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Efeitos de scaffolds desenvolvidos a partir de compósitos bioativos extraídos de esponjas marinhas no processo de reparo ósseo de ratas osteoporóticas
(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-20) Cruz, Matheus de Almeida [UNIFESP]; Renno, Ana Claudia Muniz [UNIFESP]; Granito, Renata Neves [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1941145984734628; http://lattes.cnpq.br/7546924431469938; http://lattes.cnpq.br/7546924431469938
Durante o processo de reparo ósseo, cerca de 5 a 20% dos casos podem culminar em um processo de consolidação anormal e resultar em um atraso na consolidação ou não união óssea. Uma vez este quadro instalado, pode gerar prejuízos na qualidade de vida destes indivíduos, altos índices de morbimortalidade e elevados custos ao sistema de saúde. Desta forma, se faz necessário a investigação de tratamentos que apresentem potencial osteogênico e que tenham a capacidade de acelerar o processo de reparo ósseo. Dentre estes recursos, pode-se evidenciar a aplicação de biomateriais, por exemplo, os materiais bioativos, como o biovidro (BG) e dos provenientes de esponjas marinhas como a biosilica (BS) e a espongina (SPG). Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a biocompatibilidade dos compósitos de BS e BG associados ainda à SPG, por meio de estudo in vitro e in vivo, utilizando um modelo de defeito ósseo em tíbias de ratas osteoporóticas. Para o estudo in vitro, células MC3T3-E1. L929 e CHOK-1 foram analisadas através da viabilidade celular, ensaio de cometa, teste de micronúcleo e vermelho de alizarina. No estudo in vivo foram realizadas as seguintes análises: Histopatológica, histomorfométrica, Análise de colágeno e Imunohistoquímica. O estudo in vitro demostrou que, após 7 dias de cultura celular, houve um aumento significativo de viabilidade celular do grupo controle em comparação com os grupos BS, BS/SPG, BG e BG/SPG na concentração de 100%, nenhum dos materiais apresentou sinais de Genotoxicidade e os materiais apresentaram marcação por vermelho de alizarina. Para análise histológica, in vivo, 15 dias após a cirurgia, os grupos apresentaram tecido de granulação e algumas áreas de tecido ósseo neoformado. Trinta dias após a cirurgia, os grupos revelaram um tecido ósseo neoformado mais maduro e progressiva degradação do material. Todos os grupos tratados apresentaram deposição de colágeno organizado em rede após 30 dias. A análise de imuno-histoquímica demonstrou uma maior imunomarcação para Runx-2 em todos os grupos que receberam implantes de biomaterial, 15 e 30 dias após a cirurgia. Para a análise de OPG, observou-se um aumento da Imunomarcação para BS/SPG e BG/SPG em comparação com CG e BS e BG, 30 dias após a cirurgia. Desta forma, pode-se concluir que os estudos in vitro e in vivo apontaram que as amostras de BS e BS/SPG promoveram maior viabilidade celular e melhores propriedades biológicas nos defeitos ósseos na tíbia de ratas osteoporóticas, destacando o potencial dos compósitos associados a SPG para serem usados como enxertos ósseos em aplicações na medicina regenerativa.
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A Relação do Capital Territorial com o Crescimento Econômico do Estado do Espírito Santo
(Universidade Federal de São Paulo, 2023-10-18) Cavalcanti, Claudia Xavier [UNIFESP]; Porto, Paulo Costacurta de Sá [UNIFESP]; Sá Porto, Paulo Costacurta; http://lattes.cnpq.br/3851033592036079; http://lattes.cnpq.br/5733430600337972
O desenvolvimento regional é um conceito multifacetado, que incorpora uma variedade de elementos, como recursos naturais, força de trabalho em termos de qualidade e quantidade, acesso ao capital, investimentos produtivos, cultura empreendedora, infraestrutura física, estrutura setorial, progresso tecnológico, entre outros. O progresso e o desenvolvimento recentes do Espírito Santo têm evidenciado o avanço de estados brasileiros anteriormente menos destacados, colocando-o em evidência nacional e fortalecendo sua importância econômica e social. Dentro deste contexto, destaca-se a relevância do conceito de capital territorial, que engloba todos os ativos territoriais pertinentes para compreender os padrões de crescimento regional. O objetivo desta dissertação é investigar a relação entre as diversas dimensões do capital territorial (financeiro, institucional, inovativo, infraestrutura, natural e humano) e o crescimento econômico do estado do Espírito Santo. Na metodologia adotada, foi proposto um modelo de econometria espacial, utilizando a Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE), que inclui o Índice de Moran Global e a análise da distribuição espacial da variável "Produto Interno Bruto (PIB) per capita" como um todo. Além disso, foi conduzida uma análise de aglomeração utilizando a Análise LISA, com foco nos municípios do estado do Espírito Santo durante o ano de 2019. Os resultados obtidos por meio da estimativa desse modelo de econometria espacial indicaram uma relação significativa entre o Capital Financeiro e o Capital Inovativo com o crescimento econômico (PIB per capita) dos municípios do Espírito Santo. Palavras-
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Depressão pós parto e tradução, adaptação, validade de conteúdo, acurácia do instrumento de avaliação do estresse pós traumático (PC- PTSD) nos cuidados primários de saúde em Moçambique
(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-15) Massinga, Luciana Henrique Jaime [UNIFESP]; Mello, Marcelo Feijo de [UNIFESP]; Duarte, Cristiane; http://lattes.cnpq.br/9828693113292175; http://lattes.cnpq.br/0025163684213377
Introdução: As perturbações mentais, neurológicas e decorrentes do uso de substâncias contribuem com 14% do fardo mundial das doenças; aproximadamente três quartos deste fardo ocorre em países de baixa e média renda. Fazem parte destas: a Depressão Pós-parto (DPP), com prevalência estimada entre 10% a 47%, semelhante à do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) nos cuidados primários de saúde. Os transtornos psiquiátricos perinatais são prevalentes e muitas vezes persistem por até um ano após o nascimento com consequências significativas para o bebê, mãe e família. Informações sobre depressão pós-parto em países de baixa renda são escassas. A confluência de emergências relacionadas aos conflitos, clima e saúde pública em Moçambique aumenta o risco do Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Poucas ferramentas breves de triagem para TEPT foram validadas em países de baixa e média renda, no entanto pouco se sabe sobre esta problemática em Moçambique. Objetivos: Estudo 1) Avaliar a prevalência da depressão pós-parto e os fatores de risco envolvidos. Estudo 2) Tem como objetivo traduzir e validar a ferramenta de triagem dos cuidados primários de saúde para a TEPT de 5 itens, o PC-PTSD-5 em Moçambique. Métodos: Estudo 1) A amostra foi de 189 mulheres no segundo e terceiro meses do pós-parto com 18 ou mais anos de idade, selecionada por conveniência, no ambulatório do Hospital Geral do Chamanculo, na cidade de Maputo em Moçambique. Os participantes responderam a aplicação do questionário de dados sociodemográficos e escala de Edinburgh para a depressão pós-parto. Estudo 2) A amostra foi de 957 participantes que completaram o MINI-Plus e PC-PTSD-5, recrutados por conveniência nos cuidados primários e secundários de saúde em Maputo, Moçambique. Através de uma entrevista diagnóstica para transtornos psiquiátricos e a ferramenta de triagem PC-PTSD-5. Avaliamos o critério de validade do PC-PTSD-5 quanto ao diagnóstico MINI-Plus de PTSD, a validade de construto interno e a confiabilidade usando análise fatorial confirmatória e Kuder-Richardson 20, validade discriminante do PC-PTSD-5 em comparação com outros ferramentas de triagem de transtorno mental comum e risco de suicídio e invariância de medição de pontos de corte selecionados por idade, sexo e comorbidade. Resultados: Estudo 1) Das mulheres avaliadas, 16,9% foram triadas positivas para depressão pós-parto, a média de idade foi de 25 anos e a maioria estava empregada e com ensino médio completo. As mulheres identificadas como deprimidas tendiam, de um modo significativo, a ser mães solteiras, moravam com parentes, a considerar fraco a seu suporte familiar, a terem atravessado uma gravidez não desejada e apresentarem antecedentes de depressão ao longo da vida. Estudo 2) No segundo estudo a consistência interna do PC-PTSD-5 foi alta (KR-20 = 0,837), e a análise fatorial confirmatória sugeriu que um único fator de TEPT se ajustava bem aos dados. Os itens do PC-PTSD-5 foram moderadamente correlacionados com outros sintomas psiquiátricos. Análises de validade de critério revelaram que uma pontuação de corte de três forneceu alta especificidade (0,833) e sensibilidade moderada (0,673). Esse ponto de corte teve um ótimo desempenho em todas as idades e sexo; no entanto, um ponto de corte de dois foi preferido se o participante não tivesse comorbidades psiquiátricas. Conclusões: Estudo 1) Nossos achados sugerem que os sintomas de DPP são comuns entre as mulheres em Maputo, Moçambique e afetam desproporcionalmente mulheres jovens e solteiras com pouco apoio familiar e histórico de depressão. Programas eficazes de planejamento familiar e triagem precoce de mulheres no pós-parto são urgentemente necessários. Estudo 2) A triagem com o PC-PTSD-5 pode facilitar a deteção de casos e as ligações ao tratamento adequado para indivíduos afetados por eventos potencialmente traumáticos em Moçambique.
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Ladrilhamentos reticulados de Z^n por esferas de Lee
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-15) Ribeiro, Roberta Alves do Nascimento [UNIFESP]; Jorge, Grasiele Cristiane [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6312308130945210; http://lattes.cnpq.br/7182535594249914
O objetivo deste trabalho é o estudo de ladrilhamentos reticulados de Z^n por esferas de Lee. Investigaremos uma nova abordagem algébrica sobre esse problema, que é um caso especial da conjectura de Golomb–Welch. Utilizando esse novo método, é possível demonstrar a não existência de ladrilhamentos reticulados de Z^n por esferas de Lee com o mesmo raio r = 2 para infinitos valores da dimensão n. Tal método utiliza conceitos como os anéis de grupo e o grupo de caracteres, que conjuntamente oferecem um ambiente propício para uma nova abordagem utilizando um resultado conhecido acerca dos ladrilhamentos reticulados. Neste estudo, damos ênfase a dois artigos: ``Perfect codes in the Lee metric and the packing of polyominoes'', de Solomon W. Golomb e Lloyd R. Welch, que apresenta a conjectura e enuncia alguns fatos envolvendo ladrilhamentos por esferas de Lee e ``On the nonexistence of lattice tilings of Z^nby Lee spheres'', de Tao Zhang e Yue Zhou, que soluciona alguns casos particulares da conjectura para r=2.
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Anticorpos pré-formados contra os Antígenos de Neutrófilos Humanos-3 (HNA-3): métodos de detecção e associação com episódios de rejeição aguda após o transplante renal
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-06) Ramos, Juliana Oliveira Martins [UNIFESP]; Bordin, José Orlando [UNIFESP]; Silva Junior, Helio Tedesco [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1621797721074970; http://lattes.cnpq.br/4235368036147314; http://lattes.cnpq.br/1669872385507535
Introdução: O aperfeiçoamento dos regimes de imunossupressão determinou uma redução significativa da incidência de rejeição aguda (RA) em receptores de transplante renal. Contudo, a RA ainda é uma das causas mais frequentes de perda progressiva da função do rim transplantado. A presença de anticorpos pré-formados contra o sistema de antígenos leucocitários humanos (HLA) está associada com a maior incidência de RA mediada por anticorpos (RMA) e menor sobrevida do enxerto renal. Recentemente, um número crescente de rejeição renal relacionada a episódios de RMA têm sido diagnosticados, sugerindo que este fenótipo histológico de rejeição seja atualmente uma das causas mais frequentes de perda do enxerto. Inusitadamente, numa proporção significativa desses episódios de RMA não se identifica nenhum anticorpo contra antígenos do sistema HLA, o que sugere que anticorpos direcionados contra outros antígenos podem participar da fisiopatologia da RMA após o transplante renal. Alguns alvos incluem receptores presentes nas células endoteliais renais, como por exemplo o receptor AT1R, MICA e CTL-2. A proteína CTL-2 está presente em diversos tecidos do corpo humano, principalmente nas células endoteliais microvasculares dos pulmões e nas células tubulares renais. Os antígenos de neutrófilos humano-3 (HNA-3) estão localizados na primeira alça extramembranar dessa proteína. Os anticorpos direcionados contra esses antígenos são formados a partir da exposição alogênica e estão associados principalmente a casos de reações transfusionais graves. Devido à presença do antígeno HNA-3 nas células tubulares renais, existe a suspeita de que a aloimunização neutrofílica também possa estar envolvida no desenvolvimento da RA após o transplante renal. Objetivo: Investigar a associação entre a presença de anticorpos anti-HNA-3 pré-formados e o desenvolvimento do segundo episódio de RA após o transplante renal. Casuística e Métodos: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo que incluiu 1256 pacientes que apresentaram o primeiro episódio de RA após o transplante renal entre os anos de 2011 e 2019. A pesquisa e a identificação dos anticorpos anti-HNA-3 foram realizadas em amostras de soro obtidas antes do transplante renal, através das seguintes técnicas sorológicas: Teste de Aglutinação de Granulócitos (GAT), Teste de Imunofluorescência de Granulócitos (Flow-GIFT) e técnica baseada em microesferas (kit LABSCreen Multi, One Lambda). A genotipagem HNA-3 dos pacientes e de seus respectivos doadores de rim foram realizadas por PCR-RFLP apenas nas amostras com suspeita da presença de anticorpos anti-HNA-3. O grupo sem anticorpos anti-HNA-3 incluiu pacientes que também apresentaram o primeiro episódio de RA e que não apresentavam anticorpos anti-HNA-3 antes do transplante, pareados pela data do transplante, idade, sexo, tempo em diálise, tipo de doador (vivo ou falecido), total de incompatibilidades HLA, porcentagem de reatividade contra painel (PRA), terapia de indução e imunossupressão de manutenção. Resultados: Dos 1256 pacientes incluídos no estudo, 33 (2,6%) apresentaram anticorpos anti-HNA-3 antes do transplante, sendo 4 anti-HNA-3a e 29 anti-HNA-3b. Destes, 13 (39,4%) eram anticorpos específicos contra os antígenos HNA-3 do doador. Não foram observadas diferenças significativas nas características demográficas entre os grupos com e sem anticorpos anti-HNA-3. A incidência do segundo episódio de RA foi maior no grupo de pacientes com anticorpos anti-HNA-3 (33,3 vs. 9,1%, OR=5.00; 95% CI=1.245 – 30.083; p= 0,033). Além disso, a sobrevida do enxerto 12 meses após o segundo episódio de RA foi menor no grupo de pacientes com anticorpos anti-HNA-3 em comparação com o grupo de pacientes sem anticorpos anti-HNA-3 (66,7% vs. 90,9%, p= 0,014, através dos testes de Log Rank, Breslow e Tarone-Ware). Conclusão: O estudo demonstrou que a presença de anticorpos anti-HNA-3 antes do transplante renal está associada a um aumento da incidência do segundo episódio de RA do transplante renal e a uma menor sobrevida do enxerto, possivelmente devido a mecanismos inflamatórios, imunológicos e disfunção endotelial semelhantes aos observados na RMA por anticorpos anti-HLA. Esses resultados têm implicações clínicas significativas, indicando a necessidade de considerar os anticorpos anti-HNA-3 como fatores de risco para a RA do transplante renal e de aprofundar as investigações dos mecanismos subjacentes a esse processo.