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Acesso aberto (Open Access)
Subvertendo o Slasher? Representatividade de gênero, raça e sexualidade na trilogia Rua do Medo (2021)
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-13) Silva, Ana Karolina Aparecida Alves da [UNIFESP]; Rosin, Maíra Cunha; http://lattes.cnpq.br/2813739330929308; http://lattes.cnpq.br/0832995265637188
O presente trabalho tem como objetivo analisar e refletir sobre as representatividades de gênero, raça e sexualidade, presentes no enredo, da trilogia slasher Rua do Medo (2021). Dirigida e co-roteirzada por Leigh Janiak, a trilogia é uma adaptação dos livros de terror juvenil de R. L. Stine, que foi lançada semanalmente em julho de 2021 pela plataforma de streaming Netflix. São três filmes com três temporalidades diferentes, sendo eles: Rua do Medo: 1994, onde se passam os acontecimentos presentes da trilogia; Rua do Medo: 1978 é um flashback ao massacre no acampamento Nightwing; e Rua do Medo: 1666, que é dividido em duas partes, no século XVII acompanhamos a história da “bruxa” Sarah Fier e o desfecho da trilogia em 1994. Este trabalho tem como problema de pesquisa pensar a origem do subgênero slasher, como o subgênero e a trilogia em questão dialogam com a história dos Estados Unidos, e se a trilogia é capaz, e até que ponto, de subverter e reescrever a representatividade feminina, racial e queer no slasher. Rua do Medo (2021) é um objeto de pesquisa relevante no que se refere às questões de gênero, raça e sexualidade a partir do momento que se dispõe a discutir e questionar as narrativas de filmes slasher. A metodologia apoia-se na análise fílmica e na leitura de textos contemporâneos de autoras que estudam questões femininas, de raça e sexualidade no cinema de horror, de modo a relacionar a trilogia com a história dos Estados Unidos e a encontrar elementos que diferenciem o objeto de pesquisa em questão de outros filmes slasher. O objetivo é analisar e compreender até que ponto essas questões podem ser utilizadas para se ressignificar, subverter e reescrever o subgênero slasher.
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Acesso aberto (Open Access)
Marie Langer: História, Psicanálise e Feminismo
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-20) Sousa, Marcela Alves de [UNIFESP]; Dias, Marian Ávila de Lima; http://lattes.cnpq.br/9676199805492735
Este trabalho tem como objetivo explorar a historiografia da psicanálise a partir das contribuições teóricas e práticas de Marie Langer (1910-1987), destacando sua integração de questões sociais, políticas e de gênero ao campo. Langer, pioneira na América Latina, criticou o elitismo da psicanálise tradicional e defendeu sua democratização, criando clínicas comunitárias voltadas para populações marginalizadas, integrando-se ao Grupo Plataforma. Suas obras, como Maternidade e Sexo (1951) e Cuestionamos (1971), revisitaram pressupostos freudianos sobre a feminilidade, abordando os impactos das pressões sociais na psique feminina. Engajada politicamente, Langer foi uma das fundadoras do grupo Plataforma na Argentina, rompendo com a hegemonia do IPA na América Latina, aliando psicanálise e marxismo, e quebrando a neutralidade do campo para advogar por mudanças estruturais e apoiar movimentos populares. No México, durante seu exílio, aprofundou sua prática comunitária e feminista, analisando traumas sociais e fortalecendo a psicanálise como ferramenta de transformação. Este trabalho resgata sua trajetória, iluminando sua importância para uma psicanálise inclusiva e engajada.
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Acesso aberto (Open Access)
O projeto literário para crianças de Maria José Dupré (1905-1984)
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-29) Barros, Elizangela Maria Esteves de [UNIFESP]; Oliveira, Fernando Rodrigues de; http://lattes.cnpq.br/7112621592674917; https://lattes.cnpq.br/5191265780103006
O objetivo desta dissertação é contribuir para a produção de uma história revisitada da literatura infantil e juvenil brasileira ao longo do século XX. Para isso, foi analisada a produção literária de Maria José Dupré, com ênfase na compreensão de sua trajetória como escritora e nas estratégias adotadas por ela para conceber e desenvolver seus livros destinados ao público infantil. O corpus da pesquisa inclui os seguintes títulos: Aventuras de Vera, Lúcia, Pingo e Pipoca (1943), A ilha perdida (1944), A montanha encantada (1945), A mina de ouro (1946), O cachorrinho Samba (1949), O cachorrinho Samba na floresta (1950), O cachorrinho Samba na Bahia (1957), O cachorrinho Samba na Rússia (1963), O cachorrinho Samba entre os índios (1966) e O cachorrinho Samba na fazenda Maristela (1967).A pesquisa adotou uma abordagem histórica, sustentada por conceitos e contribuições teóricas oriundas dos campos da História da Educação, da História da Literatura Infantil Brasileira e da História Cultural, com um enfoque centrado na pesquisa documental e bibliográfica. Utilizando o conceito de “configuração textual”, a investigação foi realizada por meio de procedimentos de localização, recuperação, reunião, seleção, ordenação e análise de fontes documentais, culminando na elaboração do documento Bibliografia de e sobre Maria José Dupré: um instrumento de pesquisa, que reuniu 1.060 referências relacionadas à autora e sua obra e está incluída no apêndice desta dissertação. A análise da literatura infantil de Dupré, em diálogo com as fontes localizadas por meio desse instrumento de pesquisa, revelou que a autora estruturou seu projeto literário para crianças por meio de narrativas de aventura, articulando entretenimento e formação moral. Ao adotar estratégias editoriais específicas, como a repetição de cenários exóticos, personagens recorrentes e temáticas de exploração, conferiu aos seus livros um caráter seriado. Desse modo, seu projeto literário consolidou-se como um conjunto de narrativas de aventura voltadas à recreação e à formação moral das crianças, alinhando-se aos ideais pedagógicos de sua época. Além disso, verificou-se que sua escrita, associada ao projeto gráfico das editoras ao longo do tempo, foi determinante para que sua obra, embora considerada tradicional pelos padrões contemporâneos, permanecesse em circulação, com novas edições e reimpressões até os dias atuais.
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Acesso aberto (Open Access)
Papel prognóstico do teste de exercício cardiorrespiratório na avaliação de seguimento de pacientes com hipertensão arterial pulmonar
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-10) Daud, Meliane de Oliveira [UNIFESP]; Arakaki, Jaquelina Sonoe Ota [UNIFESP]; Ramos, Roberta Pulcheri [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3674430003360595; http://lattes.cnpq.br/4282849546206947; http://lattes.cnpq.br/3578559065860199
Introdução: A hipertensão arterial pulmonar é uma condição hemodinâmica rara, grave e debilitante. Reconhece-se a sua elevada mortalidade, destacando a importância da avaliação multiparamêtrica periódica para estratificação de risco e orientação terapêutica. Os dados hemodinâmicos, obtidos por meio do cateterismo cardíaco ao repouso, desempenham um papel significativo na determinação da gravidade. Até o momento, poucos estudos abordaram os fatores prognósticos do teste de exercício cardiopulmonar na estratificação de risco multiparamétrica. Objetivo: Avaliar o papel do platô de pulso de O2 na avaliação multiparamétrica de seguimento de pacientes com HAP. Métodos: Estudo observacional de coorte retrospectivo acompanhada de forma sistemática no Setor de Circulação Pulmonar do Hospital São Paulo – Unifesp. Foram revisados prontuários dos pacientes portadores de HAP assistidos no ambulatório de Doenças da Circulação Pulmonar da Disciplina de Pneumologia, no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2018 e seguidos até agosto de 2022. A estratificação de risco basal (ESC/ERS 2022 e REVEAL Lite 2.0) e de seguimento (ESC/ERS 2022 de 3 e 4 estratos e REVEAL Lite 2.0) foram realizadas. Fatores prognósticos potenciais foram identificados por análise univariada e regressão multivariada de Cox, com modelos incluindo a presença do platô de pulso de O2. O método de Kaplan-Meier foi usado para determinar a sobrevida global. Resultados: 144 pacientes foram selecionados para este estudo. A amostra é predominantemente jovem e do sexo feminino (82,6%) com idade média de 42 anos, média de DC6M de 423 ±93m e 53,5% dos pacientes apresentavam-se em classe funcional III ou IV da NYHA. Entre a coorte, durante o período de acompanhamento mediano de 7 anos, 59 (40,9%) pacientes faleceram e 7 (4,8%) realizaram transplante pulmonar, sendo a sobrevida estimada em 1 ano de 98,6%, em 3 anos de 89,3% e em 5 anos de 77,3%. A análise multivariada de regressão de Cox, em um modelo com TECR, a classe funcional, BNP ou NT-ProBNP e a presença de platô no pulso de oxigênio foram identificadas como preditores independentes para pior sobrevida na população avaliada em relação à DC6M e ao VSi, na reavaliação. Conclusão: A presença de platô no pulso de O2 na reavaliação dos pacientes com HAP apresenta associação com mortalidade ou transplante. Sua incorporação em modelo simplificado multiparamétrico de avaliação de risco de seguimento agrega maior discriminação de prognóstico, comparativamente à adição do VSi. Além disso, os escores de estratificação de risco da ERS/ESC, COMPERA 2.0 e REVEAL LITE 2.0 demonstram habilidade de discriminar desfechos nesta amostra de pacientes com HAP.
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Acesso aberto (Open Access)
Alfabetização no cenário pós-pandêmico: escolhas pedagógicas realizadas por professores da Rede Municipal de São Paulo
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-13) Centenaro, Gabriela Floreano [UNIFESP]; Vóvio, Claudia Lemos; http://lattes.cnpq.br/6082754427382954; http://lattes.cnpq.br/5967055376336162
A pandemia de SARS-COV-2 agravou o desafio histórico da alfabetização escolarizada de todas as crianças brasileiras. Com a adoção de medidas sanitárias, as escolas foram fechadas e estabeleceu-se um regime de ensino remoto. A retomada das aulas presenciais defrontou-nos com o aumento da taxa de analfabetismo, além de incertezas quanto aos aprendizados realizados em regimes especiais. Essas problemáticas demandaram a reorganização das redes de ensino e a revisão de documentos curriculares e, no município de São Paulo, geraram prescrições em torno da recomposição de aprendizagem. Esta dissertação apresenta uma investigação ligada ao projeto de pesquisa “Escolhas pedagógicas e curriculares nos anos iniciais do Ensino Fundamental: o ensino na rede municipal de São Paulo”, sob coordenação da Profa. Dra. Cláudia Valentina Assumpção Galian (USP). Adota uma metodologia de cunho qualitativo e tem como objetivo compreender as escolhas de ordem curricular e didática concretizadas por uma professora alfabetizadora pertencente à Rede Municipal de Ensino da Cidade de São Paulo (RMESP), no contexto pós-pandêmico, a partir dos conceitos de currículo prescrito e currículo em ação (Gimeno Sacristán, 2000a), e dos critérios de seleção, sequenciamento, compassamento e avaliação (Bernstein, 1996). A geração de dados aconteceu em uma escola da RMESP, localizada na Vila Andrade, em uma turma de 2º ano, através da coleta de cadernos escolares; observação participante; e entrevista com a professora da classe. Os resultados referem-se ao currículo prescrito e ao currículo em ação. Em relação ao primeiro, o documento baseia-se nas ideias do construtivismo psicogenético e do interacionismo linguístico que influenciam na organização do currículo e dos objetivos de aprendizagem propostos, elementos que enfocam o uso alfabetizador de textos em seus contextos de produção, além de colocarem o aluno no centro do processo de ensino. Quanto ao currículo em ação, a professora adota um método eclético de alfabetização, demonstrando que, para ela, ser alfabetizado é estar no nível alfabético de escrita; tem o controle sobre a seleção e sequenciamento dos conteúdos, mas permite que os alunos assumam o controle sobre o compassamento destes. Além disso, utiliza a avaliação como classificação de nível de escrita e não como ponto de redefinição do seu planejamento. Por fim, observamos que não há medidas e ações voltadas à recomposição de dificuldades advindas da pandemia.