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Acesso aberto (Open Access)
Cidades Azuis: soluções baseadas na natureza para a resiliência climática costeira
(Unifesp/IMar, 2024-11-11) Martinez, Aline Sbizera [UNIFESP]; Pardal-Souza, André Luiz [UNIFESP]; Takahashi, Camila Keiko; Christofoletti, Ronaldo Adriano [UNIFESP]; Cruz, Andrea; Eon, Fábio; Monforte, Sérgio; Bumbeer, Janaína; Ribeiro, Juliana Baladelli; Alberti, Liziane; http://lattes.cnpq.br/4622328317588092; http://lattes.cnpq.br/6271009643657143; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Vivemos em um mundo em constante transformação, no qual as crises climática e de biodiversidade impactam milhares de pessoas diariamente, exigindo ações urgentes de adaptação e resiliência. Embora documentos e planos de ação em diferentes níveis de governança reforcem a importância da restauração de ecossistemas, da promoção da resiliência climática e apontem as Soluções baseadas na Natureza (SbN) como caminhos estratégicos, muitos profissionais que atuam na linha de frente da implementação ainda enfrentam desafios para concretizar projetos de SbN em suas realidades locais. Este material oferece um panorama sobre as SbN que podem ser aplicadas no Brasil, com foco em cidades costeiras, para fortalecer a resiliência climática. Este documento foi elaborado com ênfase no contexto nacional, porém traz soluções que podem ser adaptadas para cidades em todo o mundo. Buscamos apoiar tomadores de decisão, gestores públicos e legisladores, investidores, bem como o público em geral, trazendo informações compiladas que visam facilitar a identificação de estratégias de SbN para promover a sustentabilidade urbana e adaptar as cidades para lidar com os eventos climáticos extremos que vêm se intensificando com as mudanças climáticas. Este trabalho foi produzido pela Aliança Brasileira pela Cultura Oceânica, coordenada pelo Programa Maré de Ciência/UNIFESP, o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e a UNESCO, em colaboração com a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, para fortalecer a interface entre a ciência e as políticas públicas. As informações compartilhadas aqui se baseiam em exemplos já implementados ao redor do mundo e em uma curadoria científica criteriosa. Isso fortalece a oportunidade de tomada de decisão com base científica em experiências bem-sucedidas.
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Acesso aberto (Open Access)
Substitutos vítreos na cirurgia vitreorretiniana: óleo de silicone e alterantivas experimentais
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-05) Oliveira, Ramon Antunes de [UNIFESP]; Maia, Mauricio [UNIFESP]; Magalhães Junior, Octaviano [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4598915786843339; http://lattes.cnpq.br/6377105744231862; http://lattes.cnpq.br/5522129166980253
Objetivos: Estudo 1: O objetivo foi avaliar a biocompatibilidade de hidrogel de álcool polivinílico (PVA) reticulado com trimetafosfato trissódico (SMTP) em olhos de coelho vitrectomizados. Estudo 2: descrever evolução clínica e complicações do uso de óleo de silicone pesado (Oxane HD®) em série de casos de pacientes com descolamento de retina com proliferação vitreorretiniana e descolamento de retina tracional. Estudo 3: descrever técnica cirúrgica para remoção de óleo de silicone pesado (Oxane HD®) para minimizar complicações cirúrgicas e óleo de silicone residual. Estudo 4: descrever em forma de revisão narrativa as complicações do óleo de silicone. Métodos: Estudo 1: 7 coelhos foram submetidos a vitrectomia via pars plana com o uso de hidrogel de álcool polivinílico (PVA) reticulado com trimetafosfato trissódico (SMTP) como substituto vítreo. Foram realizados exame clínico, retinografia, angiofluoresceinografia, tomografia de coerência óptica e eletrorretinografia após 7 e 30 dias. O olho contralateral foi usado como controle e foram realizadas análises histológicas posteriormente. Estudo 2: estudo retrospectivo e observacional de 31 pacientes submetidos a vitrectomia por descolamento de retina com proliferação vitreorretiniana e descolamento de retina tracional com o uso de óleo de silicone pesado (Oxane HD®) entre agosto de 2014 e agosto de 2023. Foi considerado sucesso anatômico a ausência de descolamento de retina em 1 mês. Estudo 3: descreveu-se técnica cirúrgica de remoção de óleo de silicone pesado sob visualização direta com iluminação acessória. Uma agulha de 18 gauge mantém aspiração contínua enquanto outra faz remoção passiva pelas esclerotomias nasal e temporal. A agulha deve ser mantida dentro da bolha durante todo o procedimento. Estudo 4: foi realizada revisão de literatura envolvendo óleo de silicone, óleo de silicone de alta densidade e substitutos vítreos. Resultados: Estudo 1: observou-se opacificação do hidrogel PVA/SMTP intravítreo e redução da resposta eletrofisiológica escotópica de bastonetes, das ondas b de resposta fotópica de cones e do flicker. Análise histológica evidenciou desestruturação retiniana, presença de células multinucleadas e partículas de hidrogel intravítreo. Estudo 2: 29 (93,5%) dos pacientes apresentavam descolamento de retina regmatogenico e 2 (7,5%) apresentavam descolamento de retina tracional. O sucesso anatômico primário foi atingido em 27 (87,1%) dos pacientes. Na última visita, 17 (56,6%) dos pacientes apresentava acuidade visual melhor que 20/400 (variação de 20/30 a percepção luminosa). A visão permaneceu estável ou havia melhorado em 22 (76,8%) pacientes na última visita. 19 (61,3%) pacientes apresentaram hipertensão ocular enquanto estavam com o óleo de silicone intravítreo sendo que 12 (38.7%) pacientes persisitiram com o uso de hipotensor na última visita. 3 (9,7%) pacientes necessitaram de procedimentos antiglaucomatosos adicionais. Estudo 3: adequação da técnica de remoção de óleo de silicone pesado com técnica bimanual é segura e reduz riso de entupimento e consequente bolha residual no polo posterior. Assim, preveni-se complicações intraoperatórias como roturas iatrogênicas. Estudo 4: o artigo descreve propriedades físico-químicas dos óleos de silicone, e complicações pos-operatórias como descompensação corneana, glaucoma, hipotonia, catarata e neuropatia óptica. Descreve ainda implicações de complicações relacionadas a técnica cirúrgica como preenchimento incompleto ou excessivo da cavidade vítrea com o óleo de silicone, emulsificação e migração para câmara anterior, óleo de silicone ‘sticky’, formação de proliferação vitreorretiniana simulando membrana epirretiniana, descolamento de retina recorrente, perda visual inexplicada associada ao óleo de silicone e o uso de óleo de silicone permanentemente. Um breve relato de potenciais substitutos vítreos é apresentado. Conclusões: Estudo 1: o uso do hidrogel de PVA/SMTP apresentou opacificação intravítrea, alteração histológica e redução eletrofisiológica sugestivas de toxicidade retiniana. Estudo 2: o uso de óleo de silicone pesado (Oxane HD®) é seguro e útil em casos de descolamento de retina inferior com proliferação vitreorretiniana. A hipertensão intraocular é frequente e normalmente controlada clinicamente com uso de hipotensores tópicos. O manejo pós-operatório demanda acompanhamento próximo devido ao risco de glaucoma e emulsificação. Estudo 3: a técnica de remoção de óleo de silicone pesado (Oxane HD®) bimanual sob visualização direta é capaz de remover todo o óleo de silicone sem necessidade de aproximar a aspiração do polo posterior. Estudo 4: a decisão do substituto vítreo é baseada na severidade de cada caso e pela experiencia do cirurgião. As complicações potenciais do uso de óleo de silicone não devem ser subestimadas. A busca por novos substitutos vítreos é essencial para minimizar o risco de sequela visual permanente.
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Acesso aberto (Open Access)
Avaliação da satisfação da qualidade em uma Unidade da Atenção Primária Acreditada
(Universidade Federal de São Paulo, 2023-07-22) Domingues, Maria Aparecida [UNIFESP]; Bohomol, Elena [UNIFESP]; Gonçalves, Geisa Colebrusco de Souza [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0097434850233282; http://lattes.cnpq.br/0048156985550471; http://lattes.cnpq.br/2098096111916063
Objetivo: Avaliar a satisfação da qualidade do serviço prestado em uma unidade da Atenção Primária acreditada, sob a ótica do profissional e do paciente. Método: Tratase de um estudo descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa, na modalidade pesquisa de campo, realizado em uma Unidade Básica de Saúde de São Paulo. Participaram do estudo 249 pacientes e 51 profissionais, que foram entrevistados com uso do questionário Service Quality Gap Analysis validado para serviços do Sistema Único de Saúde. Resultados: Na visão dos profissionais, as seis dimensões que compõem o modelo apresentaram resultados satisfatórios (médias acima de 3,00) variando na expectativa (de 3,41 a 4,14) e na percepção (de 3,12 a 3,48). Na análise dos gaps (diferença entre a expectativa e percepção), a Tangibilidade e a Confiabilidade apresentaram valor negativo, demonstrando que há pontos a melhorar, enquanto a Presteza, Segurança, Empatia e Acesso, ainda que com valor negativo observou-se no cálculo do p valor, não haver relevância estatística entre percepção e expectativa, com médias muito próximas. Na ótica dos pacientes, verificou-se médias satisfatórias (acima de 3,00) na expectativa, variando de 3,43 a 4,46, entretanto a percepção apresentou variação entre 2,48 a 3,86, sendo que o Acesso teve a menor média 2,48, apontando pouca satisfação; todas as dimensões apresentaram gap negativo, indícios de expectativas frustradas, com destaque para o Acesso -0,96 e a Confiabilidade -0,74. Na avaliação geral da Unidade (questão 20), trabalhadores e pacientes apresentaram médias satisfatórias de percepção, 3,52 e 3,57 respectivamente, e gap negativos nos dois grupos, -0,51 e -0,92 respectivamente. Conclusões: Concluiu-se que a satisfação da qualidade era diferente entre os dois grupos, na percepção dos trabalhadores observou-se médias - satisfeito; enquanto para os pacientes médias entre - pouco satisfeito a satisfeito. A avaliação evidenciou gaps da qualidade que podem ser aperfeiçoados no processo de trabalho, premissa da melhoria contínua.
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Acesso aberto (Open Access)
Aspectos fonoaudiológicos da Síndrome de Crouzon com diagnóstico tardio pré e pós fonoterapia: relato de caso
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-07) Rabelo, Évelyn Silva [UNIFESP]; Ferlin, Flávia [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9580080241599017; http://lattes.cnpq.br/6399057302441393
Introdução: A Síndrome de Crouzon é uma condição rara causada por uma alteração no gene FGFR2, que leva à ativação constante do receptor 2 do fator de crescimento dos fibroblastos. Esta condição resulta em malformações craniofaciais, caracterizadas pela sinostose prematura das suturas coronal e sagital, bem como a fusão prematura da base craniana. O diagnóstico da Síndrome de Crouzon é feito com base na avaliação clínica do paciente, exames de imagem e exames genéticos. O tratamento multidisciplinar envolve múltiplas cirurgias, terapia fonoaudiológica e tratamento ortodôntico. Devido às anomalias craniofaciais, os portadores da Síndrome de Crouzon podem apresentar alterações na audição, fala, linguagem e motricidade orofacial, além de alterações sensoriais e cognitivas pela privação de crescimento cerebral em indivíduos com diagnóstico tardio. Objetivo: Descrever os aspectos fonoaudiológicos de um caso de Síndrome de Crouzon com diagnóstico e intervenção tardios, submetendo-o às avaliações das áreas de fala, linguagem, motricidade orofacial e audição. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso de análise qualitativa, por meio da análise do caso de um indivíduo do sexo masculino, de 5 anos de idade, com Sindrome de Crouzon. Para a descrição dos aspectos fonoaudiológicos foram utilizados os seguintes instrumentos: Anamnese, Protocolo MBGR, ABFW e ADL 2. Descrição dos achados: A Síndrome de Crouzon pode acarretar alterações fonoaudiológicas nos aspectos miofuncionais orofaciais, auditivos, no desenvolvimento de linguagem. Embora as alterações estejam presentes, são possíveis de serem reabilitadas por meio da fonoterapia e da equipe multidisciplinar.
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Avaliação da efetividade do Programa Elos 2.0 em violência entre pares alunos do ensino fundamental I
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-13) Shimizu, Raquel Fernandes [UNIFESP]; Caetano, Sheila Cavalcante [UNIFESP]; Sousa, Marília Mendes Moreira de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9706910770322748; http://lattes.cnpq.br/4054738146503695; http://lattes.cnpq.br/6088404543814290
As crianças em nosso estudo participaram do Programa Elos 2.0, uma variante do Jogo do Bom Comportamento (Good Behavior Game), desenhado para promover comportamentos prósociais. Nosso objetivo era avaliar a efetividade do programa na redução da violência entre alunos do 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental I de escolas públicas. Realizamos um ensaio controlado randomizado, recrutando 2.267 participantes de cinco a 10 anos de 11 escolas na região Nordeste do Brasil, especificamente nas cidades de Eusébio e Fortaleza, Ceará. Usando uma versão modificada do Questionário Revisado de Bullying/Vitimização de Olweus com respostas binárias (sim/não), comparamos 1.112 indivíduos que receberam a intervenção com 1.155 participantes no grupo de controle. Nossa análise revelou que não houve diferença significativa nos escores de comportamento violento entre pares após a intervenção. Ajustando para idade e sala de aula usando regressão logística multinível, não encontramos efeitos significativos da intervenção na melhoria do Tipo I (p = 0,548) ou do Tipo II (p = 0,633). Conclusão: não encontramos uma redução significativa na violência entre pares entre alunos do 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental. Isso destaca a necessidade de mais pesquisas para explorar estratégias alternativas ou modificações em programas existentes para abordar efetivamente a violência entre pares em ambientes escolares.