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Submissões Recentes

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Utilização da neurociência para avaliação de melhora do quadro depressivo leve após o uso frequente de maquiagem
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-26) Zalla, Souvenir [UNIFESP]; Leite e Silva, Vânia Rodrigues [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0737387413540260; http://lattes.cnpq.br/7778354850472917
Introdução: O aumento global da prevalência da depressão impacta especialmente mulheres e populações de menor renda. A utilização de cosméticos é conhecida por elevar a autoestima feminina, porém os efeitos na saúde mental raramente são avaliados de forma objetiva. Objetivo: Este estudo objetivou investigar os efeitos do uso frequente de maquiagem na melhoria de sintomas depressivos em mulheres, aplicando métodos de neurociência. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo dividido em duas etapas empregando o eye-tracking. Selecionaram-se 62 mulheres por meio do questionário de Escala de Autoavaliação de Sintomas Depressivos de Zung. As 62 participantes foram divididas em dois grupos com 31 mulheres: um com sintomas leves de depressão (GCD) e outro sem sintomas (GSD). A primeira etapa teve como foco a aplicação do eye-tracking para detectar e quantificar o viés atencional por meio da fixação ocular e reações emocionais em indivíduos com sintomas leves de depressão em comparação aos sem sintomas. Na segunda etapa, as 31 participantes com depressão leves foram subdivididas em dois grupos: o GCD-com.maq, que praticou automaquiagem com frequência, e o GCD-sem.maq, sem práticas de maquiagem. Avaliaram-se os resultados de viés atencional por eye-tracking e reações emocionais através de variações na resposta galvânica da pele (GSR) e do diâmetro pupilar diante de estímulos emocionais negativos em três momentos: antes da prática regular de maquiagem e após 30 e 60 dias. Conclusão: Na primeira etapa, constatou-se viés atencional e aumento no diâmetro pupilar somente nas participantes com sintomas, frente a estímulos negativos. Na segunda etapa, evidenciou-se que o grupo GCD-com.maq, após uso frequente de maquiagem, apresentou melhora do viés atencional nos períodos de 30 e 60 dias, diferentemente do grupo GCD-sem.maq. Tal achado destaca a utilidade do eye-tracking na identificação e mensuração da melhoria dos sintomas, além de sugerir que a prática de automaquiagem contribui para a diminuição dos sintomas depressivos. As variações no GSR e no diâmetro pupilar não apresentaram significância estatística.
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Prevalência de doença pulmonar obstrutiva crônica e distribuição da contagem de eosinófilos sanguíneos em pacientes com fator de risco para DPOC (tabagismo e/ou exposição à biomassa) atendidos em quatro unidades básicas de saúde de três estados brasileiros
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-23) Barros, Juliana Oliveira [UNIFESP]; Jardim, José Roberto de Brito [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4320654878656075; http://lattes.cnpq.br/2625355140965779
Objetivos: Descrever prevalência de DPOC e distribuição da contagem de eosinófilos em pacientes com fatores de risco para DPOC, atendidos em quatro UBS de três estados brasileiros. Métodos: Estudo multicêntrico transversal em quatro UBS (Porto Alegre, Londrina, Araraquara, Botucatu). Após avaliação médica, incluímos pacientes com ≥35 anos, tabagistas e/ou expostos à biomassa que chegaram consecutivamente à UBS por qualquer motivo e que não tinham contraindicação aos procedimentos. As variáveis avaliadas foram: dados clínicos e sociodemográficos, exposição ambiental, história tabagística, mMRC, CAT, hemograma e espirometria. O diagnóstico de DPOC foi espirométrico pela relação fixa (RF) e limite inferior da normalidade (LIN). Resultados: Foram avaliados 737 pacientes consecutivos que compareceram às UBS do estudo. A prevalência de DPOC foi de 23,7% (RF) e 26,1% (LIN). O LIN diagnosticou mais pacientes com DPOC na faixa etária entre 35 e 39 anos (7,3% LIN vs 4,6% RF) e a RF diagnosticou mais pacientes com DPOC >70 anos (30,3% RF vs 24,5% LIN). Pelo menos 50% tinham DPOC grave a muito grave. Os pacientes eram bastante sintomáticos, porém a carga de sintomas era maior no grupo DPOC (p<0,01). A RF alcançou 76% de subdiagnóstico e 12% de sobrediagnóstico. A distribuição da contagem de eosinófilos no sangue foi semelhante a estudos internacionais em países desenvolvidos (228,4 ± 260,5). No grupo DPOC, ter utilizado antiparasitários nos últimos 3 meses foi associado a contagem de eosinófilos <100 (p=0,04). Não houve associação significante entre o número de eosinófilos e as exacerbações moderadas/graves nos 12 ou 24 meses prévios, porém indivíduos com contagem >300 células apresentam 20% mais exacerbações que as demais contagens. Conclusões: Um em cada quatro pacientes tinha diagnóstico de DPOC, com alto percentual de subdiagnóstico e alta carga de sintomas. A maioria apresentava doença moderada ou grave. A contagem de eosinófilos nos pacientes com/sem DPOC apresentou distribuição semelhante em todas as categorias de contagem de eosinófilos, porém pacientes com DPOC e >300 células apresentam 20% mais exacerbações.
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Uso de levetiracetam na profilaxia de crises epilépticas em pacientes submetidos a transplante de medula óssea
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-05-08) Aragão, Marcelo de Melo [UNIFESP]; Rodrigues, Marcelo Masruha [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6440065539616739; http://lattes.cnpq.br/1422189167730823
Objetivo: avaliar a eficácia do levetiracetam oral como profilático de crises epilépticas em crianças e adolescentes submetidos a transplante de células-tronco hematopoiéticas que receberam bussulfano no regime de condicionamento, e comparar a frequência de reações adversas graves, interação farmacocinética com o bussulfano, tempo de uso e custo do fármaco anticrise em relação à fenitoína. Método: este ensaio clínico aberto com controle histórico foi desenvolvido na Enfermaria de Transplante de Medula Óssea do IOP/GRAACC. Foram incluídos crianças e adolescentes entre 0 e 18 anos que utilizaram bussulfano no condicionamento para o transplante. Os pacientes que utilizaram levetiracetam foram avaliados prospectivamente no período entre abril de 2019 e julho de 2022. Como grupo de controle histórico foram incluídos os últimos pacientes que utilizaram fenitoína oral entre 2017 e o início deste estudo. Resultados: nenhum paciente em ambos os grupos apresentou crise epiléptica ou reações adversas graves que levaram à modificação do fármaco anticrise. A duração da profilaxia e o custo da mesma foi menor nos pacientes que utilizaram levetiracetam. Houve diferença entre os grupos na farmacocinética do bussulfano nas doses de 3,2 mg/kg e 3,8 mg/kg, cuja área sob a curva da concentração ao longo do tempo foi maior no grupo que utilizou levetiracetam. Conclusões: o levetiracetam oral é eficaz e seguro na profilaxia de crises epilépticas induzidas pelo bussulfano. Seu uso está associado e menor custo e duração da terapia, e, provavelmente, menor interação com o bussulfano.
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Adaptação e validação do protocolo SPIKES para comunicação de más notícias entre profissionais de saúde e famílias de potenciais doadores de órgãos e tecidos
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-05-02) Saba, Eliana Nadim [UNIFESP]; Roza, Bartira de Aguiar [UNIFESP]; Knihs, Neide da Silva [UNIFESP]; Costa Neto, Sebastião Benício da; http://lattes.cnpq.br/4174214991022305; http://lattes.cnpq.br/6712785343402727; http://lattes.cnpq.br/9255434835123749; http://lattes.cnpq.br/0093621043196903
A comunicação de más notícias no processo de doação de órgãos e tecidos é primordial desde o momento da possibilidade de abertura do protocolo de morte encefálica, até o seu fechamento, momento em que deve ser realizada a entrevista para informar à família sobre o direito de doação de órgãos. O profissional de saúde representa o elo entre a dor da perda e a possibilidade de doação/vida. O protocolo SPIKES engloba o que é importante na Comunicação de más notícias e contexto de Morte encefálica e doação de órgãos: acolhimento dos sentimentos frente a dor, empatia, presença e informações adequadas. Assim, torna-se importante o estudo de validação do protocolo SPIKES, proporcionando maior segurança e eficácia na atuação dos profissionais de saúde. Objetivo: Realizar a validação do protocolo SPIKES para a comunicação de más notícias entre os profissionais de saúde e familiares dos potenciais doadores de órgãos e tecidos. Metodologia: Pesquisa metodológica, utilizando o método Delphi, para validação de conteúdo do protocolo SPIKES no contexto de comunicação de más notícias para doação de órgãos e tecidos. Amostra de 10 profissionais de saúde com expertise no assunto, sendo: 03 médicos, 03 enfermeiros, 03 psicólogos e 01 assistente social. Realizou-se a coleta de dados em dois ciclos. Em cada ciclo o comitê de especialistas respondeu o instrumento/questionário autoadministrado elaborado pela pesquisadora, com perguntas fechadas seguindo a escala Likert com escores, que requer a indicação em cada item do grau de equivalência ou não equivalência pelos juízes. Para a análise de dados foi utilizado o método quantitativo com o uso do Índice de Validade de Conteúdo (IVC). Resultados: No primeiro ciclo da coleta de dados, o Índice de validade de conteúdo (IVC) total teve como resultado 0,93 e no segundo ciclo o IVC total de 1,02, em ambos permaneceu superior a 0,80 proposto, comprovando a conformidade entre os especialistas e a validade de conteúdo do protocolo SPIKES para ser usado pelos profissionais de saúde na comunicação de más notícias e entrevista familiar no processo de doação de órgãos e tecidos. Conclusão: O protocolo SPIKES foi validado e adaptado para ser utilizado na comunicação de más notícias entre os profissionais de saúde e familiares dos potenciais doadores de órgãos e tecidos. Os especialistas também contribuíram com recomendações a serem utilizadas pelos profissionais de saúde no momento da comunicação de más notícias e entrevista familiar para doação de órgãos e tecidos.
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Modelo holográfico de craniossinostose para o HoloLens
(Universidade Federal de São Paulo, 2022-06-07) Yoshida, Mauricio Mitsuru [UNIFESP]; Ferreira, Lydia Masako [UNIFESP]; Freitas, André Luiz Pires de; Carvalho Jr, José da Conceição [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0939441242632353; http://lattes.cnpq.br/0621217930008212; http://lattes.cnpq.br/1619822351741819
Introdução: A compreensão tridimensional das deformidades resultantes de craniossinostose permanece sendo um desafio no planejamento e execução da cirurgia para o seu tratamento. A tecnologia de realidade mista permite inserir objetos virtuais, os hologramas, no mundo real do usuário com o uso de um dispositivo, o Hololens. Objetivo: Desenvolver um modelo holográfico de crânio com deformidade resultante de craniossinostose para o Hololens. Método: A metodologia para a criação e a prototipagem do produto foi o Design Thinking estruturado com o Double Diamond. Uma pesquisa desk foi realizada com uma revisão da literatura e uma busca de anterioridade. Um questionário foi aplicado a 10 cirurgiões, tendo como objetivo determinar o potencial do uso da realidade mista na prática profissional. A partir dos resultados da pesquisa desk e do questionário, foi realizado um brainstorming com o objetivo de elaborar soluções, para melhorar a performance dos cirurgiões, nas craniossinostoses com o uso da realidade mista. Resultados: Não foram encontrados, em motores de busca da internet ou bases de dados bibliográficos, relatos ou artigos científicos que relacionassem o uso da realidade mista e craniossinostose. Observou-se potencial de melhora da performance dos cirurgiões com a utilização da realidade mista como ferramenta auxiliar nas cirurgias de craniossinostose. Desenvolveu-se um holograma de crânio com craniossinostose, em realidade mista, com comandos de interatividade controlados por gestos, facilitando a compreensão espacial tridimensional da anatomia craniana. Conclusão: Foi desenvolvido um modelo holográfico de crânio com deformidade resultante de craniossinostose para o Hololens.