seja pela variedade de narrativas que envolvem diferentes dimensões: como forma de violência, oportunidade de trabalho, mas quase nunca como um direito a ser garantido, assim como os direitos reprodutivos dessas mulheres, que são frequentemente violados pelo Estado. Justificativa: Os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, especialmente daquelas em situação de vulnerabilidade extrema, como a condição de rua, embora afirmados nas políticas públicas, não são garantidos, e pelo contrário, por vezes são violados pelo próprio Estado, por meio de legislações e normas de atuação nos serviços. Objetivos: Compreender as condições de garantia dos direitos sexuais e reprodutivos de mulheres em situação de maior vulnerabilidade a partir do previsto nas políticas públicas e das vivências das mulheres em situação de rua. Metodologia: Pesquisa qualitativa, de perspectiva crítica feminista, com utilização de grupo focal desenvolvido com mulheres no campo do espaço de Convivência e Redução de Danos do grupo “Div3rso: Saúde Mental, Redução de Danos e Direitos Humanos”, projeto de extensão da Universidade Federal de São Paulo, campus Baixada Santista. Resultados: Foi realizada revisão de literatura científica na qual foram selecionados 13 artigos, analisados a partir das categorias previamente definidas: a) condições de garantia dos direitos sexuais e reprodutivos de mulheres em situação de rua; b) percepções sobre o papel da sexualidade e da atividade sexual para mulheres em situação de rua; c) principais barreiras ao direito à gestação e maternidade das mulheres que usam drogas; d) importância da redução de danos. Foi também realizada uma etapa empírica junto a mulheres que frequentam ou compõem o Espaço de Convivência e Redução de Danos ofertado semanalmente pelo Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão DiV3rso: Saúde Mental, Redução de Danos e Direitos Humanos da Universidade Federal de São Paulo, Campus Baixada Santista. A partir de um grupo focal que incluiu 8 mulheres, emergiram as seguintes categorias de análise: a) ser mulher em situação de rua; b) informações, recursos e tomada de decisões; c) sexualidade e atividade sexual; d) lugar seguro; e) maternar em situação de rua. Considerações finais: As principais contribuições do estudo foram fazer dialogar os achados da literatura científica com as vivências das mulheres participantes, no que se evidenciou profunda convergência no que se refere à ausência de regulamentações, normativas e práticas garantidoras de direitos sexuais e reprodutivos, somente vivenciados no cárcere e em condição de masculinidade. O corpo como espaço de violência e submissão patriarcal, além de objeto nas trocas materiais de subsistência, parece sobressair a qualquer possibilidade de vivência prazerosa ou de realização pessoal. Faz-se necessário maior investimento em pesquisas que promovam a participação das mulheres que vivenciam a situação de rua e a implementação de ações práticas e serviços voltados às garantias de suas necessidades.
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Acesso aberto (Open Access)
Estudo numérico-observacional sobre a formação de poluentes secundários nos primeiros meses da pandemia da COVID-19
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-11) Novais, Denise Gomes [UNIFESP]; Pauliquevis Júnior, Theotonio Mendes [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6215487629594394; http://lattes.cnpq.br/5107832190300212
O estudo investigou, por meio de simulações numéricas, a formação de aerossóis secundários sob circunstâncias de redução de emissões primárias (principalmente veiculares) durante o período de lockdown ocorrido no início da pandemia de COVID-19, em particular nos meses de março a junho (estação do outono) de 2020. Diversos artigos mostram que, apesar da drástica redução de emissões devido às restrições de circulação (em particular, emissões diretas de NOx por fontes veiculares), não foi observada redução compatível no material particulado fino (MP2.5). Há evidências dessa redução menor que a esperada em localidades completamente distintas, como, por exemplo, leste asiático, mas especifico Pequim (China) e cidades da Europa como Lisboa (Portugal). Uma observação comum é que as concentrações de O3 na maior parte das localidades não se reduziram, ou muitas vezes, aumentaram significativamente, mantendo ou mesmo amplificando a capacidade oxidativa da atmosfera. Este fato tem o potencial de explicar um aumento na formação de aerossóis secundários, que seria uma possível justificativa para a discreta redução mínima na concentração de aerossóis na moda fina (MP2.5). O objetivo foi justamente investigar estes processos de formação de aerossóis secundários sob condição de lockdown utilizando-se de ferramenta numérica – no caso, o modelo “box model” ARCA. Este modelo permitiu simular condições criadas em câmaras de reações atmosféricas, mimetizando assim condições idealizadas, com reagentes e fotoquímicas controladas. Por meio de medidas obtidas pelas estações CETESB, para NOx e O3, e variáveis meteorológicas e de radiação atmosférica obtidas pela estação meteorológica do IAG/USP (Água Funda) como condições de entrada do modelo, e verificar se a hipótese é confirmada. Como resultados na comparação das concentrações dos poluentes, o NOx apresentou redução entre as estações de monitoramento, sendo a principal a estação Pinheiros, por apresentar representatividade de micro escala, tendo influência da via local, indicada que a redução em 2020 esta ligada a redução de veículos durante o período de confinamento. Em contrapartida, o O3 manteve e algumas estações apresentaram aumento razoável no ano de 2020 em comparação aos anos anteriores. Para o MP2.5, no ano de 2020 foi observado que teve uma pequena redução em comparação aos anos anteriores. As simulações realizadas no ARCA, para comparação de dias normais e pandêmicos e médias mensais, apresentaram resultados similares em relação à formação de partículas finas. Mas quando se trabalhou com valores hipotéticos em relação às concentrações de NO, NO2 e O3 para diferentes níveis de partículas, os resultados foram satisfatórios. Em níveis de 1.000 cm-3 e 10.000 cm-3, ficou nítida influência que a concentração de NO ocasiona na condensação de partículas em diferentes cenários. Já em relação 100.000cm-3 a coagulação torna-se protagonista, ao formar rapidamente agregados, ocasionando a rápida redução da área das bandas gráficas. O modelo apresentou resultados satisfatórios enquanto as simulações hipotéticas, mas seria necessário realizar comparativos com outros modelos para averiguar se as respostas das simulações apresentadas se assemelharam. Outra questão atrelada, agora partindo para os aerossóis secundários, seria fazer simulações adotando concentrações de COVs biogênicos com os antrópicos, com o propósito de obter resultados mais satisfatórios.
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Acesso aberto (Open Access)
Prevalência e fatores associados ao endótipo de baixo limiar do despertar entre os pacientes diagnosticados com apneia obstrutiva do sono avaliados na 4ª edição do Estudo Epidemiológico do Sono (EPISONO) de São Paulo
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-13) Faria, Carlos Jaime Simiqueli; Poyares, Dalva Lucia Rollemberg; Andersen, Monica Levy; http://lattes.cnpq.br/4951931552005515; http://lattes.cnpq.br/4176832922554657; http://lattes.cnpq.br/9290025816885782
Introdução: A apneia obstrutiva do sono ocorre a partir de uma interação variada entre fatores anatômicos e não anatômicos. Dentre os fatores não anatômicos, o baixo limiar de despertar pode representar uma barreira à abordagem adequada e à adesão dos pacientes ao tratamento. Edwards e colaboradores desenvolveram uma ferramenta clínica cuja análise dos valores do índice de apneia e hipopneia, do nadir da saturação da oxiemoglobina e do percentual de hipopneias no exame de polissonografia permitiria presumir a presença do endótipo baixo limiar do despertar. A aplicação desse método complementar de diagnóstico em um estudo populacional representativo como o Estudo Epidemiológico do Sono de São Paulo possibilita reconhecer a prevalência do baixo limiar do despertar em indivíduos diagnosticados com AOS, além de permitir a análise das características sociodemográficas e dos sintomas associados ao endótipo em estudo.
Objetivos: Avaliar a prevalência do endótipo de baixo limiar de despertar entre os indivíduos participantes da 4ª edição do EPISONO através da aplicação do algoritmo proposto por Edwards et al. Analisar as diferenças entre os grupos e gêneros, relacionadas às características sociodemográficas, características polissonográficas, qualidade de vida, sintomas diurnos e insônia.
Métodos: Este estudo foi realizado a partir da análise do banco de dados da 4ª edição do EPISONO, conduzido entre 2018 e 2019. Através do algoritmo proposto, a população em estudo foi dividida em 3 grupos: participantes sem apneia obstrutiva do sono, com apneia obstrutiva do sono e baixo limiar de despertar, e com apneia obstrutiva do sono e alto limiar do despertar. As diferenças entre os grupos e o sexo dos participantes foram analisadas a partir dos resultados dos questionários aplicados e informações obtidas na 4ª edição do EPISONO no que concerne às características sociodemográficas, polissonográficas, qualidade de vida, sintomas diurnos e insônia.
Resultados: diferenças significativas foram observadas entre os grupos em relação ao sexo, idade, peso e ao índice de massa corporal, porém não houve diferenças significativas entre as etnias e para a maioria dos sintomas avaliados. As mulheres apresentaram maior frequência de sintomas, especialmente aquelas do grupo baixo limiar de despertar (apneia obstrutiva do sono), comparativamente aos homens do mesmo grupo. A insônia clínica também foi mais prevalente no sexo feminino. A caraterização do endótipo baixo limiar de despertar e a maior frequência de sintomas em mulheres com apneia obstrutiva do sono evidenciam a importância da valorização dos achados polissonográficos e dos sintomas relatados pelas mulheres durante a avaliação clínica. O baixo limiar de despertar não mostrou relação com a piora da despertabilidade entre os participantes com insônia comórbida e apneia do sono em comparação àqueles apenas com AOS neste estudo.
Conclusões: O endótipo de baixo limiar de despertar demonstrou ser prevalente na população de São Paulo, especialmente entre os participantes com sobrepeso e homens. Entretanto, atenção especial deve ser dada às mulheres, nas quais se observou maior frequência de sintomas diurnos, insônia comórbida com apneia do sono. Identificar os endótipos da apneia obstrutiva do sono, e conhecer suas características e impactos na população geral podem auxiliar no planejamento de terapias individualizadas, objetivando maior eficácia e adesão às mesmas.
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Embargo
A tecnologia assistiva no cotidiano de pessoas com hipofosfatemia ligada ao x (xlh)
(Universidade Federal de São Paulo, 2025-01-09) Szram, Maryana Helen [UNIFESP]; Jurdi, Andrea Perosa Saigh [UNIFESP]; Vasques, Vanessa Giovana [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3095525553182069; http://lattes.cnpq.br/4140547211703368; https://lattes.cnpq.br/8677035129318646; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
A hipofosfatemia ligada ao X (XLH) é uma condição genética rara que afeta a saúde física e social de indivíduos. Este estudo teve como objetivo fazer um levantamento dos produtos assistivos utilizados no cotidiano de adultos com XLH e conhecer a percepção deles acerca desses recursos. A pesquisa, de caráter qualitativo e exploratório, contou com a participação de sete brasileiros entre 18 e 43 anos, e utilizou entrevistas semiestruturadas para coleta de dados. Os dados obtidos evidenciaram os produtos de Tecnologia Assistiva (TA) mais utilizados e a opinião dos participantes acerca da melhora da dor, desempenho ocupacional, facilidade da realização das atividades e promoção de independência graças à TA. Já a análise de conteúdo temática trouxe 3 núcleos temáticos, de acordo com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde: (1) Desvios de Funções Fisiológicas e Estruturas; (2) Atividades e Participação; (3) Fatores Ambientais. Embora a expressão do XLH seja semelhante entre os indivíduos, a pesquisa destacou a importância de um cuidado personalizado e integral, para melhor compreender as necessidades desse cotidiano e qual produto assistivo poderia auxiliar na funcionalidade, promovendo melhora no desempenho, autonomia, independência e participação social.