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Acesso aberto (Open Access)
Papel do transportador de arginina na biologia do Trypanosoma cruzi
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-06) Moraes, Gabriella Luisa Pasini [UNIFESP]; Schenkman, Sergio [UNIFESP]; Silva, Nadjania Saraiva de Lira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4425227736940469; http://lattes.cnpq.br/3034565226116594; http://lattes.cnpq.br/3634682202778066
O Trypanosoma cruzi, que é o parasita causador da doença de Chagas, possui diversos mecanismos responsáveis por adaptações a diferentes ambientes para seu desenvolvimento no hospedeiro. Em situações de diminuição nos níveis de ATP devido a falta de nutrientes, o parasita pode utilizar como doador de energia arginina fosfato produzida pela ação de uma uma quinase. A arginina, por sua vez, é incorporada pelo parasita através de transportadores de membrana. Em nosso laboratório foi gerado um mutante por edição gênica pela técnica de CRISPR/Cas9, que possui uma perda significativa de um tandem de genes idênticos que codificam para um transportador catiônico que é capaz de promover incorporação da arginina em sistemas heterólogos. Além da perda deste tandem, houve perda de um alelo de diversos genes, entre eles de Rab11, uma proteína relacionada às vias de endocitose. Este mutante é parcialmente resistente à higromicina, endocita menos nutrientes macromoleculares e não é capaz de se diferenciar em formas infectivas. Além disso, incorpora menos hemina, diferentemente da linhagem parental. Para este trabalho de conclusão de curso o nosso objetivo foi de avaliar se neste mutante a incorporação de arginina é reduzida, detectar os níveis de expressão de RNA mensageiro total, além de analisar a endocitose e a diferenciação nos mutantes em que fizemos a restauração da expressão do gene, com o intuito de verificar se o receptor e/ou transportador de arginina tem impacto na diferenciação e nas vias de endocitose. Verificamos que o mutante tem de fato uma menor expressão dos genes para o transportador e incorpora menos arginina. Entretanto, a re-expressão do transportador ou Rab11, não foi capaz de reverter o fenótipo de deficiência de endocitose, incorporação de heme e de diferenciação em formas infectivas do parasita, indicando que outras alterações estão também envolvidas.
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Acesso aberto (Open Access)
Avaliação genética e epigenética de genes de reparo de DNA em pacientes com rearranjos cromossômicos complexos
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-09) Oliveira, Juliana Valério de [UNIFESP]; Melaragno, Maria Isabel [UNIFESP]; Aissa, Alexandre Ferro; http://lattes.cnpq.br/7018576368864014; http://lattes.cnpq.br/0678071850781758; http://lattes.cnpq.br/5543030015031220
Os rearranjos cromossômicos resultam de uma reconstituição anormal de cromossomos que sofreram quebras no DNA. Esses rearranjos podem ser complexos quando envolvem múltiplas quebras e reorganização cromossômica, podendo incluir deleções, inversões, duplicações, translocações, entre outras alterações estruturais dos cromossomos. Vários mecanismos de formação de rearranjos complexos já foram descritos, como recombinação homóloga não alélica (NAHR), junção de extremidades não homólogas (NHEJ), entre outros, mas pouco se sabe sobre a influência de mecanismos epigenéticos. A epigenética é caracterizada por alterações moleculares herdáveis que regulam a expressão gênica sem alterar a sequência do DNA. Um dos mecanismos epigenéticos mais importantes é a metilação do DNA, que é responsável por regular diretamente a maioria dos genes em todo o genoma. Esse mecanismo pode influenciar processos biológicos por meio da regulação do estado de metilação das ilhas CpGs que estão presentes na região reguladora de diversos genes. A hipótese deste projeto é que pacientes com rearranjos cromossômicos germinativos complexos podem apresentar alterações no DNA ou alterações epigenéticas nas regiões promotoras em genes relacionados ao reparo de DNA. Para investigar essas hipóteses, avaliamos a presença de variantes de nucleotídeo único (SNVs) e de variantes de número de cópias (CNVs) em genes de reparo estudados e também comparamos a metilação das ilhas CpG nas regiões promotoras desses genes entre os pacientes e um grupo controle saudável. Os pacientes selecionados já possuíam, pelo menos parcialmente, a caracterização de seus rearranjos cromossômicos complexos. A partir de amostras de sangue periférico, utilizamos a técnica de Long-Read Sequencing (LRS) da plataforma PacBio para gerar um vasto conjunto de dados, que foram analisados por meio de ferramentas de bioinformática. Os resultados indicam que, em comparação com o grupo controle saudável, os pacientes apresentam hipermetilação nas regiões promotoras de alguns genes de reparo de DNA, embora nem todos os genes analisados apresentem alterações em todos os pacientes. Esses dados sugerem que pode haver uma associação entre o aumento da metilação da região promotora de genes de reparo de quebra de fita dupla e rearranjos cromossômicos complexos.
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Acesso aberto (Open Access)
Papel da Galectina-3 na regulação do inflamassoma NLRP3 na resposta alérgica: estudo em modelos in vivo e in vitro
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-09) Lourenço, Renata Pereira [UNIFESP]; Gil, Cristiane Damas [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6047408996026135; http://lattes.cnpq.br/9246171831177285
O NLRP3 é um receptor citoplasmático que, quando ativado, forma um inflamassoma crucial para a liberação de IL-1β e IL-18, participando da patogênese de muitas doenças, incluindo reações alérgicas. Estudos mostram que o eixo NLRP3/IL-1β desempenha um papel importante no desenvolvimento da conjuntivite alérgica (CA). Ainda, a expressão da proteína galectina-3 (Gal-3) está envolvida com a ativação do inflamassoma NLRP3 e a produção de IL-1β pelos macrófagos; no entanto, sua relação com a ativação do NLRP3 ainda não foi elucidada na resposta alérgica. Neste trabalho, avaliamos o papel da Gal-3 na resposta alérgica e sua possível relação com a regulação do inflamassoma NLRP3, utilizando modelo experimental de CA e ensaios com cultura de queratinócitos humanos estimulados com IL-4. Para indução da CA, camundongos BALB/c machos selvagens (WT) e nocautes para Gal-3 (Gal-3-/-) imunizados com ovalbumina (OVA) foram desafiados com colírios contendo OVA nos dias 14-16, e suas conjuntivas palpebrais foram avaliadas nas condições experimentais (n = 5 animais/grupo): SHAM (controle), que recebeu apenas salina estéril, e CA. Após 24 horas do último desafio com a OVA, as pálpebras foram coletadas para análises (CEUA 2125200323). A CA em camundongos WT e Gal-3-/- foi caracterizada por um aumento significativo no número de eosinófilos (68±10 e 73±9, respectivamente) na conjuntiva palpebral em comparação aos seus respectivos controles (p < 0,05). A proporção de mastócitos degranulados (~60%) foi maior na conjuntiva palpebral de animais Gal-3-/- CA em comparação com células intactas (~40%); enquanto no grupo WT CA, a proporção de células intactas (58%) foi maior que a de degranuladas (42%). A análise dos transcriptomas mostrou aumento dos transcritos de Il1β em mastócitos estimulados por anti-OVA-IgE (GSE96696) e eosinófilos estimulados por OVA (GSE57757). Nessas condições, apenas os mastócitos apresentaram aumento nos transcritos de Lgals3. A conjuntiva palpebral de camundongos WT CA mostrou um aumento significativo nos níveis de IL-1β, NLRP3 e p38 fosforilada em comparação aos grupos WT SHAM e Gal-3-/- CA. In vitro, a adição de Gal-3 recombinante a queratinócitos estimulados por IL-4 mostrou um aumento nos níveis de NLRP3 e ASC detectados por imunofluorescência, corroborando nossas observações in vivo. Houve, ainda, maior nível de coexpressão desses marcadores nos grupos tratados com Gal-3, em relação aos grupos controle e estimulado com IL-4. Os resultados do nosso estudo evidenciaram o papel da Gal-3 na patogênese da alergia ocular, especialmente na regulação da ativação de mastócitos e dos níveis endógenos de NLRP3, apontando esses marcadores como possíveis alvos terapêuticos para os processos alérgicos oculares.
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Embargo
Efeito aprendizagem na distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos em pacientes cardiopatas hospitalizados
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-12) Viceconte, Marcela [UNIFESP]; Guizilini, Solange [UNIFESP]; Gomes, Walter José [UNIFESP]; Rocco, Isadora Salvador [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9877675594064089; http://lattes.cnpq.br/0371943115335917; http://lattes.cnpq.br/1563905009199506; https://lattes.cnpq.br/3829302680375132
A tese consistiu em dois estudos, descritos a seguir. O ESTUDO I, intitulado “Repetir o teste de caminhada de seis minutos em pacientes hospitalizados com insuficiência cardíaca: é necessário?”, teve como objetivo avaliar o efeito aprendizado na repetição do TC6’ em pacientes hospitalizados com IC; além disso, investigar se alguma variável de resposta ao esforço no primeiro TC6’ é capaz de predizer a presença ou ausência de incremento no segundo teste. Concluiu-se que há um incremento significante entre o primeiro e segundo TC6’, contudo as variáveis pressão arterial sistólica ao final do teste e percepção de esforço pela escala modificada de Borg de dispneia e desconforto de membros inferiores no quinto minuto de recuperação foram capazes de predizer ausência de incremento no segundo TC6’. Já o ESTUDO II foi intitulado “Existe efeito aprendizagem quando o teste de caminhada de seis minutos é repetido em pacientes hospitalizados com infarto agudo do miocárdio?” e teve como objetivo investigar a magnitude do efeito aprendizagem no TC6’ em pacientes hospitalizados com IAM, além de identificar possíveis variáveis preditoras de aumento na distância percorrida no segundo teste. Concluiu-se um aumento significativo na distância percorrida durante o segundo TC6’ em comparação ao primeiro em pacientes hospitalizados com IAM. No entanto, nenhum preditor independente foi identificado para a ausência de melhora no segundo teste. Esses resultados destacam a importância de repetir o TC6’ para avaliar a capacidade funcional de maneira mais acurada.
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Acesso aberto (Open Access)
Caderno de resumos: 9o Encontro Caravana da Ciência
(Não se aplica, 2024) Santos, Elias Barros [UNIFESP]; Capelo, Luciane Portas [UNIFESP]; https://lattes.cnpq.br/6030122841567375
O Encontro Caravana da Ciência (EnCaCi) é um evento de fechamento das atividades realizadas ao longo do ano. O EnCaCi tem formato de um congresso científico, no qual os estudantes têm a oportunidade de apresentar os trabalhos desenvolvidos na forma de apresentação oral e pôster. Em 2024, o 9o EnCaCi aconteceu de forma híbrida nos dias 17 e 18 de outubro, tendo como tema principal “Biomas do Brasil: Diversidade, Saberes e Tecnologias Sociais” da 21a SNCT. O 9o EnCaCi bateu o Record histórico das edições, com a participação do maior número de escolas e trabalhos inscritos (total de 89) em uma única edição. O evento contou com o apoio da equipe de estudantes do projeto Caravana da Ciência e com a participação de discentes da pós-graduação da UNIFESP. Os últimos, atuaram como avaliadores dos trabalhos apresentados na forma de pôsteres. Os trabalhos apresentados na forma oral foram avaliados por três docentes do ICT-UNIFESP, que estavam presentes no auditório acompanhando as apresentações. O presente caderno é um registro de tudo que ocorreu no 9o EnCaCi. Os resumos de todos os trabalhos de IC inscritos e apresentados no evento são apresentados a partir da página 10. Os resumos dos trabalhos estão organizados na ordem de inscrição e foram autorizados pelos autores (professores e estudantes) para publicação.