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Preparação e caracterização de nanocompósitos de polímero conjugado e prata visando a otimização de propriedades ópticas, térmicas e biológicas
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-22) Parolin, Giovana Artuzo [UNIFESP]; Péres, Laura Oliveira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7511492642565571; http://lattes.cnpq.br/5165382247780718
Visando caracterizar um novo material através de diferentes vertentes como óptica, térmica e biológica, a síntese e preparação de nanocompósitos de polímero conjugado e prata mostra-se uma alternativa promissora para aplicações em diferentes áreas da química. Nanopartículas são materiais de grande interesse visto que, devido à sua maior área de contato e consequentemente maior reatividade, possuem características diferentes de sua espécie na forma macro. Quando combinadas em um compósito, estes podem também modificar suas propriedades advindas de cada componente, dando origem a um produto com características que não são encontradas nos materiais de partida. Sendo assim, nesse trabalho, foram unidas as propriedades da nanopartícula de prata (AgNP) com o copolímero poli(3-hexiltiofeno-co-9,9- dioctil-2,7-fluoreno) (PTPF) em nanoescala, formando um nanocompósito com o objetivo de estudar as características deste material e suas otimizações para possíveis diferentes aplicações. Para tal, foram realizadas análises dos materiais separadamente (preparados em diferentes concentrações) e do nanocompósito (variando a fração volumétrica) e avaliadas suas propriedades físico-químicas, térmicas e biológicas. Os resultados mostraram que as nanopartículas metálica e polimérica foram sintetizadas com êxito bem como a formação dos nanocompósitos. Foi observado que a nanopartícula polimérica em solução se mantém estável no que diz respeito a agregação, quase que independente da concentração da amostra inicial e do tempo decorrido, bem como em contato com AgNP esférica. Este fato favorece ainda uma vantagem, onde confere ao metal um recobrimento que pode prevenir possíveis agregações. O nanocompósito se mostrou estável opticamente, e foi então imobilizado em filmes autossuportados de quitosana para possibilitar sua aplicação em estado sólido. Estes demonstraram que o suporte não alterou as propriedades dos componentes isolados, de forma que a absorção não apresentou alterações. A intensidade de emissão dos filmes decaiu no decorrer do tempo avaliado provavelmente por processos de degradação, interação ou outros relativos ao suporte. Dessa forma, foram realizados diversos ensaios de foto e termodegradação dos materiais isolados e dos nanocompósitos. O que se obteve foram filmes autossuportados de nanopartícula polimérica com AgNP, que forneceram ao produto final maior estabilidade em relação a possíveis deslocamentos dos máximos de absorção e emissão. Em relação ao ensaio térmico, os filmes demonstraram que, até a temperatura de 80 °C, esses filmes não sofrem nenhuma alteração após exposição ao calor por 3 h. Por fim, os bioensaios demonstraram atividade frente a diversos microrganismos como bactérias gram-positivas, gram-negativas e leveduras, com resultados, para alguns casos, ainda mais sensíveis que os seus componentes na forma isolada, possibilitando, além das diversas aplicações ópticas e eletrônicas, como sensores, a utilização desses materiais como filmes bioativos, em curativos adesivos, por exemplo.
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Impacto dos piretroides fenpropatrina e cipermetrina na atividade do canal NaV1.5 de humano e o potencial terapêutico da mexiletina e ranolazina
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-05) Alcântara, Fabiana da Silva [UNIFESP]; Campos, Danilo Roman [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8233000987750211; http://lattes.cnpq.br/4869523451913673
Introdução: Os piretroides são amplamente utilizados como inseticidas, principalmente em setores agrícolas. No Brasil, a fenpropatrina e a cipermetrina estão entre os piretroides mais comercializados. O mecanismo de ação dessas subtâncias ocorre por meio do seu efeito nos canais de sódio dependentes de voltagem (NaV), alterando a transição do estado aberto para o estado inativo, o que resulta em um aumento da corrente de sódio persistente ou tardia (INa,T). Apesar de ser um mecanismo clássico para os piretroides, não foram encontrados estudos específicos sobre o impacto da fenpropatrina e da cipermetrina sobre a atividade do NaV cardíaco, o Nav1.5h, nem sobre possíveis fármacos capazes de atenuar essas alterações. Objetivos: Investigar os efeitos da fenpropatrina e cipermetrina sobre a atividade do Nav1.5h e avaliar o potencial da mexiletina e ranolazina em atenuar esses efeitos. Métodos: Os canais NaV1.5h foram transitoriamente expressos em células embrionárias de rim humano, linhagem 293 (HEK293). A mensuração da corrente de Na+ (INa) foi realizada por meio da configuração célula inteira usando a técnica de Patch-Clamp, na modalidade voltage-clamp. Resultados: Foram realizadas curvas concentração-efeito dos piretroides (0,01-100 µM), na qual a fenpropatrina e cipermetrina induziram um aumento da INa,T de maneira dependente da concentração, com EC50 estimados de 0,4 ± 0,1 µM e 0,9 ± 0,2 µM, respectivamente. O aumento da INa,T também foi evidente em diferentes potenciais de membrana após exposição aos piretroides. Similarmente, os piretroides afetaram a dependência de voltagem para ativação do Nav1.5h, promovendo um deslocamento da curva de ativação para potenciais de membrana mais negativos. Também causaram um retardo na recuperação da inativação. Apenas a cipermetrina alterou a dependência de voltagem para inativação no estado estacionário, com deslocamento da curva de inativação para potenciais de membrana mais negativos. A mexiletina foi capaz de atenuar a alteração induzida por ambos os pesticidas, por outro lado, a ranolazina reduziu significativamente apenas INa,T gerada pela fenpropatrina. Conclusões: Os piretroides fenpropatrina e cipermetrina induzem alterações na INa e nas propriedades biofísicas de canais NaV1.5h, dos quais podem ser mitigados pela mexiletina ou ranolazina, a depender do piretroide.
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Piora da visão de perto como sinal do envelhecimento: percepções de pacientes submetidos a cirurgia refrativa com laser para presbiopia e hipermetropia - um estudo qualitativo
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-27) Alves, Ermano de Melo [UNIFESP]; Schor, Paulo [UNIFESP]; Queiroga, Bianca Arruda Manchester de; http://lattes.cnpq.br/5733325908581489; http://lattes.cnpq.br/3542867700396961; https://lattes.cnpq.br/4354148184799474
A Tese tem por objetivo analisar as percepções de pessoas que se submeteram à cirurgia LASIK com monovisão para reduzir os sintomas da presbiopia. Assim, explora aspectos filosóficos, neurais, oftalmológicos, sociais e emocionais relacionados à perda da visão de perto com o envelhecimento. Método: Pesquisa qualitativa realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com indivíduos previamente presbitas com hipermetropia/astigmatismo associado. Todas as entrevistas foram gravadas e transcritas. O software Atlas.ti versão 9.1.1 ajudou na seleção de códigos, subtemas e temas principais. A análise de conteúdo foi efetuada via modalidade temática e a quantidade de pacientes atendeu ao critério de saturação. Foram entrevistados 17 pacientes entre 48 e 60 anos. Destes, 9 (nove) são mulheres e 8 (oito) homens. Quanto às entrevistas, 8 (oito) foram presenciais e 9 (nove) por videoconferência. Principais achados: A presbiopia é um marco temporal significativo com consequências emocionais e psicológicas, frequentemente ligadas à sensação de envelhecimento. Fatores motivacionais para a cirurgia incluem: estética facial, desconforto com óculos, higiene e sentimento de dependência. O medo é um obstáculo substancial para a cirurgia e superá-lo, muitas vezes, envolve a influência de outras pessoas. O processo de adaptação pode ser desafiador, mas leva geralmente a um julgamento positivo devido à melhora da autoestima e à sensação de liberdade. Conclusões: A Tese faz uma exploração abrangente da presbiopia, seu contexto histórico e o impacto da cirurgia LASIK na vida dos pacientes, incluindo os aspectos psicossociais. Trata-se de um estudo detalhado e minucioso, fornecendo informações valiosas sobre as experiências subjetivas de pacientes submetidos à LASIK para a presbiopia e a hipermetropia.
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Estudo da participação dos receptores de estrógeno na autofagia em modelo celular de taupatia
(Universidade Federal de São Paulo, 2023-07) Nishino, Michelle Sayuri [UNIFESP]; Ureshino, Rodrigo Portes [UNIFESP]; Stilhano, Roberta Sessa; http://lattes.cnpq.br/2122125365795721; http://lattes.cnpq.br/7174742745591377; http://lattes.cnpq.br/4465659743980035
Em doenças neurodegenerativas classificadas como tauopatias, há o acúmulo de emaranhados neurofibrilares intracelulares formados principalmente pela proteína tau em seu estado hiperfosforilado. Estudos mostram que a modulação da autofagia é uma das estratégias para o tratamento de demências associadas à formação de agregados proteicos e que a administração de medicamentos para reposição estrogênica pode ter efeito neuroprotetor em processos neurodegenerativos decorrentes do envelhecimento. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar a neuroproteção mediada pela participação dos receptores de estrógeno na modulação da autofagia e sua via de ativação molecular em um modelo celular de tauopatia. Os efeitos dos compostos foram observados em um modelo celular de taupatia, que foi desenvolvido a partir da linhagem celular de neuroblastoma humano SH-SY5Y, que foi transduzida com os genes eGFP-tau e Tet-on. O sistema Tet-On possibilita a superexpressão da tau apenas na presença da doxiciclina. Os efeitos também foram observados em modelo de taupatia tridimensional, no qual as células com superexpressão de tau foram plaqueadas em esferoides scaffold-free, feitos em matriz de agarose.
O screening dos compostos agonistas e antagonistas seletivos dos receptores de estrógeno levou em consideração a viabilidade celular e a capacidade de modular a autofagia. O composto selecionado foi o G15, antagonista do GPER1. Este composto foi avaliado quanto a sua capacidade de reduzir a expressão proteica de tau no modelo de taupatia, demonstrando reduzí-la após 24 horas de tratamento e na concentração de 100 μM. No modelo de neuroesferoides, o composto também se mostrou capaz de reduzir a tau, porém sem apresentar a mesma indução de autofagia. Os resultados encontrados permitem concluir que os compostos estrogênicos representam potenciais indutores de autofagia e que podem ser potenciais agentes neuroprotetores, porém mais experimentos são necessários para afirmar sua efetividade.
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Terapia com ciclofosfamida no Lúpus Eritematoso Sistêmico: heterogeneidade no impacto sobre o sistema imunitário inato
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-21) Prado, Mônica Simon [UNIFESP]; Andrade, Luis Eduardo Coelho [UNIFESP]; Perazzio, Sandro Félix [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6444207507484384; http://lattes.cnpq.br/3012990107397690; http://lattes.cnpq.br/9648402517974312
Introdução: Os pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) são frequentemente tratados com medicamentos imunossupressores. Alguns pacientes tornam-se vulneráveis a infecções graves e repetitivas em função da imunodepressão ocasionada pelos medicamentos, enquanto outros pacientes parecem tolerar bem o tratamento. A heterogeneidade na ocorrência de infecções em pacientes lúpicos sob terapia imunossupressora pode estar associada a algum grau de heterogeneidade individual na suscetibilidade dos vários mecanismos imunológicos às drogas imunossupressoras.
Objetivos: Avaliar o efeito da pulsoterapia com ciclofosfamida sobre o sistema imunitário inato de pacientes com LES, analisando o comportamento fenotípico e funcional de monócitos e neutrófilos circulantes.
Materiais e Métodos: Realizamos análise transversal de 60 pacientes com nefrite lúpica em atividade e indicação de pulsoterapia com ciclofosfamida, assim como de 40 controles saudáveis. Também analisamos longitudinalmente 39 pacientes antes e após 4 meses de tratamento com ciclofosfamida. O número de neutrófilos totais, maduros, imaturos e CD62Llow e de monócitos totais, clássicos, intermediários e não clássicos foram avaliados no sangue periférico por citometria de fluxo. A fagocitose de neutrófilos e monócitos foi estudada por citometria de fluxo utilizando zymosan como estímulo. A queima oxidativa de neutrófilos foi analisada por quimiofluorescência utilizando luminol e lucigenina como marcadores, espontânea e com PMA como estímulo. A netose de neutrófilos foi avaliada por imunofluorescência indireta com tripla marcação com e sem estímulo com PMA.
Resultados: Fenotipicamente observamos maior frequência de neutrófilos totais (p<0,001), neutrófilos CD62Llow (p=0,008) e menor de neutrófilos maduros (p=0,021) nos pacientes antes do tratamento em relação aos controles, longitudinalmente tivemos um aumento da frequência de neutrófilos imaturos após o tratamento (p=0,025). Quanto aos monócitos, os pacientes antes do tratamento apresentaram uma menor frequência de monócitos clássicos (p<0,001) e uma maior frequência de monócitos não clássicos (p=0,036) e intermediários (p=0,016) em comparação com os controles e quando avaliados longitudinalmente os pacientes aumentaram a frequência de monócitos totais (p=0,011). Funcionalmente os pacientes com nefrite lúpica antes do tratamento apresentaram uma maior frequência de netose espontânea (p=0,018) quando comparados com os controles, diminuindo significativamente após o tratamento (p<0,001). Identificamos três clusters de pacientes com características semelhantes em relação a elementos e funções da imunidade inata. Os pacientes alocados no cluster 2 apresentaram maior frequência de infecções e de remissão e aumentaram estatisticamente a taxa de fagocitose, tanto para monócitos quanto para neutrófilos no tempo 2. Este cluster também apresentou um aumento significante de neutrófilos imaturos e monócitos intermediários e uma diminuição de monócitos clássicos após o tratamento. Já no cluster 3 tivemos o maior número de pacientes alocados e, neste grupo, a explosão respiratória apresentou valores maiores após o tratamento.
Conclusões: A comparação entre controles hígidos e pacientes lúpicos no tempo basal evidenciou que os pacientes apresentaram maior taxa de netose espontânea, menor frequência de neutrófilos maduros e maior de neutrófilos totais e neutrófilos CD16++CD62low, menor frequência de monócitos totais e clássicos e maior frequência de monócitos intermediários e não clássicos. Após quatro meses de pulsoterapia com ciclofosfamida, o grupo de pacientes lúpicos apresentou queda na taxa de netose espontânea, aumento na frequência de neutrófilos imaturos e de monócitos totais, ficando com valores semelhantes ao grupo controle. Identificamos três clusters de pacientes com características semelhantes em relação a elementos e funções da imunidade inata. Estes clusters foram significantemente diferentes entre si, principalmente em relação às atividades de fagocitose e explosão respiratória, neutrófilos imaturos e monócitos clássicos e intermediários. A acentuada heterogeneidade interindividual no comportamento dos parâmetros de imunidade inata nos pacientes lúpicos, antes e após tratamento com ciclofosfamida, sugere que alguns pacientes podem ser mais suscetíveis ao risco por infecção decorrente do tratamento.