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A influência do Sindicalismo Revolucionário na institucionalização da Questão Social: rebatimentos na gênese do Serviço Social no Brasil
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-27) Ferrari, João Paulo Rocha [UNIFESP]; Nogueira, Claudia Mazzei [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8369552901224819; http://lattes.cnpq.br/0201283198862033; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Com esta dissertação de mestrado objetiva-se aprofundar o debate sobre a influência do movimento operário sob orientação e hegemonia do Sindicalismo Revolucionário, na institucionalização da Questão Social na Era Vargas e seus rebatimentos com a gênese do Serviço Social, enquanto profissão, no Brasil. Detalhada análise documental realizada nos jornais operários, A Voz do Trabalhador (1906; 1913; 1915); A Plebe; e A Lanterna, permitiu-nos constatar as formas de resistências; as críticas da aliança do Clero-Estado-Capital; e a capacidade organizativa dos/as trabalhadores/as entre as três primeiras décadas do século XX, com ênfase em 1935. Ressaltamos as contribuições dos anarquistas/operários Neno Vasco e Edgard Leuenroth, para os estudos sobre o Sindicalismo Revolucionário. Verificamos, na revista católica A Ordem, o papel de Alceu Amoroso Lima, principal intelectual do Estado Varguista da Ação Católica Brasileira/Centro Dom Vital, lecionando Sociologia para as primeiras assistentes sociais, em 1938, no Rio de Janeiro. Constatamos, nos textos de Alceu, no periódico de janeiro de 1935, que o Clero e o Fascismo deram as mãos, no caso o Integralismo, para intervir no Estado na Questão Social, e no movimento operário/sindical. Com o estudo, abrem-se possíveis caminhos para analisar o passado das protoformas da gênese do Serviço Social e iluminar, no presente do trabalho profissional em conjunto, a classe trabalhadora.
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O mercado financeiro brasileiro e as opções de investimento para pessoa física
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-29) Santos, Ana Karollyne Lourenço dos [UNIFESP]; Oliveira Filho, Bolivar Godinho de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4702666394166112
RESUMO A educação financeira é crucial para compreender as opções de investimento, seus riscos, tributos e rentabilidade, permitindo o planejamento e controle dos investimentos para garantir estabilidade financeira. Por isso, o trabalho a seguir tem o propósito de destacar a relevância da educação financeira e das opções de investimento, oferecendo descrições objetivas da estrutura do sistema financeiro nacional e das alternativas de investimentos disponíveis para pessoas físicas, como ações, fundos de investimento e títulos públicos. O propósito deste trabalho é colaborar para preencher as lacunas na educação financeira de nível básico, fornecendo uma fonte objetiva de conteúdo sobre o mercado financeiro e as opções de investimento e disponibilizando meios para serem utilizados para buscar conhecimentos mais especializados, como sites, cursos, blogs, podcasts e mídias sociais. Para isso o conteúdo é dividido em três partes principais. Inicialmente, são abordados aspectos comportamentais da educação financeira, incluindo grupos vulneráveis e sobre prevenção ao endividamento. Em seguida, o foco se volta para o mercado financeiro brasileiro, detalhando seus componentes, como câmbio, mercado monetário, de crédito e de capitais, além da estrutura do sistema financeiro nacional. A segunda parte explora as principais opções de investimento para pessoas físicas, como fundos de investimento, produtos de renda fixa e variável, e previdência privada, destacando também o desenho do perfil de investidor. A terceira parte propõe fontes variadas para aprofundamento do conhecimento, integrando-se ao processo de educação financeira e visando estimular o interesse do leitor, promovendo uma abordagem mais informada no ambiente financeiro individual.
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Consumo de glúten dos genitores de crianças e adolescentes com doença celíaca: avaliação quantitativa por dois métodos
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-07) Souza, Marilia Graziela Alves de [UNIFESP]; Sdepanian, Vera Lucia [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8273324982105660; http://lattes.cnpq.br/5518401124884146
Objetivo: Quantificar o consumo de glúten dos familiares de primeiro grau dos pacientes com doença celíaca (grupo estudo) e comparar com o consumo de glúten dos familiares de primeiro grau das crianças sem restrição alimentar (grupo controle), empregando os métodos de Overbeek e de ELISA. Métodos: Estudo caso-controle, em ambulatório especializado de gastroenterologia pediátrica, cuja entrevista abordou a frequência do consumo de alimentos com glúten, subdivididos em grupos (pães, bolos, tortas, aveia, chocolate, massas e cervejas) pelos familiares do grupo e grupo controle. Quantificou-se o consumo de cada alimento com glúten em gramas por dia, e estes foram reproduzidos, segundo as informações dos familiares. Estimou-se a quantidade de glúten em g/dia pelo método de Overbeek multiplicando-se a quantidade de proteína pelo fator 0,8. O teste de ELISA AgraQuant® Teste de ELISA Glúten G12 - laboratório Romer Labs – resultou em gramas de glúten para cada 100g do alimento. Resultados: Participaram 36 familiares do grupo estudo e 62 familiares do grupo controle, e analisaram-se 72 alimentos. A mediana do consumo total de glúten do grupo estudo pelo método de Overbeek e ELISA foram, respectivamente, 9,10g e 13,91g, que foram estatisticamente menores que o do grupo controle, 12,58g e 26,29g. A quantidade do consumo total de glúten pelo método de Overbeek foi estatisticamente menor do que o ELISA. Os alimentos mais consumidos pelo grupo estudo e controle, segundo o ELISA foram pães e massas. Conclusão: O consumo diário de glúten dos familiares do grupo estudo foi menor do que dos familiares do grupo controle, embora ambos grupos consumissem pães e massas com mais frequência. A redução do consumo de glúten pelo familiar do grupo estudo não repercutiu para que as crianças fossem obedientes à dieta. O uso da farinha de trigo foi muito menor nas casas dos familiares do grupo estudo do que dos familiares do grupo controle, que na quase totalidade utilizaram este ingrediente. O método estimado de Overbeek subestimou a quantidade total de glúten nos alimentos quando comparado ao ELISA.
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Avaliação e correlação clínica, laboratorial, radiológica, anátomo-patológica e genética de pacientes com feocromocitomas/paragangliomas esporádicos e familiais acompanhados na UNIFESP/EPM
(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-01) Lima Junior, José Viana [UNIFESP]; Kater, Claudio Elias [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1250728429385385; http://lattes.cnpq.br/5755787515189243
Manuscrito 1: “Síndrome Feocromocitoma/Paraganglioma: Um Panorama dos Mecanismos, Diagnóstico e Manuseio” Os feocromocitomas/paragangliomas (PPGL) são tumores neuroendócrinos raros, metastáticos e potencialmente fatais, muitas vezes negligenciados por apresentarem sintomas semelhantes a outras condições clínicas prevalentes, como síndrome do pânico, tirotoxicose, ansiedade, hipoglicemia, etc., atrasando o diagnóstico e o tratamento. A taxa de diagnóstico de PPGL tem aumentado com a melhoria na dosagem dos metabólitos das catecolaminas e a crescente disponibilidade de procedimentos de imagem. Sua natureza genética essencial tem sido extensivamente investigada, compreendendo mais de 20 genes atualmente relacionados ao PPGL e provavelmente mais novos genes serão descobertos. Esta visão geral lançará alguma luz sobre o diagnóstico clínico, laboratorial, topográfico, genético e o manejo do PPGL. Manuscrito 2: “Variantes genéticas germinativas em feocromocitoma/paraganglioma: Experiência de um centro isolado” Feocromocitoma/paraganglioma (PPGL) são tumores neuroendócrinos raros sendo que em 25-40% dos casos possuem variantes genéticas patogênicas germinativas (VPG). Avaliamos o perfil molecular germinativo, clínico, laboratorial de 115 pacientes com diagnóstico patológico (quatorze pacientes eram parentes de 8 famílias diferentes recrutadas para pesquisa genética) confirmados com PPGL acompanhados em nossa instituição. Pacientes com fenótipos clássicos MEN2A/MEN2B e parentes em risco foram submetidos à análise direta do proto-oncogene RET, e os restantes tiveram amostras submetidas ao sequenciamento de próxima geração (NGS) completo visando 23 genes relacionados ao PPGL: ATM, ATR, CDKN2A, EGLN1, FH, HRAS, KIF1B, KMT2D, MAX, MDH2, MERTK, MET, NF1, PIK3CA, RET, SDHA, SDHAF2, SDHB, SDHC, SDHD, TMEM127, TP53 e VHL. . Também desenvolvemos um escore de julgamento clínico (CJS) para determinar a probabilidade de os pacientes terem uma doença potencialmente hereditária. O panorama genético resultante mostrou que 67 pacientes (58,3%) tinham variantes em pelo menos um gene: 34 (50,7%) tinham variantes exclusivamente patogênicas ou prováveis patogênicas, 13 (19,4%) variantes patogênicas ou provavelmente patogênicas e VUS e 20 (29,8%) carregavam apenas VUS. VPG foram encontrados em RET (N=18; 38,3%), VHL (N=10; 21,3%), SDHB e NF1 (N=8; 17% cada) e MAX, SDHD, TMEM127 e TP53 (N=1 ; 2,1% cada). O teste genético direto revelou sensibilidade de 91,3%, especificidade de 81,2% e valores preditivos positivos (VPP) e negativos (VPN) de 76,4% e 93,3%, respectivamente. O CJS para identificar pacientes que não se beneficiariam com testes genéticos apresentou sensibilidade de 75%, especificidade de 96,4% e VPP e VPN de 60% e 98,2%, respectivamente. Em resumo, o panorama das variantes do gene da linha germinativa PPGL de 115 pacientes brasileiros resultou em variantes patogênicas e provavelmente patogênicas com prevalência ligeiramente maior, especialmente no gene RET. Sugerimos que o CJS seja realizado para identificar pacientes com PPGL que não necessitariam de avaliação genética inicial, melhorando a especificidade do teste e reduzindo custos. Manuscrito 3: “Retrato de uma grande série de pacientes com feocromocitoma/ paraganglioma estudados em um centro de referência em São Paulo” Feocromocitomas (Pheo) e paragangliomas (PGL) são tumores secretores de catecolaminas. A confirmação do PPGL funcional depende fortemente do achado de metanefrinas (MN) plasmáticas e/ou urinárias elevadas em 24 horas. Apresentamos os aspectos clínicos, hormonais e de imagem de 116 pacientes estudados em nosso centro de referência endócrina em São Paulo, Brasil, nos quais foi confirmado o diagnóstico de PPGL (94 Pheo, 22 PGL). A hipertensão arterial sistêmica (HAS) esteve presente em 81% dos pacientes, 42,6% tinham HAS estágio 3; 9,5% eram pré-hipertensos e 9,5% eram normotensos. A HAS foi acompanhada de paroxismos em 58,5% dos pacientes com PPGL e foi sustentada exclusivamente nos outros 41,5%. HAS resistente foi observada em 27,7%, principalmente associada à HAS paroxística e combinada. A hipotensão ortostática esteve presente em 64,7% dos pacientes, seis dos quais não apresentavam hipertensão. Para identificar lesões funcionantes, utilizamos um valor de corte de 885 mcg/24 horas para MN urinário total (100% de sensibilidade [S] e 92,5% de especificidade [E]) e um ponto de corte de 1,5 nmol/L para lesões totais. MN plasmático (100% S e 97,3% E). A ressonância magnética (RM) foi o principal procedimento de imagem. Foram identificados 18 Pheo bilaterais (19,2%), 53 (56,4%) Pheo no lado direito e 23 (24,5%) no lado esquerdo. Treze (56,5%) PGL eram retroperitoneais e 10 (43,5%) eram cervicais. O tamanho do tumor foi positivamente correlacionado com a excreção urinária total de MN. A concordância entre a ressonância magnética e a cintilografia com 131I-mIBG, realizada em 57 pacientes com PPGL (52,3%), foi de quase 100%.
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Avaliação longitudinal dos fatores de risco para problemas de saúde mental em jovens durante a pandemia do COVID-19
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-17) Silva Junior, Francisco da [UNIFESP]; Pan Neto, Pedro Mario [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6614914024992106; http://lattes.cnpq.br/5681254135602729
Introdução: A pandemia do COVID-19 e o isolamento social representaram um fator de estresse muito significativo que acarretou impacto importante no bem-estar e na saúde mental de toda população, em especial na população jovem. Para melhor compreensão desse fenômeno são necessários estudos prospectivos de qualidade avaliando a saúde mental dos jovens antes e após início da pandemia. Objetivo: O presente trabalho pretende investigar o impacto da pandemia do COVID-19 na saúde mental e bem-estar de jovens brasileiros. Os objetivos específicos referem-se aos dois estudos realizados nesta dissertação. Estudo 1: Investigar os fatores relacionados a mudanças na saúde mental e bem-estar em jovens comparando antes e após o início da pandemia. Estudo 2: Avaliar se o histórico de transtornos mentais anteriores à pandemia esteve relacionado a uma piora da saúde mental de jovens durante a pandemia do COVID-19. Métodos: Os dois estudos foram realizados a partir da análise de dados da coorte Brazilian High Risk Cohort. Durante a fase de triagem, avaliaram-se 9.937 sujeitos entre 6 e 12 anos provenientes de 57 escolas públicas. Desses, 2511 sujeitos foram submetidos a uma minuciosa avaliação fenotípica cujos instrumentos permitiram o diagnóstico dos principais transtornos mentais no ano de 2010, com reavaliações a cada três anos. Para os estudos realizados nesta dissertação, utilizamos dados da etapa de avaliação realizada em 2018 (Onda Pré-COVID-19 n=1800) e uma onda de avaliação realizada após o início da pandemia por meios digitais (n= 1615). Estudo 1: Sintomas emocionais e comportamentais foram avaliados pela escala Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ) enquanto que bem-estar mental foi avaliado por meio do instrumento Short Warwick-Edinburgh Mental Well-being Scale (SWEMWBS). As pontuações dessas escalas foram comparadas entre a onda Pré-COVID-19 e a onda COVID-19. Aspectos sociodemográficos e mudanças causadas pela pandemia foram investigados como moderadores do efeito do tempo nos desfechos principais a partir do uso de modelos de equações de estimações generalizadas (GEE). Estudo 2: a partir de dados da entrevista estruturada The Coronavirus Health and Impact Survey (CRISIS), três dimensões de emoções e comportamentos relacionados com a pandemia foram encontrados por meio de Análise Fatorial Confirmatória: preocupações com a COVID-19, estresse com as mudanças causadas pela pandemia, percepção de mudanças positivas causadas pela pandemia. Modelos de regressão linear foram utilizados para avaliar de que forma a presença de transtornos mentais nos jovens e nos pais anteriormente à pandemia influenciaram as três dimensões citadas acima. Resultados: Estudo 1: Os problemas financeiros e as mudanças de rotina causadas pela pandemia estiveram significativamente associados a um aumento de problemas de saúde mental e com uma diminuição do bem-estar durante a pandemia do COVID-19. Ainda, jovens que não participaram do programa de auxílio financeiro do governo, denominado "Auxílio Emergencial", apresentaram diminuição nos níveis relatados de bem-estar durante a pandemia em comparação com a onda Pré-COVID-19 (Diferença de médias: -0.78, e.p. 0.304, p tukey = 0.047). Estudo 2: História prévia de transtornos mentais nos pais antes da pandemia foi associada a uma maior percepção de preocupações com a COVID-19 pelos jovens (B = 0.13, e.p. 0.005, p = 0.007). Jovens que preenchiam critérios para transtornos externalizantes em algum momento do estudo antes da pandemia apresentaram menores níveis de preocupações com a pandemia por COVID-19 (B = -0.16, e.p. 0.005, p = 0.006). Conclusão: Foram identificados fatores de risco relacionados com pioras na saúde mental e no bem-estar de jovens brasileiros durante a pandemia do COVID-19. Variáveis associadas com o impacto financeiro causados pela pandemia, aspectos psicopatológicos, tanto dos indivíduos avaliados quanto de seus cuidadores, e as mudanças decorrentes da pandemia foram associados a sintomas de problemas de saúde mental e bem-estar. Os resultados sugerem que um programa emergencial de auxílio financeiro implementado durante a pandemia pode ter mitigado os efeitos negativos da pandemia do COVID-19 na saúde mental de jovens brasileiros.