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Epidemiologia dos pacientes atendidos com quadro respiratório durante a COVID-19
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-09) Freitas, Victor Muniz de [UNIFESP]; Rangel, Érika Bevilaqua [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4573937787386111; http://lattes.cnpq.br/9399721348086214
A pandemia de COVID-19 foi marcada por sua rápida disseminação e elevada morbimortalidade em seu período inicial. Precedendo o surgimento de vacinas, esta pandemia acumulou 7 milhões de óbitos globalmente e 700 mil óbitos no Brasil até fevereiro de 2024. A morbimortalidade da COVID-19 concentra-se no sexo masculino e em faixas etárias elevadas, além de acometer desproporcionalmente aqueles com alguma comorbidade. Fora o grande número de mortes atreladas à doença, a pandemia foi marcada por grave comprometimento respiratório, com necessidade de ventilação mecânica superando as capacidades dos sistemas de saúde, e comprometimento renal, necessitando de terapia renal substitutiva. A análise retrospectiva de 7336 pacientes de COVID-19 de março a julho de 2020 no Hospital São Paulo revelou a predileção por sexo masculino (56,7%) e média de idade de 59,3 ± 16,1 anos, sendo que pacientes hipertensos tiveram chance 1,58 (IC 1,01-2,48) vezes maior de óbito, enquanto pacientes previamente doentes renais crônicos tiveram chance 5,6 (IC 2,93-10,29) vezes maior de necessidade de hemodiálise durante a internação. A análise laboratorial evidenciou que alterações em pH, bicarbonato, lactato e glicemia em gasometria arterial são preditores de desfechos negativos, bem como a elevação de proteína C reativa. O comprometimento de função renal, marcado por elevação dos valores de ureia e creatinina séricas, com consequente redução da TFGe (taxa de filtração glomerular estimada), também foi um preditor de maior morbimortalidade geral. O entendimento dos fatores de risco demográficos, complementado pela presença de comorbidades e avaliação laboratorial dirigida, permite identificar os pacientes com risco elevado de complicações da COVID-19, com chances aumentadas de necessitar de suporte ventilatório, suporte de terapia intensiva e hemodiálise, além de maior risco de óbito. Desta forma, foi possível estratificar os pacientes com maior risco de morbimortalidade pela COVID-19, contribuindo para definição de políticas públicas e alocação de recursos.
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"Quando a doença fala mais alto que a nossa voz": pesquisa psicanalítica com adolescentes e médicos reumatologistas pediátricos em um ambulatório de transição
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-09) Rabelo, Maria Tereza Piedade [UNIFESP]; Len, Claudio Arnaldo [UNIFESP]; Prates, Ana Laura; Schveitzer, Mariana Cabral [UNIFESP]; Cândido, Viviane Cristina [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9804677184928539; http://lattes.cnpq.br/7760859120743069; http://lattes.cnpq.br/4541220233773056; http://lattes.cnpq.br/5997256114741601; http://lattes.cnpq.br/3679172031828016
Introdução: Jovens com longo histórico de adoecimento na infância e adolescência podem apresentar, após a entrada na fase adulta, importante declínio com os cuidados, desde piora na adesão ao tratamento até mesmo seu abandono. Por conta disso, medidas, como criação de ambulatórios de transição com diferentes formatos, publicações de diretrizes e outras iniciativas, passaram a ser tomadas por grandes centros de saúde ao redor do mundo com o intuito de minimizar essa questão. Apesar da vasta literatura internacional sobre o tema, há escassez de pesquisas que privilegiam a voz dos sujeitos adoecidos e suas lógicas subjetivas, assim como de estudos acerca dos processos de transição que também abarcam projetos de vida. Objetivo: Este estudo visa construir uma metodologia de intervenção psicossocial que auxilie o processo de transição dos pacientes, visando sobretudo à reinserção social. Essa metodologia se norteia principalmente por teorias psicanalíticas de Freud e Lacan e, também, pela proposta de um trabalho interdisciplinar da psicanálise com o campo da Filosofia da Saúde. Esta proposta considera, em especial, a subjetividade oriunda do impacto da experiência de adoecimento. Método: O local é o Ambulatório de Transição do setor de Reumatologia Pediátrica do Departamento de Pediatria da Unifesp. Pesquisa com método psicanalítico. A coleta de dados ocorreu em três etapas: (1) entrevistas em profundidade com pacientes do ambulatório de Transição; (2) entrevistas em profundidade com médicos reumatologistas pediátricos e residentes médicos do programa de Reumatologia Pediátrica; e (3) intervenção em grupo interdisciplinar: Psicanálise e Filosofia da Saúde com pacientes do ambulatório de Transição. A análise dos dados foi realizada por meio do método psicanalítico e será discutida a partir das teorias psicanalíticas de Freud e Lacan. Resultados: O tema da transição da pediatria para os serviços de saúde de adultos não apareceu como o elemento principal mobilizador de angústia, mas, sim, a vida adulta e a falta de perspectiva futura decorrente das limitações impostas pela doença. Foi identificado o efeito de devastação do sujeito por meio do sintoma “falados pela doença” evidenciada a partir da paralisia do movimento seja na via da inibição, seja no fenômeno de abalo fantasmático. A relação médico–paciente pode contribuir com a devastação em virtude da relação estrutural do discurso médico com a subjetividade. O trabalho em grupo constituiu-se como um espaço de elaboração subjetiva ao produzir efeitos de sujeito. Conclusão: Há um risco da hipervalorização da discussão a respeito do ganho de autonomia do indivíduo na área da saúde em detrimento do debate sobre a necessidade de implementação de medidas que possam reparar desigualdades. Os jovens, apesar de possuírem importantes conhecimentos técnicos e habilidades cognitivas a respeito da autonomia em saúde, podem permanecer paralisados na doença. Portanto, faz-se necessária a promoção de espaços no ambulatório de transição que considerem a subjetividade.
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Percepção ambiental de usuários do Parque da Juventude (São Paulo - SP)
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-15) Theodorovicz , Guilherme Augusto Petrechi [UNIFESP]; Costa, Rosangela Calado da [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4638308738481562; http://lattes.cnpq.br/6266196162344970
As áreas verdes desempenham papel importante em espaços urbanos e podem representar uma forma de caminhar em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), especificamente o ODS 11, que diz respeito a tornar as cidades mais inclusivas, seguras e sustentáveis, contribuindo para a qualidade de vida das pessoas. Para entender as relações entre as áreas verdes e o ser humano, podem ser realizados estudos de percepção ambiental. Nesse sentido, este estudo objetivou investigar a percepção ambiental de indivíduos em relação ao Parque da Juventude (PJ), localizado no município de São Paulo (SP), a fim de identificar o quanto essa área verde contribui para a inclusão e melhoria da qualidade de vida das pessoas. Para isso, foram preenchidos formulários semiestruturados mediante entrevistas com usuários do PJ, para caracterizar o seu perfil socioeconômico, compreender o uso que se faz da área verde, caracterizar e analisar a percepção ambiental dos participantes da pesquisa e avaliar o potencial de atendimento do ODS 11. Os dados foram analisados mediante estatística descritiva simples, quando pertinente, e interpretados por meio de análise de conteúdo. Os resultados obtidos indicaram que o parque possui importância socioambiental, de modo que contribui para a melhoria de qualidade de vida dos entrevistados e para a qualidade ambiental, além de ter potencial para a inclusão social. No que se refere ao atendimento do ODS 11, a área ainda apresenta problemas quanto às metas sugeridas, principalmente no que diz respeito à segurança do público feminino e à acessibilidade de pessoas com deficiência ou com dificuldade de locomoção, sendo que o espaço demanda investimentos na sua infraestrutura interna, a fim de realizar seu potencial de inclusão de forma mais efetiva.
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Realidade virtual não imersiva e variabilidade da frequência cardíaca por meio de análise não linear em indivíduos após internação hospitalar por COVID-19
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-02) Gomes, Renata de Andrade [UNIFESP]; Silva, Talita Dias da [UNIFESP]; Moraes, Íbis Ariana Peña de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9261980445261148; http://lattes.cnpq.br/9924565440571557; http://lattes.cnpq.br/7682723564865362
Introdução: O COVID-19 ocasiona muitas complicações dentre elas alterações cardiorrespiratórias com comprometimento do sistema nervoso autônomo (SNA). A forma de avaliar alterações no SNA eficaz e de baixo custo é a análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Medidas não lineares da variabilidade da frequência cardíaca podem fornecer novas oportunidades para monitorar a regulação autonômica cardíaca durante o exercício. Nós últimos anos a Realidade virtual tem surgido como forma de reabilitação capaz e eficiente proporcionando aos pacientes uma forma acessível de tratamento. Dessa forma objetivamos avaliar o controle autonômico cardíaco através de medidas não lineares de indivíduos após COVID-19 durante uma sessão de realidade virtual. Métodos: Este estudo transversal avaliou indivíduos divididos em dois grupos, um grupo pós-hospitalização devido a infeção por COVID-19 e um grupo controle saudável. Os indivíduos foram submetidos a uma sessão de tarefa de RV, foram mensuradas variáveis fisiológicas, incluindo VFC durante o repouso, atividade de RV e recuperação. Além disso, considerando a influência da idade na VFC e o impacto da COVID-19, dividimos os participantes por idade. Resultados: Em todos os índices de VFC e em ambos os grupos, foram encontrados aumento da atividade simpática e diminuição da atividade parassimpática durante a RV. Foram observadas piores valores nos índices não lineares no grupo com maior idade pós-COVID-19, incluindo também saturação periférica de oxigênio e classificação de percepção subjetiva de esforço (RPE). Conclusão: Os achados mais significativos ocorreram no grupo que compreende a faixa etária de 61 a 80 anos. A análise mostrou que a faixa etária de 61-80 anos apresentou pior resposta parassimpática, bem como todos os pacientes pós-COVID-19 apresentaram maior Indice de percepção de esforço durante e após o exercício, o que pode refletir alterações nas respostas fisiológicas e autonômicas.
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Aplicativo para o auxílio à padronização do registro fotográfico em cirurgia plástica
(Universidade Federal de São Paulo, 2023-09-27) Manente , Márcio Mendes [UNIFESP]; Garcia, Elvio Bueno [UNIFESP]; Pedroso, Juan Carlos Montano [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6144921962327705; http://lattes.cnpq.br/5558512244477786; http://lattes.cnpq.br/0395946439775988
Introdução: A fotografia clínica se tornou um importante instrumento de comunicação, sobretudo na era dos Smartphones. A padronização da fotografia em Cirurgia Plástica é desafiadora e deve ser realizada de forma sistematizada e padronizada, para alcançar a sua finalidade como documentação científica. Objetivo: Desenvolver um aplicativo para smartphones que auxilie na padronização da fotografia em Cirurgia Plástica. Métodos: Estudo descritivo transversal, elaborado com base no método de Design Thinking (DT). Descobrir: revisão da literatura em bases de dados Pubmed, Cochrane, Medline, SciELO e LILACS, no período de 01 de janeiro de 2000 a 01 de março de 2023, e busca de anterioridade, de aplicativos semelhantes, na App Store, Play Store e Google. Foram encontrados 1098 artigos, sendo selecionados 23. Na busca de anterioridade foram encontrados 3 aplicativos, mas com características distintas às do aplicativo desenvolvido neste trabalho. Questionários foram criados e aplicados a cirurgiões plásticos e desenvolvedores de aplicativos. Definir: realizado brainstorming entre os orientadores e orientando. Desenvolver: elaboração conjunta do aplicativo móvel com desenvolvedores especialistas em aplicativos. Entregar: Foi feita a validação do produto com questionário para softwares já validado e traduzido. Resultados: O Body Picture é um aplicativo para smartphone, fluido, responsivo, em idioma português. Possui moldes fotográficos para cada região corporal e orientações para padronização da fotografia em Cirurgia Plástica. Suas principais funções são: 1) Catalogação; 2) Auxílio à padronização da posição dos pacientes, ângulos fotográficos e enquadramento; 3) Corte e montagem automáticos; 4) Função de cronofotometria. Conclusão: Foi desenvolvido o aplicativo móvel Body Picture.