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Análise do potencial eólico e impactos no setor da energia
(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-08) Nascimento, Jeferson Carlos Vieira do [UNIFESP]; Martins, Fernando Ramos [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9012359647335296; http://lattes.cnpq.br/5018483300208118
Este estudo aborda a análise dos ventos e seus impactos no setor de energia, com foco na distribuição e geração de energia eólica. O Brasil, reconhecido por suas fontes naturais de energia renovável, busca atender a uma crescente demanda por meio de estratégias que incluem a diversificação da matriz energética. Embora a hidroeletricidade seja predominante, a energia eólica representa apenas 8,8% da matriz, destacando a necessidade de explorar seu potencial. Políticas como o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA) e o RenovaBio demonstram o compromisso do Brasil com a promoção de energias renováveis. O PROINFA, em particular, contribuiu significativamente para o aumento da capacidade instalada de energia eólica. O texto também destaca o crescente papel da energia eólica offshore, evidenciando um aumento notável na capacidade global e projetando expansões significativas. No contexto brasileiro, projetos aguardam aprovação para instalação, prometendo contribuir substancialmente à matriz energética. A capacidade de geração de energia eólica no Brasil aumentou expressivamente, alcançando 26,96 GW em setembro de 2023, comparado aos 2,2 GW de 2017. No entanto, a natureza intermitente da energia eólica e os efeitos potenciais de ventos extremos representam desafios para o setor. O texto enfatiza a importância de políticas preparadas para lidar com ventos extremos, que, além de impactos sociais, podem afetar a produção de energia eólica. Estudos ressaltam a necessidade de considerar as mudanças climáticas na avaliação de riscos relacionados ao potencial energético. O mapeamento do potencial de energia eólica é vital para identificar e quantificar riscos associados a eventos climáticos, subsidiando decisões no setor eólico, distribuição de energia elétrica e construção civil. O estudo propõe uma revisão abrangente da literatura e a análise de dados oceanográficos para avaliar o potencial de projetos offshore bem-sucedidos no Brasil.
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Motivação social em ratos Wistar submetidos à privação materna: estudo de paradigma do comportamento social
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-13) Ruiz, Antonilde Cristina Alves [UNIFESP]; Neves Girardi, Carlos Eduardo [UNIFESP]; Peixoto-Santos, José Eduardo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2193388577862805; http://lattes.cnpq.br/0014777128958249; http://lattes.cnpq.br/1602372773949244
O estresse durante o desenvolvimento pode afetar a trajetória do neurodesenvolvimento, acarretando prejuízos comportamentais duradouros, como alterações na emocionalidade e no comportamento social. O cuidado parental exerce importante papel no neurodesenvolvimento, tamponando possíveis efeitos deletérios das adversidades. O uso de modelos animais baseados na interrupção destes cuidados logo após o nascimento tem se destacado como ferramenta para investigar os efeitos do estresse neonatal. Objetivo: Avaliar as consequências da privação materna (PM) sobre a motivação para estímulos sociais em ratos Wistar. Métodos: Ratos Wistar de ambos os sexos foram submetidos à PM de 24h de duração no nono dia pós-natal (DPN). No DPN35, foi realizado teste de investigação social utilizando um paradigma que avalia a exploração do estímulo social e do estímulo não social de maneira não concomitante. Resultados: Os machos apresentaram maior preferência social do que as fêmeas, mas a privação materna não afetou a preferência social em ambos os paradigmas de investigação social. Conclusão: Os resultados sugerem que as observações de estudos anteriores podem ser consequência da competição atencional entre o estímulo social e não social. Este achado é relevante para orientar a escolha de paradigmas em estudos que visam compreender aspectos cognitivos, motivacionais e fisiológicos da percepção e motivação social.
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O papel do exercício físico e da n-acetilcisteína na nefrotoxicidade induzida pela cisplatina no peixe-zebra
(Universidade Federal de São Paulo, 2024) Carmo, Lucas Henrique Silva [UNIFESP]; Araujo, Ronaldo de Carvalho [UNIFESP]; Nunes, Mauro Eugênio Medina [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7258054058750442; http://lattes.cnpq.br/8650749833791970; http://lattes.cnpq.br/5670911345486092
A nefrotoxicidade induzida por fármacos vem crescendo a cada ano. Dentre estes medicamentos, há agentes como a cisplatina, um dos mais potentes quimioterápicos utilizados no tratamento de diversos tipos de câncer. Ácidos nucléicos, principalmente os DNA genômico e mitocondrial, são alvos da cisplatina. Além disso a cisplatina leva a danos oxidativos. Com isso sabe-se que exercício físico regular é um fator importante na manutenção do equilíbrio redox, através do aumento das defesas do sistema antioxidante. Do mesmo modo a N-Acetilcisteína (NAC), também conhecida por sua capacidade de aumentar o sistema de defesa antioxidante celular pode reduzir o estresse oxidativo no organismo. Nesse cenário, o objetivo deste trabalho, é avaliar o efeito de dois tipos de exercício físico, treinamento no domínio moderado e treinamento no domínio severo de intensidade, assim como a suplementação com NAC frente aos efeitos nefrotóxicos da cisplatina em peixe-zebra. Para tanto, animais foram divididos em grupos, Sedentário, treinamento contínuo de intensidade moderada (MICT), e treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) e os protocolos de treinamento foram feitos por 4 semanas. Outra parte dos animais foram divididos em grupos, Controle, Cisplatina, NAC e NAC + Cisplatina. Após o treinamento, foi feita uma aplicação única de cisplatina na concentração de 100 μg/g nos animais treinados e ao tratamento com NAC, e salina nos animais CTL e SED. Em ambos os protocolos, os animais eutanasiados tiveram o rim coletado para os ensaios de respirometria de alta resolução, atividades enzimáticas antioxidantes, histologia e PCR em tempo real. Os animais submetidos ao protocolo de treinamento, foi observado uma melhora na capacidade física a partir da segunda semana de treinamento e progredindo a cada semana. Observamos na histologia do tecido renal dos animais submetidos ao treino HIIT teve uma maior lesão tubular, mostrando que a intensidade do exercício influencia no dano causado pela cisplatina. Analisando a expressão gênica, foi possível observar uma maior relação BAX/BCL2 no grupo HIIT quando comparado aos outros grupos, indicando um maior nível de apoptose no rim dos animais desse grupo. Porém observando a caspase 3 e IL-1B, o grupo HIIT tem uma menor expressão desses genes, mostrando uma menor inflamação no tecido renal. Para entender melhor a atividade da cisplatina analisamos a respiração mitcondrial no rim dos animais. E para isso os animais não foram submetidos ao protocolo de treinamento, foi utilizado NAC. A respiração celular através da ativdade dos complexos 1 e 2 e a respiração maxima celular. E nos três estagios da respirometria vemos uma melhor respiração dos animais tratados somente com cisplatina. Analisando a atividade das enzimas antioxidantes, conseguimos observar que os animais tratados com NAC + Cisplatina teve uma maior atividade da glutationa S-transferase (GST), uma menor atividade da glutationa redutase (GR), e uma menor atividade da glutationa peroxidase (GPx). Entendo assim que essas enzimas estão relacionada com a atividade da NAC contra os efeitos da cisplatina. Desta forma esse estudo demonstra que o exercício físico e o tratamento com NAC em peixe-zebra é uma intervenção que pode ser utilizado contra a nefrotoxicidade da cisplatina.
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Biomarcadores da tempestade de citocinas como sinalizadores de casos graves e fatais da COVID-19: revisão sistemática e metanálise
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-08) Melo, Ana Karla Guedes de; Trevisani, Virgínia Fernandes Moça [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9054730236021091; http://lattes.cnpq.br/2186187159686774
Contexto: Em março de 2020, a Organização Mundial de Saúde declarou uma pandemia devido à doença causada pelo novo coronavírus, a COVID-19. Um subgrupo de pacientes com COVID-19 pode ter uma síndrome inflamatória sistêmica, denominada síndrome da tempestade de citocinas, com amplificação da resposta imune e desregulação dos mecanismos supressores da cascata inflamatória. Objetivos: Identificar biomarcadores da síndrome da tempestade de citocinas associados a casos graves e fatais da COVID-19. Métodos: Uma busca com descritores e sinônimos padronizados foi realizada em 28 de novembro de 2020 no MEDLINE, EMBASE, Biblioteca Cochrane Central, Clinical-Trials.gov, LILACS e The World Health Organization International Clinical Trials Registry Platform, para identificar estudos de interesse. Pesquisas na literatura cinzenta e técnicas de snowballing também foram utilizadas para localizar trabalhos ainda não publicados e citações relacionadas. Dois revisores examinaram independentemente os títulos e resumos recuperados, selecionaram estudos elegíveis para inclusão, extraíram dados dos estudos incluídos e avaliaram o risco de viés usando a Escala de Newcastle-Ottawa modificada. Os estudos elegíveis foram aqueles que incluíram níveis séricos de interleucina-6 e outros parâmetros laboratoriais de pacientes admitidos para internação hospitalar por COVID-19. Os valores de interleucina-6, ferritina, hemoglobina, leucócitos, neutrófilos, linfócitos, plaquetas, proteína C reativa, procalcitonina, desidrogenase láctica, aspartato aminotransferase, creatinina e dímero-D foram extraídos dos estudos. Avaliou-se a certeza da evidência utilizando a abordagem GRADE para alguns desfechos priorizados. Metanálises de efeito randômico foram realizadas usando os dados laboratoriais, para estimar as diferenças de médias com intervalo de confiança de 95%. O software R foi utilizado para os cálculos. Resultados: A busca nas bases de dados resultou em 9.620 registros; 40 estudos (contendo um total de 9.542 pacientes) foram incluídos na análise final. Vinte e um estudos (n = 4.313 pacientes) avaliaram dados laboratoriais associados à gravidade da COVID-19; dezoito estudos (n = 4.681 pacientes) avaliaram dados laboratoriais associados ao desfecho de mortalidade, e um estudo (n = 548 pacientes) avaliou biomarcadores associados a casos graves e fatais da COVID-19. Níveis elevados de interleucina-6, ferritina, dímero-D, aspartato aminotransferase, proteína C reativa, desidrogenase láctica, procalcitonina e creatinina, além de linfopenia, trombocitopenia, leucocitose e neutrofilia foram associados a casos graves e fatais da COVID-19. Conclusões: Esta revisão aponta que os níveis séricos de interleucina-6, ferritina, leucócitos, neutrófilos, linfócitos, plaquetas, proteína C reativa, procalcitonina, desidrogenase láctica, aspartato aminotransferase, creatinina e dímero-D são importantes biomarcadores da síndrome da tempestade de citocinas na COVID-19. A determinação precoce de níveis elevados de interleucina-6 e ferritina séricas em pacientes internados por COVID-19 deve ser considerada como sinal de alerta de hiperinflamação sistêmica e mau prognóstico.
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Alterações cardíacas estruturais e funcionais em grávidas com hipertensão gestacional e grávidas com hipertensão crônica: estudo ecocardiográfico comparativo
(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-06) Albuquerque, Ana Maria Portela de; Mancuso, Frederico José Neves; Sass, Nelson; http://lattes.cnpq.br/6079546404174722; http://lattes.cnpq.br/6573578676139315; http://lattes.cnpq.br/8558431762348778
Introdução: A hipertensão arterial é uma causa importante de óbito materno na gestação. O presente estudo teve como objetivo avaliar e comparar as modificações estruturais e funcionais das câmaras cardíacas em grávidas com hipertensão gestacional (HG) e grávidas com hipertensão crônica (HC) no final da gestação e no puerpério. Método: Foram realizados estudos ecocardiográficos no terceiro trimestre da gravidez e no puerpério em 10 grávidas com HG, 10 grávidas com HC e 10 grávidas saudáveis (grupo controle; GC). A análise de variância, com pós-teste de Bonferroni foi utilizada para comparações entre os grupos. Resultados: No final da gravidez, o volume do átrio esquerdo indexado (VAEi), o diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo (DDVE) e o volume diastólico final do ventrículo esquerdo (VDFVE) foram significativamente maiores nas gestantes com HC do que no GC (p=0,048; p=0,024; p=0,034, respectivamente). O índice de massa do ventrículo esquerdo (IMVE), o tempo de relaxamento isovolumétrico (TRIV) e o diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo (DSVE) foram significativamente maiores na HG e na HC do que no GC (p: 0,008; p<0,001; p: 0,003; respectivamente). A fração de ejeção do VE foi significativamente menor nos grupos HG e HC do que no GC (p=0,017). No puerpério, o VAEi, o DDVE, o VDFVE reduziram significativamente na HC (p<0,001; p=0,008; p=0,014; respectivamente). No puerpério, o diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo (DSVE), o IMVE e o tempo de desaceleração da onda E (TDE) foram maiores na HC em comparação ao GC (p=0,032; p=0,022; p=0,039; respectivamente). O TRIV se manteve elevado na HG e na HC em comparação ao GC (p=0,002). No puerpério, a onda e’ lateral do ventrículo esquerdo foi menor no grupo HC do que no GC (p=0,038). O diâmetro do ventrículo direito diminuiu significativamente entre a gravidez e o puerpério nos grupos HG, HC e GC (p=0,005; p=0,005; p=0,009; respectivamente). Conclusão: Gestantes com hipertensão arterial apresentam dilatação do ventrículo esquerdo e maior IMVE. As gestantes hipertensas também apresentam menor fração de ejeção e maior tempo de relaxamento isovolumétrico do que as gestantes saudáveis, indicando alterações estruturais e funcionais durante a gravidez em grávidas hipertensas com hipertensão gestacional e hipertensão crônica.