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Validação para o português brasileiro do Eating and Drinking Classification System – EDACS
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-08) Lobo, Maíra [UNIFESP]; Gonçalves, Maria Inês [UNIFESP]; Silvério, Carolina; http://lattes.cnpq.br/9327083927146744; http://lattes.cnpq.br/4780173842816645
Objetivo: Validar a versão brasileira do Eating and Drinking Ability Classification System (EDACS) e correlacionar os níveis do EDACS – versão português brasileiro com o nível do GMFCS. Método: Participaram da pesquisa 120 crianças com o diagnóstico de Paralisia Cerebral (PC), de todos os níveis motores do Gross Motor Function Classification System (GMFCS)15,16, e ambos os sexos, com idade entre dois anos e onze anos e onze meses, que realizavam reabilitação na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) de São Paulo, e seus respectivos responsáveis ou cuidadores. A aplicação foi realizada através de questionamentos ao principal cuidador e à observação da oferta de estímulos ou alimentos habituais à criança, com utensílios e na postura rotineiros à alimentação, por dois fonoaudiólogos especialistas em deglutição e disfagia. Após 15 dias, todo o procedimento descrito foi novamente realizado para assim verificar a correlação interavaliador do EDACS – versão português brasileiro. Foram comparados os níveis pontuados do EDACS – versão português brasileiro pelos dois fonoaudiólogos especialistas, entre estes e o cuidador principal e entre os fonoaudiólogos especialistas nos dois momentos de avaliação, bem como foi realizada a correlação dos níveis do EDACS – versão português com o nível do GMFCS. Resultados: Participaram do estudo crianças com idades entre 2 anos e 15 anos e 7 meses, mediana de 4 anos e 10 meses, sendo mais frequentes os pacientes com Diparesia Espástica e pertencentes ao nível V do GMFCS. O EDACS apresentou mediana do nível 2 para os dois avaliadores, nos dois momentos de avaliação (nos questionamentos e observação da oferta alimentar). Foi observada confiabilidade inter e intra-avaliadores. Houve correlação significante entre o nível do GMFCS e classificação do EDACS. Pacientes do nível 5 do GMFCS apresentaram maiores valores no EDACS do que os dos níveis 1,2,3 e 4, nos questionamentos. Na observação, pacientes com função motora global 5 e 4 apresentaram maiores valores que os dos níveis 1,2 e 3. Conclusão: A escala Eating and Drinking Ability Classification System (EDACS) – versão português brasileiro apresentou correlações significantes intra-avaliadores e interavaliadores, demonstrando confiabilidade para sua utilização nesta língua. Houve correlação entre o nível do EDACS e a classificação da função motora global do GMFCS.
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Síntese de ligantes cobaltoceno-imidazolina e cobaltoceno-oxazolina para aplicação em reações de carboboração e hidrocarbofuncionalização enantiosseletivas
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-05-02) Pereira, Brenda Regina Bondezan [UNIFESP]; Rodrigues, Alessandro [UNIFESP]; Vinhato, Elisângela [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8530211624182009; http://lattes.cnpq.br/5134320818291591; http://lattes.cnpq.br/1830756392753238
A catálise assimétrica se tornou um método relevante para o controle estereoquímico na obtenção de produtos. O presente trabalho consistiu em dois objetivos: 1) a síntese e caracterização de 2 ligantes inéditos do tipo imidazolina-cobaltoceno (N-Ts e N-Boc) e 1 ligante inédito do tipo cobaltoceno-oxazolina e 2) avaliação destes ligantes em reações estereosseletivas de 1,2-carboboração e hidrocarbofuncionalização de alcenos não ativados. A síntese dos ligantes N-Ts (I-A) e N-Boc (I-B) se deu em 5 etapas, partindo do ciclopentadieno de sódio na presença de dimetilcarbonato e clorotris(trifenilfosfina)cobalto(I), obtendo 399 com rendimento de 73%, reduzido para 400 na presença de DIBAL-H, com rendimento de 79%. Em seguida, este foi oxidado com IBX, fornecendo rendimento de 63%. 402 foi obtido rendimento de 86% por ciclização com (1S,2S)-1,2-difenil-1,2-etilenodiamina, seguida pela oxidação com iodo e carbonato de potássio e, posteriormente, tosilado na presença de cloreto de tosila e trietilamina, obtendo-se o ligante I-A com rendimento de 32%. Para o ligante I-B foi empregado dicarbonato de di-terc-butila ao 402, obtendo um rendimento de 48%. Para a síntese do ligante II-A, houve a clivagem de 399 na presença de terc-butóxido de potássio, obtendo o ácido carboxílico com rendimento de 61%. Na sequência, o ácido carboxílico 400 foi convertido para cloreto de ácido, que foi usado na síntese da amida na presença de trietilamina e (S)-2-amino-2-feniletanol. A etapa posterior consistiu na ciclização do anel oxazolínico na presença de trietilamina e cloreto de tosila, obtendo 81% de rendimento. I-A foi obtido com rendimento de 8 % e II-A 19 %. I-B foi obtido com rendimento de 26 %. Os ligantes foram caracterizados por RMN de 1H, RMN de 13C, EMAR, atividade óptica e IV. I-A e II-A foram testados em reações de 1,2-carboboração e hidrocarbofuncionalização de alcenos não ativados. No entanto, em nenhum dos testes realizados houve formação de produto.
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Avaliação da possível ação anti-hipertensiva e cardioprotetora dos extratos de Coriandrum sativum e Ocimum basilicum em ratos espontaneamente hipertensos (SHR)
(Universidade Federal de São Paulo, 2023-10-30) Biquiza, Alexandre Simão [UNIFESP]; Bergamaschi, Cássia Marta de Toledo [UNIFESP]; Campos Júnior, Ruy Ribeiro [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2520398649906832; http://lattes.cnpq.br/1166526138293050; http://lattes.cnpq.br/0797313763495518
Introdução: a hipertensão arterial (HA) se caracteriza pela manutenção da pressão arterial acima de 140/90 mmHg, respetivamente para pressões arteriais sistólica (PAS) e diastólica (PAD). A HA afeta mais de 30% da população adulta em todo mundo e de-safios importantes no seu controle a tornam o principal fator de risco cardiovascular. Coriandrum sativum (CS) e Ocimum basilicum (OBL) são plantas ricas em compostos antioxidantes comumente utilizadas como condimento alimentar e na medicina tradici-onal de vários países. A capacidade antioxidante destas plantas representa um poten-cial anti-hipertensivo e cardioprotetor por poder melhorar a sensibilidade barorreflexa que está prejudicada em indivíduos hipertensos. Objetivo: investigar possíveis ações anti-hipertensiva e cardioprotetora dos extratos de CS e OBL em ratos espontanea-mente hipertensos (SHR). Material e métodos: partes aéreas secas de CS e OBL fo-ram trituradas e maceradas no metanol 80% por 7 dias. Todo teor alcoólico foi removido no evaporador rotativo e o resíduo aquoso foi liofilizado para posterior diluição em água destilada. Os extratos foram sujeitos a dosagem de compostos fenólicos e análise da capacidade antioxidante pelos métodos ABTS e DPPH. De acordo com o protocolo aprovado (CEUA/Unifesp n° 3797030122), animais SHR de 11 a 16 semanas (290 – 350g) foram distribuídos em grupos e tratados com 3 doses de cada extrato por gava-gem durante 15 dias: SHR CS 100 (n=12), SHR CS 300 (n=6) e SHR CS 400 (n=6); SHR OBL 100 (n=12), SHR OBL 300 (n=6) e SHR OBL 400 (n=6). Cada um dos grupos foi comparado com seu controle (SHR) tratado com água destilada. Após o tratamento os animais foram cateterizados sub anestesia, e 24 h depois, a PAM, PAD, PAS e FC foram registradas e avaliou-se a sensibilidade barorreflexa por infusão de drogas va-soativas. Os animais foram expostos ao teste de reatividade cardiovascular ao estresse (cage switch stress, CSS) e bloqueio ganglionar com hexametônio. O Sangue arterial, rim e coração foram coletados após eutanásia e junto com a urina (antes e após trata-mento), procedeu-se avalições bioquímicas, histológicas e moleculares. Teste t-student e two-way ANOVA foram usados para verificar diferença entre os grupos, estabelecida quando p<0.05. Os resultados são apresentados em média ± desvio e padrão (DP) ou erro padrão da média (EP). Resultados: a capacidade antioxidante em µM TE/g do CS foi de 17,32 ± 1,13 (ABTS) e 6,42 ± 1,07 (DPPH), resultante de compostos antioxidan-tes totais de 3,25 ± 0,29 g/g. O extrato de OBL apresentou 168,62 ± 43,84 (ABTS), 30,55 ± 2,79 (DPPH) e 32,67 ± 1,42 g/g de fenólicos totais. Partindo de valores basais simila-res, no final do tratamento, SHR CS 300 e SHR CS 400 apresentaram valores signifi-cativamente reduzidos de parâmetros cardiovasculares face aos SHR: PAM 125 ± 8 mmHg vs. 139 ± 6 mmHg e FC 340 ± 15 bpm vs 357 ± 8 bpm. Quanto a sensibilidade ba-rorreflexa, foi observada melhor resposta bradicárdica no SHR CS 300 ( 1.53 ± 0.91 bpm/mmHg vs -0.88 ± 0.54 bpm/mmHg), SHR OBL 300 ( 1.83 ± 0.71 bpm/mmHg vs -0.98 ± 0.64 bpm/mmHg) e SHR OBL 400 ( 2.13 ± 0.91 bpm/mmHg vs -1.48 ± 0.84 bpm/mmHg). O SHR CS 300 apresentou menor reatividade cardiovascular ao estresse nos minutos 20, 27 e 28 do teste CSS. Valores de proteinúria foram significativamente reduzidos no SHR CS 300 (22 ± 8 mg/24h vs 38 ± 7 mg/24h) e SHR CS 400 (24 ± 6 mg/24h vs 42 ± 5 mg/24h). Conclusão: o CS foi capaz de reduzir a PA e FC, melhorar sensibilidade barorreflexa e reduzir a proteinúria no SHR. O OBL melhora a sensibili-dade barorreflexa independente da redução da PA e FC. Ambos extratos conferem redução do risco cardiovascular. Estudos adicionais são necessários para aprofundar os mecanismos de ação.
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Prevalência de soroproteção para sarampo numa coorte de adolescentes e adultos jovens vivendo com HIV e resposta vacinal após reforço de SCR nos indivíduos soronegativos
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-18) Simakawa, Raquel Mayumi [UNIFESP]; Succi, Regina Célia de Menezes [UNIFESP]; Pinto, Maria Isabel de Moraes [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0967318191677557; http://lattes.cnpq.br/6678945412586889; http://lattes.cnpq.br/6448612966347020
Objetivos. Casos de sarampo em todo o mundo aumentaram desde 2018 devido à baixa cobertura vacinal, que diminuiu durante a pandemia de COVID-19. O estudo analisa o status sorológico de pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA) para o sarampo e avalia a resposta após um reforço de SCR administrado aos indivíduos soronegativos. Métodos. Estudo de coorte prospectivo com quatro grupos: 96 PVHA por transmissão vertical (v-HIV), 69 PVHA por transmissão horizontal (h-HIV), 93 controles saudáveis ​​previamente vacinados contra sarampo (vac-CON) e 20 controles saudáveis com histórico de sarampo (dis-CON). Os anticorpos contra o sarampo foram analisados ​​por ELISA. Uma dose extra de SCR foi oferecida aos indivíduos soronegativos e eles foram testados pelo menos 30 dias depois. Resultados. À entrada do estudo, os grupos v-HIV e h-HIV eram comparáveis ​​em relação à última avaliação de células T CD4+ e à porcentagem de indivíduos em TARV. Por outro lado, o grupo v-HIV apresentou menores mediana de células T CD4+ e porcentagem de indivíduos em supressão virológica em comparação ao grupo h-HIV. A soropositividade para sarampo e a mediana de anticorpos foram significativamente inferiores no v-HIV em comparação aos outros três grupos (v-HIV: 58% e 159,5 UI/L x h-HIV: 95,6% e 763 UI/L x vac-CON: 94,6% e 663 UI/L x dis-CON: 100% e 1302,5 UI/L; p<0,01 e p<0,05, respectivamente). Na análise logística univariada, o nadir mais elevado de células T CD4+, o intervalo de tempo mais curto desde a última vacina contra o sarampo e a supressão virológica do HIV em qualquer dose da vacina contra o sarampo foram associados a anticorpos protetores contra o sarampo entre os indivíduos do grupo v-HIV. Na análise multivariada, apenas a supressão virológica em qualquer dose da vacina contra o sarampo foi associada a anticorpos protetores. Todos os pacientes soronegativos para sarampo responderam após o reforço de SCR. Conclusões. A supressão virológica do HIV foi associada à melhor resposta vacinal ao sarampo. Os resultados desse estudo corroboram os que recomendam um reforço de SCR à população vivendo com HIV por transmissão vertical (TV), especialmente durante a adolescência.
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A influência do brinquedo terapêutico nos níveis de cortisol salivar da criança submetida à punção venosa: estudo clínico, randômico e controlado
(Universidade Federal de São Paulo, 2023-11-17) Ceribelli, Carina [UNIFESP]; Ribeiro, Circéa Amália [UNIFESP]; Almeida, Fabiane de Amorim [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8676261933798942; http://lattes.cnpq.br/2300731487624854; http://lattes.cnpq.br/2731941626989645
Objetivo: Investigar a influência do Brinquedo Terapêutico Instrucional sobre os níveis de cortisol salivar de crianças submetidas à punção intravenosa periférica. Método: Ensaio clínico randômico e controlado, com alocação em dois grupos, Intervenção e Controle, realizado em unidades de internação pediátrica, pronto socorro-infantil e ambulatório de especialidades de dois hospitais da cidade de São Paulo. A amostra foi composta de 52 crianças de ambos os sexos que atenderam aos critérios de inclusão: ter entre 3 e 12 anos; ser submetida à punção intravenosa periférica durante a internação ou atendimento ambulatorial, estar em condição clínica favorável para brincar. A variável independente foi o Brinquedo Terapêutico Instrucional aplicado às crianças do Grupo Intervenção antes da punção venosa e a dependente o nível de cortisol salivar antes e após a punção venosa, com e sem utilização do Brinquedo. Foram investigadas as variáveis intervenientes: idade, sexo, tempo de internação, situação de atendimento no serviço, número de punções e ter doença aguda ou crônica. Os dados foram coletados entre 2018 e 2022 após aprovação dos méritos éticos (CEP n.2503747) e analisados segundo estatística descritiva e inferencial estabelecendo-se como nível de significância 5% e intervalo de confiança de 95%. Resultados: A idade das crianças variou entre 3 e 11anos, tendo no Grupo Intervenção a maioria 6anos ou mais e no Grupo Controle menos de 6anos. Nos dois grupos a maioria tinha doença crônica, estava hospitalizadas e foi puncionada com sucesso na primeira tentativa; apenas as variáveis sexo e faixa etária apresentaram diferenças estatisticamente significantes na composição dos grupos. Quanto à variação dos níveis de cortisol salivar, a maioria das crianças de ambos os grupos apresentou valores dentro da normalidade, tanto antes como após a punção venosa, sendo sua diferença maior no Grupo Controle do que no Grupo Intervenção (p=0,799 e 0,403), sem ser estatisticamente significante e verificando-se distribuição assimétrica dos dados; considerando-se o valor das medianas, o nível de cortisol diminuiu em ambos os grupos, porém menos entre as crianças que não receberam a intervenção com o BTI, mantendo-se menor entre aquelas que a receberam (2,395 e 2,850ng/dl). Quanto à influência das variáveis intervenientes nos níveis de cortisol, não houve variação estatisticamente significante antes e após a punção venosa, com ou sem a intervenção com o brinquedo, nos dois grupos quando relacionada ao gênero, idade, condição de atendimento, ter doença aguda ou crônica e número de vezes que a criança foi puncionada, estas últimas apresentando valores limítrofes quanto à significância estatística a 5% (p=0,53 e p=0,51). Conclusão: Face aos resultados, aceitou-se hipótese de nulidade para esta pesquisa. Há necessidade de serem realizadas novos estudos considerando outros marcadores de estresse fisiológico, pois o cortisol salivar mostrou-se um marcador de estresse volátil e extremamente influenciado por inúmeros fatores. Enfatiza-se a importância da implementação de atividades lúdicas e do Brinquedo Terapêutico, planejados e prescritos na Sistematização da Assistência de Enfermagem a crianças com doenças agudas e crônicas, para serem atendidas nos serviços de saúde de forma mais humanizada, respeitando seus direitos e com melhores resultados no alívio do estresse